O
Cinemis, programação permanente de filmes do Museu da Imagem e do Som do Paraná
(MIS-PR), exibirá em setembro filmes brasileiros que, de alguma maneira,
desbravam a natureza como cenário ou mesmo como assunto principal. As sessões
acontecem às terças e quintas-feiras, sempre às 16 horas. A entrada é gratuita.
A
programação abriu na terça (3) com “Taego Ãwa” (2016), de Marcela Borela e
Henrique Borela. O longa-metragem é realizado a partir de um encontro com os
índios Ãwa na Ilha do Bananal, no estado de Tocantins, suscitado por antigas
fitas VHS que documentam a colonização do Brasil Central.
Na
quinta (5) – Dia da Amazônia – será exibido o premiado “As Hiper Mulheres” (2012),
de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, uma produção do projeto
Vídeo nas Aldeias (VNA), precursor na área de produção audiovisual indígena no
Brasil, criado em 1986.
O
CineMIS de setembro também inclui o documentário “Sob a Pata do Boi” (2018),
dirigido por Marcio Isensee Sá. O filme traz um panorama histórico e econômico
da pecuária no país e seu impacto ambiental na floresta amazônica. Entre os
longas-metragens de ficção incluídos no calendário do mês estão o singelo “Jonas
e o Circo Sem Lona” (2016), de Paula Gomes, e o divertido “Apart Horta” (2015),
assinado por Cecilia Engels. Em ambos a natureza permeia as relações
interpessoais.
Há,
ainda, “Baré, Povo do Rio” (2015), de Tatiana Toffoli, que retrata a vida e os
costumes dos habitantes do noroeste amazônico falantes do nheengatu, língua
difundida pelos carmelitas no período colonial. Ainda na senda do retrato de
costumes está o longa paranaense “A Grande Nuvem Cinza” (2016), que acompanha
por três anos a vida de cinco famílias plantadoras de tabaco da região Central
do Estado. O filme esteve em diversos festivais no Brasil e no mundo, como o
Nafa, na Romênia, e o Family Film Project, em Portugal, no qual ganhou o Prêmio
do Júri.
Fecha
a programação do mês “Sementes do Nosso Quintal” (2014), de Fernanda Heinz
Figueiredo, filme que planta uma semente de esperança para o futuro por meio da
educação.
Quase
todos os filmes de setembro do CineMIS estão na Videocamp, uma plataforma de
difusão de filmes de impacto disponibilizados para exibições públicas
gratuitas.
Segundo
a diretora do MIS-PR, Cristiane Senn, a programação, que tem curadoria dela e
de Ana Paula Málaga, coordenadora de programação do museu, surge num contexto “em que se fazem urgentes as reflexões sobre
o chão em que pisamos. E o audiovisual é um ambiente muito importante nesse
contexto”.
“A difusão de imagens e ideias de natureza,
seja na forma de documentários investigativos, na observação de povos e
culturas ou nas ficções em que a natureza se conecta aos seres de modo sutil,
ajuda a promover a consciência do ser humano como parte da natureza e,
portanto, como agente responsável de suas ações sobre ela. Paralelamente a
isso, deparamo-nos com o Videocamp, essa plataforma de difusão que oferece um
conteúdo precioso e diverso”, destaca a diretora.
PROGRAMAÇÃO
05/09
As
Hiper Mulheres (de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, 2013, 1h20)
Classificação:
12 anos
10/09
Apart
Horta (de Cecilia Engels, 2015, 55 min)
Classificação
livre
12/09
Sob
a pata do boi (de Marcio Isensee e Sá, 2018, 49 min)
Classificação
livre
17/09
A
grande nuvem cinza (de Marcelo Munhoz, 2016, 1h12
Classificação
livre
19/09
Baré,
o povo do rio (de Tatiana Toffoli, 2015, 1h03)
Classificação
livre
24/09
Jonas
e o circo sem lona (de Paula Gomes, 2016, 1h21)
Classificação
livre
26/09
Sementes
do nosso quintal (de Fernanda Heinz Figueiredo, 2014, 1h56)
Classificação
livre
O Museu da Imagem e do
Som do Paraná está situado na Rua Barão do Rio Branco, 395, Centro. Mais
informações: 3232-9113
ou www.mis.pr.gov.br.
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