(Reuters) - O diretor de cinema
Andrzej Wajda, conhecido principalmente por retratar a luta por democracia na
Polônia durante meio século de governo comunista, morreu, neste domingo, aos 90
anos de idade.
Wajda conquistou aclamação internacional por
"Homem de Ferro" (1981), que conta a história do movimento
anticomunista Solidariedade, e por seu antecessor subversivo, "Homem de
Mármore" (1977).
Fãs, cineastas e líderes políticos usaram a
internet para prestar suas homenagens logo após o anúncio de sua morte, no
final do domingo.
"Todos nós descendemos de Wajda. Víamos a
Polônia e nós mesmos através dele. E entendíamos melhor. Agora será mais
difícil", disse o ex-primeiro-ministro polonês e atual presidente do
Conselho Europeu, Donald Tusk, nas redes sociais.
As autoridades comunistas censuraram
"Homem de Mármore", revoltadas com seu retrato da corrupção política
no início do período stalinista dos anos 1950, explicitado pela queda em
desgraça de um pedreiro stakhanovista.
"Homem de Ferro", que mostra as
greves de 1980 que levaram à criação do sindicato Solidariedade e ao fim do
comunismo, foi premiado com a Palma de Ouro do Festival Internacional de Cinema
de Cannes.
Em 2000, Wajda recebeu um Oscar honorário em
reconhecimento às suas cinco décadas de trabalho, tornando-se o primeiro
diretor do leste europeu a ser homenageado com essa honraria.
Os filmes de Wajda também lhe renderam um Urso de Prata no Festival Internacional de Cinema de Berlim e quatro indicações ao Oscar, entre outros prêmios.
Os filmes de Wajda também lhe renderam um Urso de Prata no Festival Internacional de Cinema de Berlim e quatro indicações ao Oscar, entre outros prêmios.
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