A
exposição “O Mundo Mágico dos Ningyos”, uma realização do Museu Oscar Niemeyer
(MON), apresenta ao público uma coleção de bonecos japoneses que fazem parte do
acervo de arte asiática formado por mais de três mil peças e doado recentemente
pelo embaixador Fausto Godoy ao MON. A mostra poderá ser vista na Sala 10.
“A exposição ‘O Mundo Mágico dos Ningyos’ é
tão somente uma das incontáveis vertentes desse acervo surpreendente, que nos
revela o continente asiático em sua extensão geográfica, pluralidade
étnico-religiosa e exuberância artística ao longo de milhares de anos de
história”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
A
curadora da exposição, Denise Mattar, explica por que os Ningyos ocupam um
lugar diferente na sociedade japonesa, em relação aos bonecos no Ocidente. “Para nós, eles são brinquedos, enquanto que
no Japão são objetos cheios de significados milenares, que evocam uma atmosfera
mágica e ritualística”, diz. “São muito
valiosos, frágeis e guardados como tesouros de família”.
Tradicionalmente,
os Ningyos são presentes auspiciosos para desejar longevidade, saúde e
fertilidade aos recém-nascidos. Também são exibidos pelas famílias em datas
especiais e a eles se atribui a missão de proteger e purificar as casas que os
recebem.
O
significado da palavra Ningyo é “forma humana”: nin (humano, gente) e gyo
(forma). “Esses objetos aqui apresentados
atravessaram os últimos 200 anos do Japão e mostram um viés pouco explorado,
mas extremamente rico, da alma e cultura japonesas”, comenta Fausto
Godoy.
DIÁLOGO ENTRE EXPOSIÇÕES - A exposição “O Mundo Mágico dos
Ningyos”, não por acaso, acontece simultaneamente ao segundo módulo da mostra
de arte africana no MON. Ali, bustos e estatuetas de elementos de notória
importância na cultura de países da África se contrapõem e se combinam com
bonecas de fertilidade utilizadas também como brinquedos infantis. O período
expositivo de ambas coincide com o Dia das Crianças do Brasil, sugerindo um
diálogo aberto e rico entre as mostras e atividades oferecidas
concomitantemente pelo Museu.
A
proposta de trazer até o público a arte asiática, bem como a africana, está
alinhada com o Marco Referencial do Museu, que estabelece diretrizes para
constituição do acervo da instituição. Esse documento orienta a atuação do MON
em artes visuais, arquitetura e design, com ênfase em arte paranaense e
brasileira, mas também expande a sua missão à formação de acervo de arte
africana contemporânea, latino-americana e asiática, tornando a experiência dos
visitantes cada vez mais interessante e intensa.
SOBRE O MON - O Museu Oscar Niemeyer (MON)
pertence ao Estado do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da
produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais,
arquitetura e design, além da mais significativa coleção de arte asiática da
América Latina. No total, o acervo conta com aproximadamente 7 mil peças,
mantidas num espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída,
sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o
maior museu de arte da América Latina.
Mais informações:
3350-4400 ou www.museuoscarniemeyer.org.br
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