Nei
Lisboa escolheu a música porque ela seria o melhor veículo a sua palavra. Cronista agudo do cotidiano e da sua geração,
seus versos nunca são tolos. O país, a política, a justiça, o amor, as relações
humanas... Nei discute através da música um pouco de tudo e, principal, com
muita suavidade. Um dos principais nomes da MPB do Rio Grande do Sul, Nei
Lisboa retorna a Curitiba nesta terça-feira (29), às 20h, na Caixa Cultural,
dentro da Série Solo Música para realizar uma retrospectiva de sua carreira,
iniciada no final dos anos 70.
A
sua participação dentro da Série era um desejo antigo do produtor Alvaro
Collaço. “Ouço a música de Nei acompanha-me desde a minha adolescência. A sua
música sempre foi marcada pela força das palavras, por um discurso crítico a
sua geração, a política, o país”, diz. Para o Solo Música, ele faz uma
retrospectiva da carreira, traz canções desde o primeiro disco de 1979,
"Prá viajar no cosmos não precisa gasolina", até o mais recente
“Telas, tramas & trapaças do novo mundo", de 2015, sem se esquecer de
“Hi-Fi”, disco de intérprete de 1998 e que teve boas vendas exatamente em
Curitiba.
Carreira
intensa - Nei Lisboa nasceu em Caxias do Sul e reside desde a infância em Porto
Alegre. Nei possui onze discos lançados
ao longo de mais de três décadas, além de dois livros: uma coletânea de
crônicas e um romance, este editado no Brasil e na França. A paixão pela música
popular surge na infância e a carreira artística inicia-se em 1979, com os
espetáculos "Lado a lado" e "Deu prá ti anos 70", em parceria
com o guitarrista Augusto Licks.
O
primeiro disco, "Prá viajar no cosmos não precisa gasolina", é uma
produção independente de 1983. Em 1984, por intermédio de uma gravadora
regional (ACIT), ele lança seu segundo disco, “Noves fora”. Ao final de 1986,
ele assina contrato com a gravadora EMI-Odeon, que resultaria nos discos
“Carecas da Jamaica”, de 1987, pelo qual recebe o Prêmio Sharp de revelação
pop/rock; e “Hein?!”, lançado em 1988. Em 1990, parte para sua primeira
incursão na literatura, o romance “Um morto pula a janela”, lançado em 1991
pela editora Artes & Ofícios, e relançado pela editora Sulina em 1999, com
uma tradução francesa editada pela L’Harmattan em 2000.
Nei
Lisboa gravou os discos autorais “Amém”, de 1993; “Cena Beatnik”, de 2000; “Relógios
de sol”, de 2003; “Translucidação”, de 2006; “Vapor da estação”, de 2010; “A
vida inteira”, de 2013, e “"Telas, tramas & trapaças do novo
mundo", de 2015. A discografia de Nei Lisboa completa-se ainda com
“Hi-fi”, CD de 1998 que é um apanhado de clássicos da música pop e do
repertório folk que influenciou o seu início de carreira nos anos 70. O músico
foi homenageado em 2002 com o CD “Baladas do Bom Fim”, no qual artistas e
bandas do Rio Grande do Sul cantam sua música.
A
música de Nei fez parte da trilha de vários filmes da cinematografia gaúcha,
como “Deu prá ti anos 70”, “Verdes anos” e “Houve uma vez dois verões”. Em “Meu
tio matou um cara”, de Jorge Furtado, um dos principais temas é a canção “Prá
te lembrar”, na interpretação de Caetano Veloso.
Livre
para todas as idades, a apresentação de Nei Lisboa dentro da Série Solo Música,
tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e é uma realização de Alvaro Collaço
Produções. Os ingressos estão à venda por R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia, conforme
legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito Caixa). A compra
pode ser feita com o cartão vale-cultura. Mais informações: 2118-5111.
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