quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Violinista francês Nicolas Krassik mistura samba, forró e jazz na Oficina nesta quinta


O público curitibano terá a oportunidade de assistir, nesta quinta-feira (24), um dos maiores músicos de jazz do mundo. O violinista francês Nicolas Krassik, que se apresentará no Teatro do Paiol, às 19h, promete um show vibrante para ouvir e também dançar, pois além de jazz tem choro, forró e samba.
Krassik já era um músico e tanto quando veio ao Brasil pela primeira vez, em 2001. Passou o carnaval no Rio de Janeiro, e se deixou levar para sempre pelos ziriguiduns, choros e sambas que ouviu no bairro boêmio da Lapa.
Instrumentista formado pelo Conservatório de Nacional de Música da França e aluno egresso de uma das melhores escolas de jazz do país, Nicolas Krassik, 49 anos, é um dos professores debutantes da 36ª Oficina de Música de Curitiba, que segue até domingo (27).
Já era apaixonado pela música brasileira que ouvia na França. A melhor coisa que fiz foi conhecer a Lapa e todo seu forte movimento instrumental”, diz Krassik, com sotaque carioca de fazer inveja à Garota de Ipanema.
Não demorou para o francês se inserir na cena do choro e do jazz urbano carioca, na companhia privilegiada de Yamandú Costa, Henrique Cazes, Eduardo Neves e Carlos Malta. “Quando vi, estava dando canja ao lado destes bambas”, lembra.
Nicolas Krassik radicou-se no Brasil ainda em 2001, e hoje mora em São Paulo. Desde então, já tocou e gravou com Beth Carvalho, Marisa Monte e João Bosco. Para homenagear a turma que lhe abriu as portas, lançou em 2004 o disco “Na Lapa”, com obras de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Dominguinhos, Gilberto Gil e Luiz Gonzaga.
Em 2009, seu disco “Odilê, Odilá”, em que interpreta obras de João Bosco com arranjos do pianista e acordeonista Marcelo Caldi, foi incluído na relação de os melhores discos do ano, do jornal “O Globo”. Atualmente a música nordestina é seu mais novo interesse. Krassik criou o projeto “Cordestino”, em que se dedica ao forró e ao baião, sempre com o violino em destaque.

ENRIQUECEDOR - Participar da Oficina de Música, mesmo para um músico de currículo indiscutível, é uma oportunidade enriquecedora. “Serão duas semanas de encontros intensos, de trocas musicais com professores e alunos. Estou muito feliz por isso, e por saber que minha oficina está com as inscrições esgotadas”, diz o músico, que mesmo carregando a tradição francesa dos violinistas de jazz, irá ministrar o curso de Cordas Populares (violino, viola e violoncelo), reforçando o caráter eclético da Oficina de Música de Curitiba.
Com sólida formação erudita num continente historicamente musical como a Europa, Nicolas Krassik destaca a relevância e o ineditismo da Oficina de Música de Curitiba. “Por lá existem cursos e oficinas no meio erudito, geralmente no verão. Mas não assim, abrangente e musicalmente democrático”.

A programação da 36ª Oficina de Música de Curitiba continua até domingo (27) com muita música pela cidade. Os eventos podem ser consultados diretamente no site www.oficinademusica.org.br.


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