Engenharia
e Arte podem se misturar e despertar a sensibilidade? Quem for visitar a
exposição Luz, Ciência e Emoção, aberta no Museu Municipal de Arte (MuMA),
entenderá que isso é possível.
A
mostra coordenada pelo professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal
do Paraná (UFPR), James Alexandre Baraniuk, em parceria com a Fundação Cultural
de Curitiba (FCC) e a Secretaria Municipal da Educação, reúne 20 experimentos
científicos que têm a luz como tema principal.
O
público alvo são as crianças de 4 a 10 anos. Luzes, cores, formas e objetos se
harmonizam e chamam a atenção num ambiente lúdico onde tudo pode ser tocado e
visto bem de perto.
A
exposição é interativa e essa novidade despertou a atenção dos gêmeos Gabriel
Alborta Heemann e Mateus Alborta Heemann, de 8 anos. Eles se divertiram com o
disco de cores. “O disco tem duas ou três cores, quando você gira bem rápido e
ele faz uma outra cor, muito legal!” conta Gabriel. Mateus ficou fascinado.
“Ele confunde, no final quando gira, ele engana o nosso olho”, diz Mateus.
A
exposição também encanta os adultos. Um dos espaços chamou a atenção Tieco Sato
Ono, 86 anos. Ela e o marido se divertiram no Espelho Mágico. “Você senta de um
lado e a pessoa do outro, mas dá a impressão que você está no colo do outro,
muito interessante. Na exposição, vi coisas que nunca imaginei”, diz.
O
coordenador da exposição diz que a ideia é estimular a percepção de crianças e
adultos. “Você poder olhar a beleza das coisas, do mundo que nos cerca e
procurar a compreensão, que está além da proposta curricular. Mostrar a beleza
dos experimentos, muitos tão simples e que estão ao nosso redor e não
reparamos, é a proposta deste trabalho”, explica Baraniuk.
O
professor acredita que quando a pessoa gosta do que faz, quando está motivada,
a compreensão dos fenômenos fica mais fácil. “A história da ciência, da
humanidade, dos fenômenos que nos envolvem são questões desafiadoras e
motivadoras para o estudo e a pesquisa”, argumenta.
Interação
- A concepção da designer e professora Maristela Ono é mágica, interativa,
lúdica, dá à criança a oportunidade de observar, tocar os objetos, se
emocionar. Maristela trabalhou os espaços com telas, móbiles, dobraduras, fitas
e cordões coloridos como o Ambiente Luminescente. “A tinta reage com o efeito
da luminescência com incidência da luz violeta”. diz a artista. Na mostra, há
um conjunto de três telas que contam três lendas: a das Cataratas, das
Araucárias e a Gralha Azul e a Lenda Como Surgiu a Noite. “É um incentivo à
pesquisa e ao imaginário da criança”, esclarece.
Para
o coordenador do MuMa, Rodrigo Ferreira Marques, a mostra vai atrair um público
diferente: o infantil. “Vai criar, incentivar um novo público para o espaço do
museu. Dá para as crianças se divertirem e guardarem na memória”, acredita.
Estiveram
na abertura da exposição a diretora da Editora UFPR, Suzeti de Paula Bornato, a
coordenadora de Artes Visuais da FCC, Marili Azim e o assessor da Diretoria de
Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Hugo Tavares.
A
exposição “Luz, Ciência e Emoção” fica aberta à visitação até dia 18 de junho, de
terça-feira a domingo, das 10h às 19h, com entrada franca.
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