A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) fará dois
concertos nos dias 24, às 20h30 e 25, às 18 horas, no Guairinha, em comemoração
aos 80 anos da Academia Paranaense de Letras. A regência será do maestro
convidado Benoît Fromanger com as participações dos solistas Paulo Torres
(violino) e Marcelo Lemos da Silva (viola).
Fromanger regeu a apresentação da OSP no último
domingo, que lotou o Guairão, e será responsável pela condução dos concertos
que inclui no programa três obras de Mozart: a abertura da ópera “Don
Giovanni”, a Sinfonia concertante em mi bemol maior para violino, viola e
orquestra, K. 364” e a “Sinfonia n° 41, Júpiter, em dó maior”. O concerto
encerra as atividades do Mês da Literatura, promovido pela Secretaria de
Cultura do Paraná, iniciado em agosto, e comemora os 80 anos da Academia, criada
em setembro de 1936.
Programa - Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
é o maior prodígio da história da música, que ganhou destaque ainda criança,
aos cinco anos de idade. A genialidade precoce de Mozart resultou na enorme
gama de obras que até hoje, 225 anos depois da sua morte, são as mais tocadas e
conhecidas em todo o mundo.
A abertura de “Don Giovanni” foi composta na
noite anterior da estreia da ópera, em 29 de outubro de 1787, em Praga
(República Tcheca). Após o ensaio geral, Mozart percebeu que a abertura ainda
precisava ser escrita. Então, o compositor pediu que Constanze, sua esposa,
contasse histórias para mantê-lo acordado e para que pudesse terminar o
trabalho. É considerada obra prima do compositor. Esta abertura remete à cena
da chegada do comendador Don Pedro, comandante de Sevilha e pai de Dona Anna,
uma das vítimas de sedução de Don Giovanni.
Mozart compôs a “Sinfonia Concertante” em 1779
quando teve contato com a Orquestra de Mannheim, uma das melhores orquestras de
seu tempo, durante viagem pela Europa. Acredita-se que tal obra tenha sido
destinada ao violinista Ignaz Fränzl, um dos músicos de orquestra.
A “Sinfonia n° 41” é o último trabalho de um
conjunto de três sinfonias que Mozart compôs durante o verão de 1788. Quanto ao
subtítulo Júpiter, o mesmo não foi dado por Mozart, porém quem talvez tenha
cunhado tal apelido, foi o empresário Johann Peter Salomon, em Londres. Esta
sinfonia abriu as portas para o romantismo musical.
Maestro - Benoît Fromanger é maestro titular da
Orquestra Sinfônica de Bucareste (Romênia) e reconhecido internacionalmente
como um maestro de alto nível. Vencedor do prêmio do conservatório de Paris,
Benoît Fromanger começou a carreira musical como solista principal da Paris
National Opera Orchestra. Dez anos depois ele se mudou para Munique, onde se
tornou o solista principal da ''Symphonic Orchester des Bayerisher Runfunks''.
Recentemente gravou a cantatas do compositor Thierry Machuel, na première
mundial da gravação de Mel Bonist (1858 -1937), e começou a colaborar com a
Sinfônica de Bucareste e com a companhia de CD's ''Le Chant de Linos''.
Solistas - Paulo Torres é violinista, maestro e
professor. Ele é spalla da Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná desde a
fundação, em 1985, e ocupa o cargo de maestro adjunto da OSP desde 2004. Membro
do Centro de Letras do Paraná, membro da Academia Paranaense de Letras, na qual
ocupa a cadeira de Nº 16. Torres desempenha atualmente as funções de diretor
musical e artístico da Sociedade Orquestra de Câmara Brasileira. Ocupa ainda os
cargos de professor titular de violino da Escola de Música e Belas Artes do
Paraná.
Marcelo Lemos da Silva é bacharel em viola pela
Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Atualmente é chefe de naipe (viola
principal) da Orquestra Sinfônica do Paraná e da Orquestra Sinfonia Brasil. Foi
também chefe de naipe da Orquestra de Câmara da PUC/ PR e Orquestra de Câmara
de Blumenau (SC). Silva foi concertino da Amazonas Filarmônica durante o
Festival de Ópera de Manaus. Também foi professor substituto da graduação em
viola da Udesc.
Os concertos da Orquestra Sinfônica do Paraná
são indicados para maiores de 7 anos e seus ingressos custam R$ 20,00 e R$
10,00 (meia).
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