Nesta quarta-feira (5), às 19h, o Museu da Gravura Cidade de Curitiba abre suas salas para novas mostras com diferentes linguagens das artes plásticas. Até o dia 11 de agosto de 2013, o público poderá apreciar as exposições Campo Neutral, de Felipe Prando; Cabe a Alma, de Maria Ivone dos Santos; Desde o Observatório, com trabalhos de Didonet Thomaz; e Museu da Gravura Cidade de Curitiba: registros de uma história, sob a organização de Ana González. A entrada é franca.
Em Campo Neutral – exposição integrante do projeto Alguns Lugares onde se pode ir, viabilizado pelo Fundo Municipal da Cultura –, o artista e pesquisador Felipe Prando reúne trabalhos de dez artistas e curadores curitibanos contemporâneos, com a proposta de questionar o espaço expositivo. “Se a arte é um território livre, por que sua fruição deveria ser mediada pela rigidez e a formalidade da maioria dos espaços dedicados a ela?”, questiona Felipe Prando, que é doutorando em Poéticas Visuais pelo programa de pós-graduação em Artes Visuais da ECA-USP. A mostra, em formato inovador, reúne proposições artísticas e curatoriais que desenvolvem reflexões sobre práticas expositivas no sistema da arte.
Integram a exposição os nomes de Jorge Menna Barreto (Café Educativo + Projeto Matéria), Vitor Cesar (Arte e Esfera Pública + BaseMóvel), Ricardo Basbaum (Conversas Coletivas), Regina Melim (Coleção A2 da Plataforma Parentesis), Martin Grossmann (Fórum Permanente), Graziela Kunsch (Projeto Mutirão + Não há nada para ver + Arte e Esfera Pública), Roberto "Traplev" ("Recibo" publicação de artes visuais), Luiza Proença e Roberto Winter (Temporada de Projetos na Temporada de Projetos) e Santiago Navarro (Formas de Pensar + Invernos de um Balneário).
Nos dias 15 e 16 de junho, no Museu da Gravura, os participantes de Campo Neutral farão uma exposição pública de suas práticas, em um seminário mediado pelos pesquisadores de artes visuais Keila Kern, Paulo Reis e Milla Jung. O conteúdo desse seminário será reunido em uma publicação, disponível nos formatos impresso e digital, com lançamento marcado para o dia 6 de agosto.
Percepção – A mostra Cabe a Alma, de Maria Ivone dos Santos, é composta por séries de fotografias coloridas, vídeo e texto que abordam a complexidade e diversidade da percepção. As fotos foram captadas entre janeiro e maio de 2013, em caminhadas, deslocamentos e viagens. São imagens de um mundo alterado pelo uso de dispositivos de captura, nas quais o gesto de mostrar é evidenciado pelo enquadramento que não esconde a mão que segura o dispositivo onde se aloja a imagem, produzindo a colisão de dois enquadramentos.
A artista, nascida em Vacaria (RS), em 1958, faz com que suas obras pareçam retrovisores que mostram o inverso de uma quadra, uma rua sem saída, do sol nascendo em três vistas, uma casa, uma árvore, o farol e céus ora azuis ora povoados de nuvens. Somem as sensações e ficam plasmadas no papel densidades cromáticas, silhuetas e formas da luz construindo situações que convidam o espectador a “entrar” nas imagens.
Imagens inéditas – A artista Didonet Thomaz, que tem mestrado em Processos de Criação em Artes Visuais, pela ECA-USP, e é doutoranda em Mediações e Culturas, pela UTFPR, apresenta Desde o Observatório – Série Documentos poéticos – 2007 – 2012, reunindo fotografias analógicas e digitais, uma videoarte e objetos, tendo como tema a ruína.
As séries de fotografias DESTELHADO (sete painéis), RUÍNA (um painel) e CHAMINÉ (sete painéis) foram realizadas em diferentes dimensões, com imagens coloridas inéditas, obtidas pela artista a partir da janela do sótão de uma casa que desabou, no período de 2007 a 2011. Acompanha a série Documentos poéticos, uma pequena mesa contendo objetos mínimos que foram preteridos e que serão valorizados no decurso da exposição. A filmagem da videoarte Espaço Provisório (2011) foi feita no interior de uma casa, antes do seu desabamento. O trabalho participou de exposições nos museus de Arte e de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e do Santander Cultural, todos na cidade de Porto Alegre.
Didonet Thomaz integra o Comitê Poéticas Artísticas da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP), pelo qual publica anualmente, desde 1997, e suas obras fazem parte de acervos de museus de vários estados brasileiros.
História – Organizada por Ana González, artista plástica e coordenadora do Museu da Gravura, a exposição Museu da Gravura Cidade de Curitiba: Registros de uma história apresenta um recorte sobre a origem e a história do Museu da Gravura, reunindo documentos e fotografias, catálogos e publicações.
A exposição conta com duas etapas. A primeira delas teve início em 14 de maio, dentro das comemorações da 11ª Semana Nacional de Museus, com duas salas dedicadas a registros históricos. Nesta segunda fase, mais seis salas serão ocupadas por obras incorporadas ao acervo do MGCC por ocasião das Mostras da Gravura de Curitiba em suas diversas edições e seus respectivos cartazes, pertencentes ao acervo de cartazes da Fundação Cultural de Curitiba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário