A Casa Kozák, unidade da Fundação Cultural de
Curitiba, retoma suas atividades nesta quinta-feira (22). Fechado desde 2011, o
espaço foi reformado e ampliado para funcionar como centro cultural do bairro
Uberaba. O local contará com biblioteca e será destinado a cursos e atividades
culturais programadas de acordo com as demandas da comunidade.
Na quinta-feira, às 19h, será aberta a
exposição “Ubiquidade”, com trabalhos de artistas dos ateliês do Centro de
Criatividade de Curitiba, que foram convidados a expor no novo centro cultural.
São desenhos e pinturas, além de trabalhos em cerâmica, encadernação, entalhe,
marchetaria, mosaico e restauro em madeira. Localizada na rua Padre Júlio
Saavedra, 588, a Casa já estará aberta ao público na sexta-feira (23).
Reforma – A obra, com custo total de R$
362.118,28, teve início em janeiro e foi concluída no prazo previsto de seis
meses. A reforma incluiu a reconstituição de toda a estrutura de madeira, com
substituição do piso, esquadrias e telhado, e também a renovação dos sistemas
elétrico, hidráulico, de lógica e telefonia. A casa passou a contar com sistema
de prevenção de incêndio, estrutura de acessibilidade para deficientes físicos,
estacionamento para quatro veículos e bicicletário.
No terreno, de 849 metros quadrados, foi
construído um anexo, com banheiros, copa e área de serviço, além de um deck que
pode ser utilizado para eventos ao ar livre. Internamente, a casa abriga a
biblioteca e salas de leitura. “As características originais da casa foram
mantidas, ainda que não seja oficialmente uma Unidade de Interesse de
Preservação (UIP)”, explica a arquiteta Doris Teixeira, responsável pelo
projeto arquitetônico de reforma.
O imóvel, que foi residência do pesquisador,
indigenista e cineasta Vladimir Kozák, pertencia à Secretaria de Estado da
Cultura e era utilizado pela Fundação Cultural por meio de um convênio. Foi
repassado definitivamente ao município em dezembro de 2013. A própria
Prefeitura solicitou a doação com o intuito de recuperar a casa e reativar a biblioteca.
O processo de registro em cartório foi concluído em dezembro de 2014.
Pesquisador e cineasta – Vladimir Kozák viveu
no bairro Uberaba até a sua morte, em 1979, deixando naquela casa todo o acervo
que reuniu ao longo de sua vida, num total de 44 mil itens entre objetos
pessoais, fotografias e filmes documentários sobre os índios e a cultura
popular brasileira. Esse acervo encontra-se atualmente no Museu Paranaense.
Como não tinha herdeiros, após a sua morte, aos 81 anos, o imóvel ficou sob a
custódia do Estado.
Nascido na antiga Tchecoslováquia, Kozák veio para o Brasil em 1928 e se instalou em Curitiba dez anos depois, passando a registrar, como fotógrafo e cinegrafista, as expedições científicas de antropólogos e pesquisadores paranaenses. Por sua própria conta realizou inúmeras outras expedições, especialmente com o intuito de estudar e descrever os índios Xetá, grupo indígena até então desconhecido que habitava a região da Serra dos Dourados (noroeste do Paraná). A qualidade técnica de todo esse acervo é admirada pelos especialistas da área.
Nascido na antiga Tchecoslováquia, Kozák veio para o Brasil em 1928 e se instalou em Curitiba dez anos depois, passando a registrar, como fotógrafo e cinegrafista, as expedições científicas de antropólogos e pesquisadores paranaenses. Por sua própria conta realizou inúmeras outras expedições, especialmente com o intuito de estudar e descrever os índios Xetá, grupo indígena até então desconhecido que habitava a região da Serra dos Dourados (noroeste do Paraná). A qualidade técnica de todo esse acervo é admirada pelos especialistas da área.
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