“Outro
Samba” é o novo disco do cantor, ator e diretor Marcio Juliano. O show de lançamento será no Ave Lola Espaço
de Criação (Rua Marechal Deodoro, 1227, próximo à Reitoria). Na sexta e no
sábado (15 e 16), às 16h e no domingo (17), às 18h. O ingresso é gratuito, com
distribuição de senhas 1 hora antes da apresentação.
“Outro
Samba” é o segundo disco de Marcio Juliano e fecha uma trilogia de trabalhos do
artista focados no repertório da Época de Ouro, período representado por uma
geração de grandes compositores brasileiros entre 1929 e 1945. Um desdobramento
da pesquisa realizada pelo cantor no show “No Samba” (2016) e “Noël” (2006), em
homenagem ao compositor Noel Rosa, que além de show, também teve registro em
disco, o primeiro de Marcio.
O
samba e suas múltiplas possibilidades foi o que guiou a escolha das 18
composições distribuídas em 11 faixas que compõem o disco. “Outro Samba” conta
com a participação de muitos artistas da cidade e alguns de fora e ilustres
como a cantora Mônica Salmaso, considerada uma das mais importantes do Brasil,
em “Provei” (Noel Rosa e Vadico), e o lendário trombonista Raul de Souza, que
gravou “Na Aldeia” (Silvio Caldas, Caruzinho e De Chocolat).
“Nesta oportunidade de registro convidei
músicos que admiro e com quem gosto de trabalhar, tive muita sorte”,
declara Marcio. Estão presentes também
no álbum: Mano a Mano Trio (“Com que Roupa?”, Noel Rosa), a cantora Uyara
Torrente da Banda Mais Bonita da Cidade (“Judiaria”, Lupicínio Rodrigues), o
quinteto de percussão La Percutório (“Pedreiro Waldemar”, Wilson Baptista e
Roberto Martins), o baixista Glauco Sölter (“Eu Quero um Samba”, Janet de
Almeida e Haroldo Barbosa).
Ao
lado de Marcio Juliano, no disco e no show, músicos virtuosos, antigos
companheiros de outros trabalhos: Sérgio Albach (clarone), que assina a direção
musical, Daniel Migliavacca (bandolim e violão tenor), Lucas Melo (violão 7
cordas) e Luis Rolim (bateria e percussão). Albach e Migliavacca também são
arranjadores de algumas composições, como “Provei” e “Com que Roupa?”, “Pedreiro
Waldemar” traz arranjos de Sérgio e “Eu Quero um Samba”, “Benguelê”
(Pixinguinha e Gastão Vianna), “Na Aldeia” e “O Mar” (Dorival Caymmi) de Daniel
Migliavacca. Os arranjos de “Boneca de Piche” (Ary Barroso e Luiz Iglésias) e “Nega
do Cabelo Duro” (Rubens Soares e David Nasser) são do músico Gabriel Schwartz e
“Judiaria” de Gilson Fukushima. Marcio
Juliano fez o arranjo de “Madrugada” e “Amor” (José Messias) e do pot-pourri “Louco”,
em parceria com Albach.
“Gosto muito do que estes autores da Época de
Ouro inauguraram no Brasil, seja na poética, na linguagem musical, na estética,
na identidade e na autenticidade que deram à música brasileira. Embora a
maioria vivesse na cidade do Rio de Janeiro, eles não eram exclusivamente
cariocas, vinham de várias regiões do país e revelavam um retrato diverso da
nossa cultura. As composições retratam um país que me interessa discutir,
refletir e que, ainda hoje, abordam questões relevantes, como no caso da música
“O Pedreiro Waldemar” que constrói um edifício e depois não pode entrar. Bem
oportuna também é a reflexão de Noel Rosa na mordaz e bem-humorada composição
Com que Roupa?”, conta Marcio.
“Nega
do Cabelo e Boneco”, releitura que mescla “Nega do Cabelo Duro” e “Boneca de
Pixe” foi gravada com a Orquestra à Base de Sopro de Curitiba e conta com a
participação de um trio vocal feminino composto por Érica Silva (Banda
Mulamba), Iria Braga e Milena Tupy. No DVD com os clipes de cada faixa, que
será lançado em 2020, a atriz Cássia Damasceno (Companhia Brasileira de Teatro)
faz uma participação especial nesta faixa.
O
show com caráter cênico conta com interações e intervenções por meio de
projeções mapeadas, com áudios sincronizados. “A ideia é revisitar uma estética
muito explorada por esta geração de compositores, a do cinema”, revela Marcio
que também dirige o show. A assistência de direção e iluminação é de Nadja
Naira (Companhia Brasileira de Teatro).
Além
do CD o álbum estará disponível em várias plataformas virtuais, inclusive no
novo site do artista inaugurado para o lançamento do trabalho.
“Estar envolvido nesse trabalho é uma alegria
imensa; além dos músicos fantásticos que participam, realizar mais um trabalho
ao lado do Marcio Juliano é sempre um prazer. Depois de muitas parcerias,
trazemos agora um repertório da época de ouro do Samba com nossa leitura, que
já começa a ganhar uma assinatura própria, com ousadia, contemporaneidade,
pesquisa, bom humor e lirismo”, declara Sérgio Albach.
Este
projeto é uma realização da Cia Ilimitada e foi incentivado pela Ademilar
Consórcio de Investimento Imobiliário por meio da Lei Municipal de Incentivo à
Cultura.
Acompanhe
Marcio Juliano também em https://www.facebook.com/marciojuliano.oficial/
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