O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre na
quinta-feira (21), às 19 horas, nas salas 1 e 2, a exposição “Meu Bem”, de
Beatriz Milhazes. Com curadoria do crítico francês Frédéric Paul, a mostra
apresentará alguns dos trabalhos mais marcantes da artista desde o final dos
anos 1980, provenientes de diversas coleções públicas e particulares, do Brasil
e do exterior. A exposição fica no MON até dia 23 de fevereiro de 2014. As últimas grandes exposições institucionais
de Beatriz Milhazes no Brasil aconteceram em 2002 (CCBB-RJ) e 2008 (Pinacoteca
do Estado-SP).
“Meu
Bem” é considerada a mais abrangente mostra panorâmica de Beatriz. É uma
oportunidade única de rever obras históricas, conhecer os últimos
desdobramentos de sua produção e identificar neste vasto conjunto alguns dos
fios condutores, procedimentos e estratégias compositivas que a tornaram um dos
grandes destaques da arte contemporânea no mundo neste início do século XXI.
Beatriz Milhazes - A artista plástica
participou, ao longo dos últimos anos, de diversas bienais, como as de Veneza e
de São Paulo, e realizou 30 individuais em 11 países, com destaque para as da
Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e da Fondation Cartier (Paris), além de
dezenas de coletivas, entre elas a mostra The Encounters in the 21st Century:
Polyphony - Emerging Resonances, no 21st Century Museum of Contemporary Art
(Kanazawa, Japão).
É possível apontar como aspectos mais
evidentes de sua obra a intensa relação com a arte popular brasileira, o
diálogo com segmentos de arte aplicada, entre eles o artesanato e o bordado,
bem como uma proximidade fértil com três momentos importantes da história da
arte brasileira: o barroco, a antropofagia e o tropicalismo.
São também aspectos centrais da obra de
Beatriz Milhazes a organicidade das formas e o intenso jogo cromático, que
estabelecem uma relação de complementaridade e contraste com uma estrutura
compositiva cada vez mais rigorosa. “Ela reivindica laços fortes com a
modernidade europeia e está em pé de igualdade na cena contemporânea, na qual
abala os códigos muitas vezes pouco sábios da abstração”, sintetiza o curador
Frédéric Paul.
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