sexta-feira, 8 de março de 2019

Nova versão do clássico de Chico Buarque e Paulo Pontes, “Gota D’Água [a seco]” chega ao Guairão


Uma nova versão do clássico de Chico Buarque e Paulo Pontes, “Gota d’Água [a seco]”, chega a Curitiba para duas únicas apresentações, nos dias 9 (21h) e 10 (19h) de março, no Teatro Guairão, trazendo no elenco os atores Laila Garin e Alejandro Claveaux, com adaptação de Rafael Gomes e direção musical de Pedro Luís. O espetáculo, que conta com 13 prêmios, tem patrocínio exclusivo da BB Seguros e os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos.

A PEÇA - Em dezembro de 1975, Bibi Ferreira subia ao palco do Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, para estrear “Gota D’Água”, transposição da tragédia grega Medeia, de Eurípedes, para a realidade de um conjunto habitacional do subúrbio carioca. Com um arrojado texto em versos de Chico Buarque e Paulo Pontes, e canções como “Basta um Dia”, o espetáculo marcou época e se tornou um clássico moderno do teatro brasileiro.
Mais de quatro décadas depois, a história voltou à cena como uma adaptação absolutamente inédita do diretor Rafael Gomes. Batizada de “Gota D’Água [a seco]”, a nova versão estreou no Rio de Janeiro em maio de 2016.
Como ‘a seco’ do título já indica, a montagem busca chegar à essência da história, por meio dos embates entre os protagonistas, Joana e Jasão, ainda que outros personagens do original também apareçam na adaptação. Mesmo com parte da trama sociopolítica reduzida na versão, Rafael Gomes reitera que a sua leitura da peça é focada em sua natureza política, cruelmente atual. “A Gota D’Água original possui uma trama política bastante latente em seu embate entre opositores e oprimidos. Ao concentrar a história em Joana e Jasão, em suas ideologias, ações e sentimentos, eu gostaria ainda assim de falar sobre essa política mais essencial da vida, do dia a dia, essa que a maioria das pessoas sublima, esquece ou finge que não é com elas, achando que ser político é somente saber apontar o dedo para o adversário e se manifestar eventualmente por aquilo que interessa, de forma um tanto quanto individualista”, afirma o diretor, que manteve toda a estrutura formal da peça e inseriu novas canções e pequenas citações de letras de Chico Buarque em algumas passagens do texto.
Chico Buarque e Paulo Pontes começaram a trabalhar no texto original a partir de uma transposição que Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974) havia feito para a televisão. A feiticeira Medeia virou Joana, moradora do conjunto habitacional Vila do Meio-Dia, mãe de dois filhos, frutos de seu casamento com Jasão, alguns anos mais novo do que ela. Compositor popular, Jasão é cooptado pelo empresário Creonte, que o ajuda a fazer sucesso, e termina por largar Joana para se casar com a filha do milionário. A trama passional – que culmina na vingança de Joana – tem como pano de fundo as injustiças sociais pelas quais os moradores do local passam, vítimas da exploração de Creonte, todo-poderoso da região.
Por conta deste acúmulo de tensões, Rafael Gomes elegeu o embate como o conceito central de sua montagem. Não somente o embate amoroso, que está no cerne da trama do casal, mas também o social, em um sentido mais amplo, e, principalmente, o íntimo. “São as batalhas internas a que as circunstâncias externas nos sujeitam. Jasão no conflito entre o que está ganhando e o que está deixando para trás, assim como Joana na decisão entre ir às últimas consequências para se vingar ou simplesmente seguir vivendo – o embate entre o humano e o divino, o terreno e o espiritual", conclui o diretor.

ATORES - Laila Garin experimenta agora um novo desafio em cena: além de interpretar a mítica personagem eternizada por Bibi Ferreira, dá voz a músicas que não faziam parte da peça original, como “Eu te Amo”, “Baioque” e “Cálice”. Revelado no projeto Clandestinos, Alejandro Claveaux interpreta o personagem que já foi de Roberto Bonfim e Francisco Milani (na temporada paulistana, em 1977).

DIRETOR - “Gota D’Água [a seco]” é o primeiro espetáculo que Rafael Gomes dirigiu fora de sua companhia, a Empório de Teatro Sortido, de onde trouxe alguns colaboradores para esta montagem, como o cenógrafo André Cortez (Prêmio Shell por “Um Bonde Chamado Desejo”, 2015) e o iluminador Wagner Antônio. Rafael foi convidado pela produtora Andréa Alves, da Sarau Agência, e por Laila Garin para embarcar no projeto.

INCENTIVO À CULTURA - O espetáculo tem patrocínio exclusivo da BB Seguros. “Acreditamos que a cultura proporciona muito mais do que momentos de lazer e entretenimento. Por meio das Leis de Incentivo Fiscal, apoiamos e patrocinamos iniciativas culturais, viabilizando a realização de importantes espetáculos em cartaz no País”, afirma Fernando Barbosa, presidente da Brasilseg, uma empresa BB Seguros.
Desde 2012, os projetos incentivados pela companhia já impactaram 20 milhões de pessoas. “Encaramos esses apoios como uma maneira ímpar de promover o conhecimento, criando uma sociedade mais desenvolvida e que se apropria de sua história”, afirma.

PRÊMIOS:

VENCEDOR DO PRÊMIO CESGRANRIO: Melhor Atriz em Musical – Laila Garin.

VENCEDOR DO PRÊMIO BIBI FERREIRA: Melhor Atriz em musical – Laila Garin e Melhor Desenho de Luz – Wagner Antônio

VENCEDOR DO PRÊMIO CENYM: Melhor Trilha Sonora Original ou Adaptada - Pedro Luis e Melhor Canção Original ou Adaptada - Cálice, por Laila Garin (voz) e Pedro Luís (arranjos).

VENCEDOR DO PRÊMIO ARTE QUALIDADE BRASIL: Melhor atriz em Musical – Laila Garin.

VENCEDOR DO PRÊMIO MUSICAL CAST: Melhor Musical Brasileiro, Melhor Direção – Rafael Gomes e Melhor Atriz – Laila Garin.

VENCEDOR DO PRÊMIO REVERÊNCIA – Melhor Atriz em musical – Laila Garin.

VENCEDOR DO PRÊMIO APLAUSO BRASIL: Melhor Atriz – Laila Garin. Melhor Iluminação – Wagner Antônio e Melhor Arquitetura Cênica – André Cortez.
  
Indicada para maiores de 14 anos, a peça “Gota D’Água [a seco]” tem ingressos que variam de R$ 26,00 (meia) a R$ 106,00 (inteira) de acordo com o setor do teatro. A taxa administrativa de R$ 6,00 está incluída no valor. Mais informações: 3315-0808 ou www.diskingressos.com.br.






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