A
Caixa Cultural traz a Curitiba - neste final de semana - o espetáculo “Dalva de
Oliveira - Estrela do Brasil” que homenageia uma das maiores cantoras
brasileiras de todos os tempos. O projeto celebra o centenário de Dalva de
Oliveira, comemorado em 2017, e traz as conhecidas intérpretes Ithamara Koorax
e Soraya Ravenle (foto). As duas artistas revivem a trajetória musical percorrida por
Dalva, passando pelos sucessos que marcaram a carreira dela, tais como “Ave
Maria no Morro” (Herivelto Martins), “A Bahia Te Espera” (Herivelto Martins /
Chianca de Garcia), “Olhos Verdes” (Vicente Paiva), “Máscara Negra” (Zé Kéti /
Pereira Matos), “Bandeira Branca” (Laércio Alves / Max Nunes) e “Zum Zum”
(Paulo Soledade / Fernando Lobo), entre tantas outras.
Soraya
Ravenle, considerada a primeira dama dos musicais brasileiros; e Ithamara
Koorax, aclamada pelo jornal The New York Times e eleita, por 15 anos
consecutivos, uma das dez melhores cantoras do mundo pelos leitores da revista
DownBeat, também percorrem as canções criadas para o duelo musical travado
entre Dalva e Herivelto Martins, seu primeiro marido, durante o processo de
separação do casal. Marcado por polêmicas e batalhas musicais, nas quais os
músicos se acusavam mutuamente pelo fim da união, o período gerou grandes
canções e interpretações calorosas. As farpas trocadas entre eles eram
acompanhadas com muito interesse pelos fãs da dupla, que associavam as letras
das músicas ao casamento desfeito. No duelo musical surgiram grandes
composições como: "Errei Sim" (Ataulfo Alves), "Que Será"
(Marino Pinto/ Mário Rossi), "Vingança” (Lupicínio Rodrigues), “Calúnia”
(Wilson Batista) e “Segredo” (Herivelto Martins / Marino Pinto), que também são
apresentadas no espetáculo.
Sobre
Dalva de Oliveira - Nascida em 5 de maio de 1917, na cidade de Rio Claro, no
estado de São Paulo, foi batizada como Vicentina de Paula Oliveira. Filha de
pai brasileiro e mãe portuguesa, teve uma infância humilde. Em 1936, sua
família mudou-se para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida.
Ao frequentar o Cine Pátria, conheceu o cantor Herivelto Martins, que se tornou
seu primeiro namorado e, e com quem viria a se casar. Naquela época, Herivelto
Martins e Francisco Sena formavam o duo Preto e Branco. Ao se unirem a Dalva de
Oliveira, eles passaram a integrar o Trio de Ouro.
Dona
de um a voz potente e de grande extensão, indo do soprano (que alcança as notas
mais altas) ao contralto (que canta em regiões mais graves), fez uma carreira
solo brilhante e recebeu os títulos de Rainha da Voz e Rouxinol do Brasil. Além
de suas qualidades técnicas, arrebatava legiões de fãs por causa de suas
interpretações sensíveis e apaixonadas. Suas canções estão em dezenas de discos
que foram gravados pelos principais selos musicais, tais como Emi Odeon,
Columbia, Continental e RCA Victor. Ao todo, foram mais de 400 gravações, a
maioria delas como cantora principal. Além do Brasil, também fez muito sucesso
na Argentina, onde morou por alguns anos.
Dalva
também participou de coros em gravações protagonizadas por Carmen Miranda,
Orlando Silva, Francisco Alves e Mário Reis. Participou ainda de dois filmes -
“Maria da Praia” e “Milagre de Amor” - e dublou os diálogos da personagem
principal do filme “Branca de Neve”, dos Estúdios Disney. Além de Herivelto
Martins, também foi casada com Tito Climent e Manuel Nuno Carpinteiro. Faleceu
no dia 30 de agosto de 1972, na cidade do Rio de Janeiro, deixando três filhos:
o cantor Pery Ribeiro e Ubiratan Oliveira Martins, frutos do casamento com Herivelto
Martins; e Dalva Lúcia Oliveira Climent, que Dalva e seu segundo marido, o
argentino Tito Climent, adotaram em Buenos Aires.
Livres
para todas as idades, as apresentações de “Dalva de Oliveira - Estrela do
Brasil” acontecem sexta-feira (23) e sábado (24), às 20h; e domingo (25), às
19h. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia, conforme legislação e
correntistas que pagarem com cartão de débito Caixa). A compra pode ser feita
com o cartão vale-cultura. Mais informações: 2118-5111.
Nenhum comentário:
Postar um comentário