quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Produções próprias do Guaíra encerram ano com 76,5 mil espectadores


O Centro Cultural Teatro Guaíra encerrou 2018 com público de 76,5 mil espectadores nas produções realizadas pela instituição. Somando-se os eventos externos, o público total do Guaíra foi de 321,5 mil pessoas, sendo 259 mil somente no Guairão. O CCTG é um dos maiores complexos culturais da América Latina, com quatro auditórios em um espaço de 16,9 mil metros quadrados. Além disso, é um dos únicos teatros públicos no país com corpos estáveis: o Balé Teatro Guaíra, a Orquestra Sinfônica do Paraná, a Escola de Dança Teatro Guaíra e a G2 Cia de Dança.
O alto número de espectadores em produções próprias é puxado pelo sucesso do balé “O Lago dos Cisnes”, que teve público de 25,8 mil pessoas, e pela Orquestra Sinfônica do Paraná. Foram 50 concertos, além dos realizados em conjunto com o Balé Teatro Guaíra, com público de 47,6 mil.
O retorno do Teatro de Comédia do Paraná se consolidou e foram feitas 43 sessões em 2018, sendo 31 de “Hoje é Dia de Rock”. Já “Papéis de Maria Dias”, com direção de Carolina Meinerz e Letícia Guimarães, foi encenada 12 vezes e teve 3 mil espectadores.
A Escola de Dança Teatro Guaíra fez 24 apresentações ao longo de 2018 e teve público de 16,8 mil pessoas. A G2 Cia de Dança fez uma turnê pelo interior do estado, fruto de um projeto de democratização do acesso à cultura, e esteve em cidades como Umuarama e Chopinzinho. Foram 5 mil espectadores em todas as sessões.

O LAGO DOS CISNES - O espetáculo “O Lago dos Cisnes” teve público de 25,8 mil pessoas em 2018, tornando-se um dos maiores sucessos da história do Balé Teatro Guaíra. Foram 13 sessões com ingressos esgotados antecipadamente. Além das apresentações de “O Lago”, o BTG também dançou “Carmen” e apresentou a Mostra “Curta Guairão do Avesso”. O público total da companhia para o ano de 2018 foi de 33 mil espectadores, o segundo maior desde 2011.
“O Lago dos Cisnes” foi revisitado pelo BTG com linguagem moderna e conta a história de amor entre o príncipe Siegfried e Odette, transformada em animal após ser amaldiçoada. Juntos, os dois buscam no amor sua redenção. O balé mais dançado do mundo ganhou uma versão com toques de modernidade e fez chover no palco do Guairão. O BTG também apresentou “O Lago” em São Paulo, no Teatro Alfa. O diretor e coreógrafo do espetáculo, Luiz Fernando Bongiovanni, recebeu em 2018 o prêmio de melhor coreógrafo do Brasil.
Para Mônica Rischbieter, diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, esse sucesso é reflexo do espírito do teatro. "O Lago dos Cisnes talvez tenha sido um dos espetáculos mais lindos que já apresentamos no Guairão. Ele é resultado do trabalho de mais de 200 pessoas que se dedicam cotidianamente para a Arte. E essa conexão com o público é a prova de que a Arte transforma, não há uma pessoa que tenha visto esse balé e não se sinta tocada".
No próximo ano, o BTG completará 50 anos e haverá uma programação anual especial para celebrar a companhia, uma das mais antigas do país. O Balé Teatro Guaíra foi criado em 1969 e já apresentou mais de 140 coreografias. Atualmente tem 23 bailarinos e está sob a direção de Cíntia Napoli desde 2012.

ÓPERA JOÃO E MARIA - Em 2018, a Orquestra Sinfônica do Paraná apresentou a ópera “João e Maria” no Guairão. A peça, escrita em 1893 pelo alemão Engelbert Humperdinck, foi apresentada na versão e idioma originais, com concepção e direção de Walter Neiva e direção musical e regência de Stefan Geiger, maestro-titular da OSP. O elenco contou com a presença das curitibanas Karolyne Liesenberg (como o homenzinho de areia e a fada do orvalho) e Luciana Melamed (como a mãe).
O austríaco Norbert Steidl, que reside em Curitiba, foi escalado para o papel do pai, e a mineira Edineia Oliveira para a bruxa. Os papéis principais ficaram com Geneviève Tschumi (João) e Christina Heuel (Maria), vindas da Alemanha.
Os cenários, figurinos e todos os ensaios foram feitos dentro das próprias instalações do CCTG. A ópera ainda teve a participação das crianças do Coral Curumim e da Escola de Dança Teatro Guaíra. O resultado foi uma ópera com verdadeira atmosfera de contos de fadas que lotou o Guairão nas três sessões, com os ingressos esgotados dois dias antes da estreia.

NÚMEROS COMPLETOS:

Balé Teatro Guaíra: 32,9 mil
Orquestra Sinfônica do Paraná: 47,6 mil
G2 Cia de Dança: 5,1 mil
Escola de Dança Teatro Guaíra: 16,8 mil
Festival Espetacular de Teatro de Bonecos: 4,9 mil
Teatro de Comédia do Paraná: 12 mil

POR AUDITÓRIO

Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão): 258,7 mil
Salvador de Ferrante (Guairinha): 44,6 mil
Glauco Flores de Sá Brito (Miniauditório): 8,8 mil
Teatro José Maria Santos: 9,3 mil

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