Um
encontro inédito entre o Vocal Brasileirão e a Orquestra de Câmara da Cidade de
Curitiba acontece neste sábado (3) e domingo (4) às 18h30, na Capela Santa
Maria. O espetáculo, que tem a direção musical de Vicente Ribeiro e direção
cênica de Marino Galvão Jr., revisita a obra de Antônio Carlos Jobim a partir
de um recorte que privilegia suas obras de inspiração nacionalista, sobretudo
na fase pós-bossa nova (1970-1994).
Esse
período selecionado das obras de Tom Jobim refere-se à fase em que o compositor
volta seu olhar para o Brasil e utiliza modernas técnicas de composição,
apresentando assim a aproximação entre a música popular e a música de concerto.
Segundo Ribeiro é também essa ligação que o encontro do Vocal com a Orquestra
pretende expor, não só através das obras apresentadas, mas também na formação
dos grupos para o concerto.
“Essa
ligação da música nacional popular com a música erudita é característica tanto
nas obras de Tom Jobim como em Villa Lobos, a fronteira que muitos enxergam
entre os estilos não eram aparentes para eles. Tom ao mesmo tempo que
trabalhava com música popular, fez diversas composições com coro erudito”,
esclarece Vicente.
O
representante da Orquestra, Francisco Freitas reforça a explicação do diretor
musical e explica que Tom Jobim tem uma linguagem muito própria para cordas e
apresenta um som macio, com harmonias bem exploradas e complexas. “A gente
tinha muita curiosidade para fazer esse trabalho, são vozes muito apuradas,
puras e é um timbre que a orquestra curte muito. Nunca tínhamos atravessado tão
a fundo na música popular”, conclui Freitas.
No
repertório, obras como “Quebra-Pedra” (1970), “Águas de Março” (1972), “Boto”
(1976), “Borguezim” (1987) e “Pato Preto” (1994) contam com arranjos inéditos,
escritos especialmente para esse espetáculo por Vicente Ribeiro e Bia Paes Leme
(RJ).
Os
ingressos para esta apresentação do Vocal Brasileirão e da Orquestra de Câmara
da Cidade de Curitiba custam R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia, conforme legislação).
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