Entre os dias 25 de julho a 11 de agosto, o
Teatro José Maria Santos recebe a segunda temporada do monólogo “O Caderno Rosa
da Senhora H”, baseada no livro “O Caderno Rosa de Lori Lamby”, da escritora
paulista Hilda Hilst (1930-2004). As apresentações acontecem às 20h, de
quinta-feira a sábado, e às 19h nos domingos. Os ingressos custam R$ 30,00 e R$
15,00 (meia-entrada) e podem ser adquiridos no site Disk Ingressos. A
classificação indicativa é 18 anos.
A montagem da Boreal Companhia de Teatro
apresenta duas personagens, a Lori Lamby, protagonista do livro, uma garota de
oito anos que escreve histórias pornográficas em um diário cor-de-rosa, além da
própria Hilda Hilst, que explica as motivações para escrever essa obra. “Uma vez que o texto original traz uma série
de dados autobiográficos, foi inevitável trazer a figura de Hilda como personagem
da peça e transformar o ‘O Caderno Rosa de Lori Lamby’ no ‘O Caderno Rosa da
Senhora H’”, explica a atriz Thyane Antunes, que interpreta as duas
personagens.
As apresentações têm somente 20 lugares na
plateia, que é disposta em formato de arena. Cada espectador fica em uma cabine
isolada para tentar propor uma experiência teatral mais individualizada,
explica a diretora da montagem, Cris Betina Schlemmer. “Por se tratar de uma grande escritora, poeta e dramaturga estamos
preservando muito o seu texto. Então, pensamos como fazer para que o espectador
possa usufruir dessa obra no teatro de uma maneira mais próxima a da leitura de
um livro. Isso nos guiou e foi o conceito para criar uma estrutura diferenciada
de plateia, para que o espectador tivesse uma experiência como se ele estive
lendo o livro sozinho em casa”.
“O Caderno Rosa de Lori Lamby” é o primeiro
livro da chamada “Trilogia Obscena” de Hilda Hilst, que tinha a finalidade de
atender a uma solicitação do mercado livreiro que insistia que a escritora
tivesse textos mais comerciais e, portanto, fossem garantia de vendagem. “Mas, nem tudo é o que parece ser, as coisas
são muito mais complexas do que a gente consegue captar num olhar à primeira
vista. Neste livro, a Hilda Hilst usa uma temática mais erótica para distrair
você na história, mas não é isso que está em primeiro plano, apesar de ser isso
que você vê com um olhar um pouquinho desatento”, observa Cris Betina.
Hilda tinha uma visão muito crítica sobre o que
o mercado editorial considera vendável. “A
crítica que a Hilda Hilst fez por meio dessa história ainda é válida para hoje,
ainda mais nesses tempos que estamos vivendo, pois ela reflete muito sobre o
valor do artista”, destaca Thyane Antunes.
SOBRE A BOREAL - A Boreal Companhia de Teatro
nasceu em 2010 pelas mãos da produtora cultural e diretora Cris Betina
Schlemmer e pela atriz Thyane Antunes. A companhia é especializada na
elaboração, desenvolvimento e execução de projetos culturais aprovados pelas
leis de incentivo (municipal, estadual e federal), com o objetivo de gerar
valor aos seus parceiros e fomentar a cultura no país. Ao longo desses anos,
montou peças para o público adulto e infantil, priorizando a qualidade
artística, técnica e humana nos projetos que realiza. Além de “O Caderno Rosa
da Senhora H”, entre as suas principais realizações estão “O Império da Paixão
em Fatias Parcimoniosas”, “Nina e o Reino das Galochas” e “Sete Mares de
Histórias”.
FICHA TÉCNICA
Direção: Cris Betina Schlemmer
Elenco: Thyane Antunes
Cenário: Gui Almeida e Cris Betina Schlemmer
Cenotecnia: Ateliê Miniart
Figurino: Gui Almeida
Direção de Produção: Cris Betina Schlemmer
Assistência de Produção: Natália Drulla
Direção Musical: Gabriel Martins
Iluminação: Semy Monastier e Erika Mityko
Adaptação do Texto: Lucas Komechen, Cris Betina
Schlemmer e Thyane Antunes
Coordenação do Projeto: Thyane Antunes
Assistência de Direção: Tiago Batista
Preparação Corporal: Natália Drulla
Maquiagem: Tiago Batista
Fotos: Tiago Batista
Assessoria de Imprensa: Expressa Comunicação
Projeto Gráfico: Francisco Ugalde
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