O
Núcleo de Ação Educativa da Fundação Cultural de Curitiba abriu as inscrições para as
pessoas que quiserem participar de visitas mediadas personalizadas em museus,
exposições, edificações históricas e logradouros públicos de Curitiba,
programadas para 2020. O agendamento é gratuito e deve ser feito pelo telefone 3321-3275
ou pelo e-mail educativa@fcc.curitiba.pr.gov.br.
As
inscrições estão abertas para estudantes de todas as idades de escolas públicas
e particulares, professores, universitários, idosos, turistas e pessoas com
deficiências. Em 2019 foram atendidos perto de 6 mil pessoas. Os interessados
são agrupados de acordo com o roteiro escolhido para visitação, pela manhã ou à
tarde.
A
Fundação Cultural oferece sete roteiros – todos relacionados à história da
cidade: Setor Histórico, Solar do Barão, Diversidade Religiosa, Painéis do
Poty, Identidade Paranaense, Exposições e Erva-mate. O atendimento acontece das
9h às 12h e das 14h às 17h.
ATENDIMENTO SOB MEDIDA - As visitas podem durar de 1 hora a
até 2 horas e são planejadas de acordo com as características e a
disponibilidade de tempo de cada grupo. “Cada
atendimento é único”, afirma a coordenadora do Núcleo de Ação Educativa,
pedagoga Hamilca Cassiana Silva.
Sob
o comando da pedagoga, 16 mediadores oriundos de cursos de graduação em
História, Artes Visuais, Artes Cênicas, Filosofia e Arquitetura analisam o
perfil dos grupos e definem as estratégias para melhorar o entendimento e o
aproveitamento das informações repassadas aos participantes. “Apresentamos a história de forma crítica,
numa construção dialogada com o público”, explica.
RECURSOS PEDAGÓGICOS - Para tornar mais lúdica a exposição
Presença Negra aos estudantes de Ensino Fundamental, os responsáveis mostraram
visual e sensorialmente como foi a a vinda dos negros escravizados ao Brasil.
Um tecido largo de malha azul-escuro simulou o mar revolto sobre o qual
viajaram navios negreiros lotados. Para mostrar a força do mar, frágeis
barquinhos de papel branco saltitavam sobre a superfície agitada, com a ajuda
dos estudantes. “É uma forma de ganhar a
atenção e o interesse das crianças”, diz a mediadora e estudante de
História Maitê Ritz Panzone.
Para
as crianças da Educação Infantil, a história do herói Barão do Serro Azul é
contada com a ajuda de fantoches para dedos, que assumem as personalidades da
Baronesa, do Maragato e do Pica-pau, além do próprio Barão – figuras ligadas à
repercussão local da Revolução Federalista.
MÚSICA E FOTO TÁTIL - Também para que eles possam
entender melhor a história, o mediador Lucas Vaz compôs uma música sobre os
acontecimentos por trás do famoso prédio que viria a se tornar o Centro
Cultural Solar do Barão. A ideia é que os pequenos escutem a música e, com a
evolução das estrofes, cantem o refrão.
Quem
não pode ver também tem acesso à história. Pensando nas pessoas com
deficiências visuais, os mediadores esculpiram em argila a cabeça do Barão.
Assim, os participantes tocaram e imaginaram como teria sido o rosto do personagem.
Além disso, construíram uma fotografia tátil da fachada de sua imponente
residência, usando areia, barbante e palitos de madeira.
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