(ABr) - O ilustrador brasileiro Roger
Mello conquistou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da
literatura infantil e juvenil. A premiação aconteceu durante a Feira do Livro
Infantil e Juvenil de Bolonha, na Itália, que termina amanhã (27).
Mello é o primeiro ilustrador
brasileiro a ganhar o prêmio. Antes dele, Lygia Bojunga e Ana Maria Machado
venceram na categoria escritor. A honraria é atribuída pelo Conselho
Internacional sobre Literatura para os Jovens a autores de literatura para a
infância e juventude.
O ilustrador já havia sido indicado ao
mesmo prêmio em 2010. Em 2002, recebeu o prêmio suíço Espace Enfants e foi
vencedor do prêmio Jabuti nas categorias literatura infanto-juvenil e
ilustração com o livro Meninos do Mangue, além de outros prêmios da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Em 2014, a Feira de Bolonha
completa 50 anos e tem o Brasil como país homenageado. Além dos trabalhos de
Roger Mello, mais de 50 artistas brasileiros têm seus trabalhos expostos no
evento, como Ziraldo, Angela Lago, Eva Furnari, Ana Maria Machado, Ruth Rocha e
Rui Oliveira.
A Feira de Bolonha é considerada a
maior e mais importante feira de negócios do setor livreiro infantil e juvenil
no mundo e o Brasil está representado por 40 editoras. Segundo o Ministério da
Cultura, a expectativa de retorno, por ser o país homenageado na feira, é de
que os autores e escritores brasileiros entrem com ainda mais força no mercado
de livros da Europa. Após a homenagem na Feira de Frankfurt em 2013, as
editoras brasileiras estimam faturamento de US$ 1,45 milhão, entre direitos
autorais e obras impressas, para 2014.
A participação do Brasil na Feira de
Bolonha é resultado da parceria entre Ministério da Cultura, Ministério das
Relações Exteriores, Fundação Biblioteca Nacional, Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil e Câmara Brasileira do Livro. A ministra da Cultura, Marta
Suplicy, participa do evento. "É a segunda vez que somos o país
homenageado nesta feira. No ano passado, também fomos homenageados, pela
segunda vez, na Feira do Livro de Frankfurt. Isso mostra que a literatura
brasileira, tal qual nosso país como um todo, desperta de forma muito
significativa o interesse do Mundo", destacou a ministra, em nota.
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