O multiartista Itaercio Rocha lança seu segundo
álbum solo, “Caboclo”, nesta sexta-feira (24), às 20h, no Teatro do Paiol. Em
textos e melodias, o músico traz um pouco de suas histórias, sobre o seu
caboclo e suas muitas facetas e de pessoas que despertaram sua atenção durante
a trajetória. A entrada custa R$ 10,00 e R$ 5,00.
Além de ser apelido do artista, Ita significa
pedra em tupi-guarani. Não fosse o bastante, seu sobrenome é Rocha. E vale
lembrar que nasceu na vila de Pedras, no município maranhense Humberto de
Campos. Se por um lado essa tríade sólida sempre o acompanhará, por outro,
Itaercio é flexível, apresentando inúmeros trabalhos, caminhando tranquilamente
em diferentes áreas da arte.
É essa multiplicidade que estará no show de
lançamento de “Caboclo”. As canções narram as vivências rítmicas de Itaercio
nos vários campos das artes populares brasileiras. O disco agrega mais de 14
ritmos em suas 14 faixas. Tem caixa do Divino Espírito Santo, tambor de mina,
bumba-bois de vários sotaques, afoxé, entre outros. “A seleção é um pouco do
que compus para teatro, carnaval e outras inspirações”, comenta o músico.
Além de canções próprias, o trabalho conta com
parcerias de Thayana Barbosa, Daniel Fernandes, Du Gomide, André Abujamra e
Matheus Braga e os arranjos são de Fred Pedrosa, Du Gomide, Matheus Braga.
Trajetória - Nascido no município com o maior
bumba-meu-boi do Brasil, Humberto de Campos, no Maranhão, Itaercio Rocha já morou
em Olinda (PE), São Luís (MA), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ) e Maringá
(PR) antes de parar em Curitiba, no ano de 1996. O interesse pelas culturas
populares vem de berço: desde pequeno, recebeu influências culturais da
família, como seu pai, músico prático, que tocava nas procissões, nos
bumba-bois e nos bailes do interior; e sua mãe que fazia e regia a festa de
coroação da Nossa Senhora e pastoris, além de participar de outras festividades
populares e religiosas.
É formado em Educação Artística com habilitação
em Artes Cênicas, pelas Faculdades de Artes do Paraná (FAP) e é especialista em
Estudos Contemporâneos em Dança, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), por
meio da Faculdade Angel Vianna (FAV).
Atuou e dirigiu espetáculos junto ao grupo
Mundaréu, com o qual gravou vários álbuns. Em 2006 lançou seu primeiro disco
solo e autoral, “Chegadim”. É autor do livro/CD “Como é bom festa junina III”,
em parceria com Mara Fontoura, com quem ainda escreveu o livro “Como diz o
ditado”. Tendo o Hospital Pequeno Príncipe como entidade beneficiada, o músico
lançou os álbuns “Cancioneiro Popular” (2009) e “Encanto de Brincar” (2013) e
dirigiu os espetáculos “Encanto de Brincar” e “Bumbando na Congada”. Em 2017,
lançou o show “Por Consolação”, onde interpreta clássicos da música popular
brasileira.
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