Em tempos de crise, preconceito e intolerância,
como transformar o ódio e construir uma cultura de paz? Pensando neste tema, é
que Curitiba recebe neste fim de semana Leandro Karnal e Monja Coen para duas
sessões da palestra “O inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz”. O evento é
baseado no livro que leva o mesmo título, lançado pela editora Papirus
recentemente, pelos dois autores. Nesta sexta (28), a palestra será às 19h45 no
Teatro Positivo e, no sábado (29), será às 9h45 no Teatro Ópera de Arame. Os
ingressos já estão à venda no Alô Ingressos e custam a partir de R$ 93,00.
Na palestra o historiador Leandro Karnal e a
Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil vão fazer o público
refletir em torno das relações humanas, o diálogo e a tolerância diante da
diversidade de pessoas, de opiniões e de culturas. Também vão falar da
intolerância, que suscita sentimentos ruins e atos violentos, e de como
transformar a cultura de violência disseminada pelo planeta em cultura de paz,
convidando a pensar o que é necessário para alcançar uma sociedade menos
agressiva e mais acolhedora.
Atos de violência, escravidão, massacres e
assassinatos sempre foram frequentes em todos os períodos da história. “A
diferença, hoje, talvez esteja em duas novidades. A primeira é que temos mais
informações sobre eles. E a segunda é que existe hoje também, por uma série de
fatores, no Ocidente em particular, uma exacerbação do ‘eu’, da sua autoestima
e da ideia de que ‘se eu penso assim, isso é o correto’”, aponta Karnal.
Para a Monja Coen, a mídia precisa, sim,
“alertar contra os malfeitos e os erros de compreensão humana, alertar contra
os preconceitos e as discriminações, alertar contra as várias formas de
violência. Mas é preciso também dar visibilidade ao que é benéfico, aos bons
exemplos a serem seguidos”.
A proposta para uma cultura de paz remete a
“uma revolução muito grande, uma grande transformação individual e social.
Porque é necessário modificar todo um sistema educacional, dentro de escolas,
universidades, as famílias...”, explica a Monja. “Quando condenamos o hábito
alimentar de alguém, o tipo de roupa que ele veste ou a ausência de trajes,
estamos falando de algo que incomoda mais a nós mesmos do que qualquer outra
coisa, e muito menos sobre o outro, sobre o bem ou sobre a caridade e assim por
diante”, acredita o historiador.
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