
O processo de seleção dos textos foi feito em conjunto por Fianni e Dalton com a intenção de reunir contos considerados "mais leves". "A obra de Dalton tem como característica textos mais pesados, mas acaba rotulado. Quero mostrar que a obra dele vai além e fala também sobre amor e comédia", diz Fianni, que já dirigiu três peças e atuou em dois espetáculos com textos do curitibano.
A peça utiliza os textos na íntegra, já que uma das exigências do autor é que nada seja alterado. "Ele também não permite que outras pessoas montem seus contos", completa o diretor. Com a intenção de dar mais atenção à palavra, Fianni optou por cenário e figurinos simples. "Tem que respeitar o texto. O encenador não pode querer ser mais que o autor".
O espetáculo traz no elenco alguns nomes que já participaram de "O Vampiro de Curitiba" – peça baseada em obra homônima de Dalton -, como Sonia Bacila, Monia Sartor e Adriana Sottomaior além de outros atores da Cia. Máscaras, como Guilherme Osty, Claudinho Castro, Joel Vieira e Leo Dalledone. Novos nomes como Elana Macedo, Mel Maia, Jefferson Franco e Juliana Liconti completam o elenco.
Dalton Trevisan, nasceu em Curitiba, em 1925 e sempre foi enigmático. Antes de chegar ao grande público, quando ainda era estudante de Direito, costumava lançar seus contos em modestíssimos folhetos. Em 1945, lançou seu primeiro livro: "Sonata ao Lua". Hoje, é considerado o maior contista brasileiro, respeitado não só no Brasil e no exterior, com livros traduzidos para o espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário