O documentário “Ko Yvy Ma Ndopa Mo’Ãi – Essa Terra
Não Vai Terminar”, de Matias Dala Stela, será exibido, nesta terça-feira (30),
às 15h, na Cinemateca, com entrada franca. O média-metragem apresenta o dilema
dos moradores da aldeia indígena Pindoty – da etnia Guarani Mbyá – para manter
viva a cultura dos ancestrais em meio à dominadora influência dos costumes “não
indígenas” no dia a dia da aldeia.
Ao investigar como se dão as relações entre a
nova e a velha geração de guaranis, o documentário visitou o território
indígena homologado desde os anos 90, situado na Ilha da Cotinga – complexo de
ilhotas ao redor do munícipio de Paranaguá. Durante meses, com ajuda da
população originária e tradicional da região que contribuiu na produção do
filme, a equipe mergulhou nos conhecimentos milenares do povo Guarani Mbyá.
O filme teve pré-lançamento na última edição do
Festival Internacional de Curitiba – Olhar de Cinema, pela Mostra Mirada
Paranaense, focada em dar espaço a produções audiovisuais feitas no estado. Também
recebeu Menção Honrosa dada pela Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (AVEC).
SOBRE OS GUARANI MBYÁ - A etnia Mbyá é um dos subgrupos dos Guaranis
que compõem, junto dos Kaiowás e Ñandevas, parte da população indígena que mora
no país. Conhecidos por viverem em regiões litorâneas do sul e sudeste
brasileiro, os Guarani Mbyá se relacionam de maneira diferente quando o assunto
é a preservação da sua territorialidade.
Sempre tendo o mar como limite para estar perto
das boas energias, os Embiás acreditam que o território não termina apenas num
espaço delimitado, e sim no todo que os cercam. Outra característica é a
procura por estabelecer suas aldeias em locais especiais dentro da Mata
Atlântica, elemento principal à prática da vida em comunidade, da cultura e da
espiritualidade do povo guarani.
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