O domingo de céu azul e o calor de 30
graus só contribuíram para mais um dia de sucesso da Corrente Cultural 2013,
que encerrou suas atividades na noite deste domingo (10), com a participação de
mais de 300 mil pessoas durante toda a semana do evento, segundo estimativas da
organização. A quinta edição do festival terminou com muita animação, embalada
pelos últimos shows da noite, com Lenine, Tiago Iorc, Blitz e Fundo de Quintal,
nos palcos Carlos Gomes, Ruínas, Riachuelo e Boca Maldita.
O prefeito Gustavo Fruet circulou pelo
centro da cidade, durante a tarde, e acompanhou as atrações. Ao visitar a Casa
Heitor Stockler de França (Av. Marechal Floriano), que serviu de ponto de apoio
aos artistas que se apresentaram no Palco Carlos Gomes, Fruet se encontrou com
Alexandre Nero, pouco antes da sua apresentação com a Orquestra à Base de Sopro
e agradeceu o ator por participar do evento. O prefeito destacou que a Corrente
Cultural tem cada vez mais a tradição de mesclar nomes consagrados com os
artistas locais.
“Foi uma festa maravilhosa. A cidade
inteira participou e tudo ocorreu com tranquilidade, alegria e grande presença
dos curitibanos”, afirmou. Fruet lembrou que a homenagem a Waltel Branco foi
muito importante e serve de referência para que as próximas edições sigam este
mesmo conceito.
O presidente da Fundação Cultural de
Curitiba, Marcos Cordiolli, destacou ainda a oportunidade oferecida às bandas
locais. “Temos que fortalecer e valorizar a música curitibana, dando
oportunidade aos músicos de mostrar o seu trabalho, dando-lhes o devido valor e
apoio”, disse.
“A
Corrente Cultural só é possível graças ao empenho e participação dos parceiros,
tanto os realizadores quanto os apoiadores, que se unem em prol da cultura da
cidade”, completou Cordiolli. A Corrente Cultural é realizada pela Prefeitura
de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Secretaria de Estado da
Cultura (SEEC), Sesi-PR, Fecomércio-PR/Sesc-PR e demais parceiros.
“É
maravilhoso ver as pessoas nas ruas, aproveitando a intensa programação
espalhada por toda a cidade. O crescimento do número de atrações e de público
que vemos anualmente demonstra que o esforço coletivo, de parceiros que têm em
comum o objetivo de promover a cultura e ampliar o acesso da população a
atividades culturais de qualidade, vale a pena”, destaca o secretário de estado
da Cultura Paulino Viapiana.
Palco Carlos Gomes – No show que
realizou com a Orquestra à Base de Sopro, grupo artístico da Fundação Cultural
de Curitiba, no Palco Carlos Gomes, o ator curitibano Alexandre Nero mostrou o
seu talento também como cantor. Abriu o espetáculo cantando “Água de Beber”, de
Tom Jobim e Vinícius de Moraes, a primeira de uma série de canções do
repertório selecionadas para celebrar os 100 anos do compositor. “Não é sempre
que se toca com uma orquestra desse porte. Estou me sentindo um Pavarotti”,
brincou.
A Praça Carlos Gomes ficou ainda mais
lotada no final da tarde, com uma multidão aguardando o show de Lenine. “Tocar
ao ar livre, numa praça, para um grande público e de graça é ótimo. Essa
acessibilidade tem que virar tradição. A cada ano é preciso ano aprimorar e
virar uma festa que é uma oportunidade de mostrar a nossa pluralidade musical”,
disse Lenine.
Palco Conexões – O cantor Criolo foi
uma das grandes atrações do Palco Conexões, montado na Boca Maldita. Mais de 40
mil pessoas aproveitaram o show que ocorreu neste domingo. Ao todo, de acordo
com a Secretaria de Estado da Cultura, o espaço atraiu cerca de 160 mil pessoas
no fim de semana, que puderem conferir os shows de Wanderléa, Gaby Amarantos,
Karol Conka, Martinho da Vila, Esperanza, Grupo Boca Negra, Palavra Cantada e
Fundo de Quintal. O Palco Conexões foi montado pelo Governo do Estado, e
integrou as atividades da Corrente Cultural de Curitiba.
