Nos 12 dias de programação, a 36ª Oficina de
Música de Curitiba levou a 14 espaços culturais da cidade aproximadamente 50
mil pessoas, que assistiram aos concertos e shows. Nesta edição, foram 250
eventos, 60 deles gratuitos.
De 16 a 27 de janeiro, ritmos variados
embalaram a cidade, da música erudita à tecnológica instrumental, do jazz ao
forró, dos ritmos do Sul ao Nordeste, a MPB de muitos sotaques e histórias. A
edição teve homenagens a Waltel Branco (1929-2018), maestro e arranjador
paranaense reconhecido internacionalmente. “Uma figura esplêndida da nossa
história, da história do mundo, do universo”, lembrou o diretor da Orquestra à
Base de Sopro, Sérgio Albach.
Em cada canto da cidade, uma apresentação.
“Comemoramos a acolhida que a cidade deu aos 2.000 alunos, 80 deles
estrangeiros, aos 110 professores e o sucesso de público, em todos os
espetáculos apresentados ao ar livre, nos parques, nos teatros, nas igrejas,
que encerrou com a ópera de Bizet, onde as crianças de Sevilha foram vividas
por 80 curitibinhas”, comemorou o prefeito Rafael Greca.
INCLUSÃO - Pela primeira vez, pessoas com
deficiências visual e física tiveram a oportunidade de aprender e mostrar o
talento em três oportunidades. Na Oficina de Percussão Especial, tiveram aula
com o músico Luciano Candemil, percussionista e compositor que trabalha como
professor na Educação Especial voltada para o desenvolvimento rítmico-corporal.
E também nos cursos Raízes da Música: Elementos do Som e da Apreciação Musical
para Pessoas com Deficiência Visual e Fundamentos do Sistema Braille e da
Musicografia Braille, ambos com o professor Luiz Amorim.
“Agradeço muito, por mim e pelos alunos, a
acolhida. Essas oficinas fizeram de Curitiba uma cidade mais inclusiva, mais
acessível, um lugar mais acolhedor para todos. Curitiba foi exemplo”, disse
Amorim.
MISSÃO CUMPRIDA - A Oficina de Música chegou ao
fim com sucesso, garante o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura
(Icac), Marino Galvão. “Concluímos nosso objetivo, chegamos aonde queríamos
chegar. O resultado disso é o que vimos todos os dias: casas cheias, os espaços
muito concorridos, a presença do público em todos os tipos de eventos, isso é
muito gratificante”, comemorou Marino.
Agora é pensar em 2020, disse o diretor da
Oficina de Música Popular Brasileira e de Música Instrumental e Tecnologia,
João Egashira. “A gente não para. Já temos pensado em muitos professores,
músicos, compositores. Uma Oficina desse tamanho se realiza através de um
extenso trabalho de pesquisa e parceria”, contou Egashira.
A equipe da Oficina de Música foi coordenada
por Janete Andrade. “A Oficina é maravilhosa, é o esforço de muita gente
envolvida. Quando você chega ao final, vê olhar de esperança em cada um desses
meninos que estiveram nos palcos. Saber que você contribui e orientou para que
isso acontecesse, faz tudo valer a pena”, disse Janete.
A 36ª Oficina de Música de Curitiba, organizada
pela Prefeitura de Curitiba, teve o apoio cultural da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC-PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Escola de
Música e Belas Artes do Paraná (Embap), do Centro Cultural Teatro Guaíra e da
Família Farinha. Foi patrocinada pela Sanepar, Copel Telecom e Caixa Econômica
Federa, realizada pela Prefeitura de Curitiba, FCC e Icac e beneficiada pelas
leis de incentivo à cultura do governo federal e do Estado do Paraná.
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