quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MON recebe as mostras “Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz” e “Gonçalo Ivo: A Pele da Pintura”

O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura duas exposições nesta quinta-feira (27), às 19h: “Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz” e “Gonçalo Ivo: A Pele da Pintura”. A primeira conta com obras expressivas da arte moderna no Brasil, escolhidas entre a vasta coleção de arte da Fundação Edson Queiroz. A exposição de Gonçalo Ivo percorre a produção mais recente do artista por meio de pinturas, aquarelas e objetos, com um conjunto de 118 peças.

ARTE MODERNA NA COLEÇÃO DA FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

A mostra “Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz” tem curadoria de Regina Teixeira de Barros e apresenta ao público um recorte do acervo da Fundação entre as décadas de 1920 e 1960, com foco na produção de artistas brasileiros ou atuantes no país durante este período.  São trabalhos de diferentes artistas e vertentes, ligadas pelo contexto histórico de décadas de profundas mudanças sociais no Brasil e no mundo, como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi (foto), Anita Malfatti, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Lygia Clark, entre outros nomes significativos das artes visuais.
A abrangência temporal da Coleção da Fundação Edson Queiroz é ampla o suficiente para estimular muitas narrativas sobre a arte produzida no Brasil”, afirma Regina Teixeira de Barros. Individualmente, cada peça que compõe a exposição tem um imenso valor artístico. Em conjunto, elas criam infinitas possibilidades de interpretação.
A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, ressalta a importância das obras que compõem a mostra.  "O acervo da Fundação Edson Queiroz dialoga com nosso acervo e apresentará ao público obras que representam o espírito do período modernista brasileiro. Para o MON, é um privilégio receber este conjunto tão marcante de um dos mais notáveis acervos do Brasil”, afirma.
Essa aproximação do Museu Oscar Niemeyer com a Fundação Edson Queiroz vem consolidar essa fase do Museu em abrir o seu espaço para novas tendências, novas linguagens. A mostra vai proporcionar ao público paranaense uma grande integração”, afirma o secretário de Estado da Cultura João Luiz Fiani.

“GONÇALO IVO: A PELE DA PINTURA

A metáfora de um corpo ou, mais especificamente, de uma pele na obra de Gonçalo Ivo é o ponto central da mostra, que tem curadoria do crítico Felipe Scovino. Gonçalo Ivo é um dos mais destacados artistas brasileiros da geração 1980. Radicado na Europa há 15 anos, possui ateliês em Paris e Madri, alternando-se em temporadas de trabalho com o Rio de Janeiro, onde mantém seu ateliê na serra de Teresópolis. Sua obra é reconhecida internacionalmente, sendo exposta em destacadas galerias e museus do Brasil e do exterior.
Juliana Vosnika destaca: “Estamos sempre buscando trazer para o nosso visitante o que há de mais prestigiado no cenário nacional e internacional. Esta mostra que apresenta obras de Gonçalo Ivo nos últimos 20 anos é um convite para um mergulho na arte em sua camada mais profunda, uma experiência intensa que passa pela excelência técnica e pela inspiração diversificada de um pintor cuja história transcende as fronteiras do Brasil”.
Em “Gonçalo Ivo: A Pele da Pintura”, a curadoria propõe a metáfora da pele como ponto da trajetória do artista. “É uma cor-matéria que vibra incessantemente e também se adapta como uma fina camada epidérmica sobre a tela-corpo. A cor confunde-se com a pele podendo ser na obra de Gonçalo, rugosa, desigual, seca, vibrante”, analisa Scovino, que reforça também as qualidades harmônicas e musicais da obra de Gonçalo, expressas na escolha dos títulos de algumas de suas obras: como contraponto, acorde, variações para coral e prelúdio.
O secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, comenta: “Existem artistas que conseguem expressar ao máximo toda a grandeza do seu trabalho, a grandeza da mente e da alma humana. É assim que eu defino a obra do Gonçalo Ivo. Essa exposição que recebemos no MON é um presente para o Paraná. Tenho certeza que vai tocar muita gente”.

Sobre Gonçalo Ivo - Nascido no dia 15 de agosto de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, Gonçalo Ivo é filho do poeta Lêdo Ivo e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo. Levado por seus pais desde a infância, visitou com assiduidade os ateliês dos artistas Abelardo Zaluar, Augusto Rodrigues, Emeric Marcier e Iberê Camargo. Estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1975, sob orientação de Aluísio Carvão (1920 - 2001) e Sérgio Campos Melo. Arquiteto, formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), exerceu atividades como professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986, e como professor visitante da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ), em 1986. Trabalhou também como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. No decorrer de sua carreira, vem realizando diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. A partir dos anos 2000 radicou-se em Paris, cidade que escolheu para se estabelecer com a família e montar ateliê. Em 2013, montou seu segundo ateliê na Europa, situado em Madri, alternando períodos de trabalho entre França, Espanha e Brasil. Vários livros foram publicados enfocando sua obra, com textos de renomados críticos brasileiros e internacionais.

As novas exposições do MON podem ser visitadas de terça a domingo, das 10h às 18h e os ingressos custam R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada). Toda quarta-feira é gratuita, com programação especial: 10h às 18h. Mais informações: 3350 4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br.

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