Além do Palco Conexões, ocorreram
apresentações também no Museu Oscar Niemeyer e no Teatro Guaíra. No sábado, o
público acompanhou por mais de duas horas a aula-show sobre Leminski, com José
Miguel Wisnik e participação especial de Estrela Leminski e Téo Ruiz, e também
dos músicos Sergio Reze e Swami Junior. No domingo, durante todo o dia,
diversas atividades, como prática de ioga, exposição de fotos, exibição de
filme e shows de artistas locais fizeram parte da programação da Musicletada.
O Balé Teatro Guaíra encenou ''A
Sagração da Primavera'', na noite de sábado, no Guairão. O grupo também
participou da Corrente com quatro coreografias, três delas do Projeto
Experiência Urbana, que tem como objetivo levar a dança a espaços abertos, criando
interação direta com o público. A primeira encenação ocorreu na manhã de sábado
com ''Visita Guiada'', no Memorial de Curitiba. No domingo, o grupo apresentou
“Ontem Também é Hoje'' e ''Conversa Silenciosa”, no Largo da Ordem.
No domingo a Orquestra Sinfônica do
Paraná fez um concerto especial no Guairão, com apresentação da “Sinfonia nº 3” de Beethoven, também
conhecida como “Heróica”. A regência foi do maestro Osvaldo Ferreira. Dezenas
de crianças passaram a noite na Biblioteca Pública do Paraná na quinta edição
do acantonamento, que contou com brincadeiras e contação de histórias.
Durante toda a semana o público também
pode conferir as exposições em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Paraná,
Casa Andrade Muricy, Museu Paranaense, Museu Alfredo Andersen e MON, que
integraram a programação da Corrente Cultural.
Novidades – Nos outros palcos, mesmo
menores, o clima também foi de descontração, especialmente o “Chega e Toca!”,
que foi novamente um dos mais disputados. Vinte e cinco grupos e artistas se
inscreveram para tocar neste domingo e, no final, falavam da satisfação de
poder se apresentar. “Foi uma oportunidade única. Vocês não sabem o quanto isso
vale para a gente. As pessoas estão elogiando. É só coisa boa”, conta Tião
Caipira, artista de rua que costuma se apresentar no calçadão da Rua das
Flores.
Falcão, sósia do músico cearense,
também chegou e cantou, arrancando os aplausos de uma plateia animada. “Foi
muito bom, uma grande alegria para nós”, comentou enquanto era assediado para
fotografias. A banda Multa Potione estava no camarim prestes a encarar o palco,
pela primeira vez em Curitiba. “Estávamos acompanhando os shows da Corrente e
vimos esse espaço aberto para quem quer se apresentar. A proposta foi
superinteressante”, disse o baterista Giuliano.
O TUC esteve o tempo todo lotado com as
bandas de rock selecionadas por edital da Fundação Cultural de Curitiba. Para o
baixista Allan Giller Branco, da banda Black Cherry, o mais interessante nesta
edição da Corrente Cultural foi o foco nas bandas autorais. “A satisfação de
todas as bandas é poder executar o seu trabalho e ver a reação do público”,
disse. Vários grupos de Curitiba também se apresentaram no Palco Ruínas –
Namastê, Universo em Verso
Livre , Léo Fressato, Maxixe Machine e Raíssa Fayet. Tiago
Iorc fechou a programação nas Ruínas.
A Corrente – A Virada Cultural Paraná
2013 integrou a Corrente Cultural de Curitiba, que durante uma semana espalhou
diversas atrações por toda a cidade em vários palcos e espaços, e este ano
homenageou um dos grandes nomes da música paranaense: o mestre Waltel Branco.
Foram mais de 300 atrações durante a
semana. O ponto alto da programação ocorreu no fim de semana, com seis palcos
montados em diversos locais, por onde passaram grandes nomes da música nacional
e bandas locais.
A Virada Paraná – A Virada Cultural
Paraná 2013 é uma realização do Governo do Paraná, por meio da Secretaria de
Estado da Cultura e Detran Paraná, com apoio do Sesc e Sesi Paraná. Também
integram a parceria na realização da etapa Curitiba, a Fundação Cultural de
Curitiba, Sanepar, Compagas, e a Fecomércio/Paraná/Sesc/Paço da Liberdade.
O Governo do Estado já havia promovido,
em outubro, a Virada Cultural Paraná em 11 cidades do interior. O evento
atingiu cerca de 100 mil pessoas
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