
Stacey, que conseguiu a proeza de vender mais de 300 mil cópias de um disco de jazz em 2007, “Breakfast on the Morning Tram”, é neta de russo que emigrou para a França. Dona de invejável contrato com a gravadora Blue Note, o mais destacado catálogo do jazz mundial, Stacey já tinha gravado três canções em francês no CD anterior (uma delas, “Samba Saravah”, versão francesa de “Samba da Bênção”, de Baden e Vinicius), mas não se julgava apta ainda. "Era muito cedo", explica.
Mas, embora o francês tenha sequestrado a atenção de Stacey, seu coração é brasuca. Ela é quem garante. Raconte-moi abre com “Águas de Março”, de Tom Jobim, na versão francesa de George Moustaki. Stacey diz que seu sonho é cantar em português. Está estudando arduamente e já fala com desenvoltura.
Stacey Kent, como Cassandra Wilson, Diana Krall e Esperanza Spalding, tornou-se uma ponte moderna entre o jazz e o pop. Até 2006, gravava para um selo indie, Candid. A voz delicada e extremamente bem colocada, entretanto, a destacou na cena britânica (vive em Londres) e chamou a atenção da Blue Note. Tornou-se estrela da cena europeia, cantora residente do mais famoso clube de jazz de Londres, o Ronnie Scott’s, ganhou o British Jazz Award e o BBC Jazz Award.
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