Um passeio por Curitiba desde sua pré-história
até os dias atuais é a proposta da exposição permanente “Curitiba: Tempo e
Memória”, que a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) abrirá ao público nesta
sexta-feira (29), às 18h, no Memorial de Curitiba. A data coincide com o dia em
que a cidade completa 326 anos de fundação. O prefeito Rafael Greca abrirá o
evento, que contará também com a exposição dos monumentos de bronze restaurados
pela administração municipal e um concerto da Camerata Antiqua.
No mesmo espaço, mas em ambientes diferentes,
outras três atrações poderão ser vistas: a exposição dos monumentos de bronze
restaurados pela administração municipal, a dos mosaicos inspirados em
fotografias de Guilherme Pupo feitas nas ruas de Curitiba e um concerto da
Camerata Antiqua.
“Esta linha do tempo da ocupação do território,
onde nasce o Rio Iguaçu e onde hoje se ergue nossa grande cidade, significa que
a história é mestra da vida. Ali está toda Curitiba – dos dias de dinossauro ao
Smart City, do sucesso do nosso planejamento urbano e do pioneirismo da
inovação”, explica o prefeito Rafael Greca.
Segundo ele, a mostra é importante para os
visitantes conhecerem a história da cidade e projetarem o futuro. “Tudo nasce
das nossas raízes e ninguém pode amar aquilo que não conhece. Por isso, toda
geografia e toda história estão reunidos nesta exposição permanente, que
completa o Memorial de Curitiba ao arrematar nosso resgate cultural, iniciado
em 1993. Só a tradição gera a inovação”, completa Greca.
Para a presidente da FCC, Ana Cristina de
Castro, a mostra promete cativar adultos de todas as gerações e crianças. “As
informações estarão disponíveis por meio de recursos variados e acessíveis
pelos diversos perfis de público”, conta. Mediadores treinados ajudarão o
público organizado em grupos de visitantes a percorrer a mostra.
O ANTIGO E A TECNOLOGIA - Concebida como um
evento cultural e didático, o início da mostra colocará os visitantes em
contato interativo com a chamada Ave do Terror – um dos animais de grande porte
que habitaram a região de Curitiba há cerca de 40 milhões de anos.
Personagem de animação e de realidade ampliada
especialmente criada para a mostra, a ave tinha cerca de 2 metros de altura,
não voava e se alimentava de carne. Essas informações foram obtidas a partir do
estudo dos vestígios fósseis localizados há cerca de cinco anos no geossítio
Formação Guabirotuba, na atual CIC.
Informações sobre o bicho poderão ser obtidas
por meio de recursos variados, desde os tradicionais painéis até áudio-guias
oferecidos em três idiomas e aplicativo para smartphone. A tecnologia também
permitirá “tocar” a ave e tirar fotos ao lado dela.
ACERVO - Fruto de seis meses de pesquisa e dois
de montagem, a exposição “Tempo e Memória” também reúne documentos manuscritos,
fotografias, filmes com sobreposição de imagens antigas e atuais e réplicas de
obras de arte. Entre elas estão a primeira imagem de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais e quadros pintados por Theodoro de Bona sobre as origens da cidade.
Esses recursos ajudarão os visitantes a
caminhar pela evolução da cidade desde a fauna pré-histórica aos paleoíndios
que caminharam pelo atual solo curitibano há cerca de 15 mil anos, conhecer a
formação da cidade desde a fundação, em 1693, e percorrer os ciclos econômicos
da mineração, do tropeirismo e da erva-mate.
Também ganha destaque na mostra a presença dos
imigrantes europeus que chegaram à cidade depois dos portugueses e dos
afrodescendentes, ajudando a mudar o rosto da antiga capital da província do
Paraná, no século XIX, para a cidade de quase 2 milhões de habitantes que se
tornou referência mundial em inovação.
A mostra “Tempo e Memória” pode ser visitada de
terça-feira a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e
feriados, das 9h às 15h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário