O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura neste
sábado (27) a exposição “Experimentando Le Corbusier – Interpretações
Contemporâneas do Modernismo”. A mostra apresenta obras de vários profissionais
que revivem a experiência do pensamento revolucionário do arquiteto, urbanista
e escritor Le Corbusier, levando-o para além da arquitetura.
Partindo de questões atuais, os artistas e
arquitetos reviveram a experiência do pensamento de Le Corbusier, adequando-o
ao contemporâneo brasileiro. O projeto conta com a participação de Irmãos
Campana, Paulo Mendes da Rocha e Lucas Simões, além de escritórios de
arquitetura, como Terra e Tuma, Aleph Zero e Triptyque, que foram convidados a
refletir sobre o tema.
Charles Edouard Jeanneret-Gris, conhecido
mundialmente por Le Corbusier, foi um arquiteto franco-suíço que se tornou uma
das figuras mais importantes da arquitetura no século XX. Desenvolveu ampla
atividade acadêmica e teórica, além de publicar diversos artigos sobre seus
estudos arquitetônicos. Foi grande influenciador na formação da geração
modernista de arquitetos brasileiros, por exemplo, prestando consultoria, em
1936, no projeto do Palácio Gustavo Capanema.
“Apresentar uma mostra que reúne alguns dos
mais destacados artistas e arquitetos do cenário nacional numa ampla reflexão e
proposição sobre a obra de Le Corbusier é uma forma de o MON contribuir para o
conhecimento e a reflexão necessária sobre a produção deste que foi um dos importantes
arquitetos do século XX”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
Através do Concurso A0, a mesma provocação
conceitual se estende aos estudantes e recém-formados do Sul do Brasil. Um júri
formado por profissionais e acadêmicos escolherá três obras que integrarão a
exposição, ao lado dos convidados e dos premiados na Edição SP do Concurso A0.
SOBRE A OBRA - Qual é a relevância de discutir
a obra de Le Corbusier no contexto brasileiro contemporâneo? Essa é a questão
que os artistas, arquitetos e designers buscam responder, revivendo a
experiência do pensamento de Le Corbusier. Isso é mostrar-se fiel à lição do
arquiteto: não repetir nem imitar o passado, como se ele nos desse respostas
prontas, não considerá-lo simples documento histórico, mas apoiar-se nos
momentos notáveis, a fim de criar e inventar soluções para o mundo.
“Mudar a vida pela arquitetura”: eis uma das
certezas fundamentais de Le Corbusier. Para ele, bem mais que uma questão
estética ou de disciplina técnica, a arquitetura era projeto de natureza
profundamente ética, buscando transformar o cotidiano e preencher as vidas
comuns em seus espaços arquitetônicos. Na conjunção de arquitetura com
filosofia e artes aplicadas, Le Corbusier buscava contribuir para o
desenvolvimento de uma cultura contemporânea para todos pela adequação dos
espaços e objetos que compõem o ambiente compartilhado.
Diante do desenvolvimento do ambiente urbano
atual, convém chegar a uma reflexão coletiva que seja, como já ocorreu na época
do arquiteto da Ville Savoye, reflexo de nossa própria experiência.
MON - O Museu Oscar Niemeyer (MON) pertence ao
Estado do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção
artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design,
além da mais significativa coleção de arte asiática da América Latina. No
total, o acervo conta com aproximadamente 7 mil peças, mantidas num espaço
superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros
quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da
América Latina.
CREMME - A exposição tem curadoria de Pierre
Colnet e Hadrien Lelong, da Cremme – Editora de Mobiliário, via Instituto
Cremme, associação que tem como compromisso atuar nas esferas social,
educacional e artística por meio da promoção de atividades de fomento à
cultura.
A Cremme, editora de móveis franco-brasileira,
possui a proposta de criar atmosferas. Cosmopolita, traz a simplicidade pelo
olhar dos franceses Hadrien Lelong e Pierre Colnet, que coordenam uma rede de
designers espalhados mundo afora, enquanto produzem, com exclusividade, todas
as peças aqui no Brasil. Além da linha de mobiliário própria, a Cremme atua na
criação e no desenvolvimento de peças exclusivas, feitas sob encomenda para
projetos corporativos.
O Instituto é a artéria pela qual a editora de
mobiliário Cremme se projeta para além do ramo de design, estabelecendo-se como
agente cultural, interligando artistas, arquitetos, designers, intelectuais,
clientes e amigos em torno de ideias únicas.
“Experimentando Le Corbusier – Interpretações
Contemporâneas do Modernismo” fica aberta à visitação até dia 11 de agosto, de
terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada);
na quarta-feira, a entrada é gratuita. Mais informações: 3350-4400 ou
www.museuoscarniemeyer.org.
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