Cerca de 100 desenhistas e estúdios que fizeram
e fazem a história da produção local de ilustração, quadrinhos (HQ), caricatura
e animação estarão na mostra “Traços Curitibanos 3”, que foi aberta nesta
sexta-feira (12), no Museu da Gravura e na Gibiteca do Solar do Barão.
Serão oito salas temáticas ocupadas com os
trabalhos, que se somarão aos do nacionalmente conhecido quadrinista curitibano
José Aguiar, além de debates abertos ao público e eventos para professores da
rede municipal de ensino. O público poderá ver os trabalhos expostos no Museu
da Gravura até 5 de julho. Já a parte da exposição que ocupa a Gibiteca será
encerrada antes, em 3 de junho.
“A mostra é um grande momento cultural que já
está mostrando seu potencial. Com apenas três edições, faz parte do calendário
oficial de eventos da cidade e concorreu ao 30° Troféu HQMIX na categoria
Exposição Nacional”, observa o coordenador da Gibiteca, Fúlvio Pacheco,
referindo-se ao Oscar das HQs no Brasil, realizado em 2018.
A Gibiteca integra a estrutura da Fundação
Cultural de Curitiba e responde pela produção e curadoria geral do evento, que
este ano coincide com a celebração do Dia Mundial do Desenhista. A data é
comemorada em 15 de abril, aniversário de Leonardo da Vinci.
TRAÇOS ATUAIS - Entre os destaques da mostra
estarão os sketchers (desenhistas) Simon Taylor, Raro de Oliveira e Fabiano
Vianna, que expõem o resultado de 80 dias de peregrinação pelo Centro Histórico
de Curitiba para registrar monumentos, praças, casas e, principalmente, pessoas
da região. Trabalhos do fotógrafo Washington Takeuchi completam a mostra, que é
financiada pelo fundo da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Perto dali, terá lugar a coleção de ilustrações
com colagens feitas por Adriano Catenzaro para cada uma das 27 capitais
brasileiras. Os trabalhos foram criados manualmente com papéis recortados,
recriando formas e detalhes de ícones urbanos de cada cidade. A exposição e a
publicação a ela relacionada foram financiadas pelo fundo da Lei Municipal de
Incentivo à Cultura.
DESENHOS ANTOLÓGICOS - O Museu da Gravura
também guarda a mostra Balas Zequinha. São originais em litogravura de 150
figurinhas produzidas no começo da década de 40 por Paulo Carlos Rohrbach,
então com 16 anos de idade.
Durante apenas dois meses, elas foram criadas e
reproduzidas na Impressora Paranaense a fim de acompanhar as embalagens das
balas que se tornaram marca registrada de Curitiba. Inspirados no palhaço
Piolin, os desenhos eram contextualizados em cenas vistas pelo artista em
circos de Curitiba.
Rohrbach também criou o primeiro brasão do
município de Curitiba e o do Estado, que estará exposto na Traços Curitibanos
3. O desenho integra o acervo particular da família do desenhista.
“Curitiba Por Traços Curitibanos” é uma coleção
de ilustrações curiosas pinçadas por Antônio Éder de fontes diversas. Entre
elas estão revistas do começo do século passado, jornais antigos, trabalhos
feitos para agências de publicidade, HQs em que a cidade foi ambientada e
desenhos inéditos colhidos nos acervos dos ilustradores. É a Curitiba vista
pelos olhos de diversos artistas em diferentes épocas.
EVENTOS PARALELOS
17/5, às 19h, na Gibiteca – Debate com
cartunistas participantes da Traços Curitibanos 3 sobre MEI (Microempreendedor
Individual).
18/5, às 14h30, no Solar do Barão – Mediação da
mostra para professores da rede municipal (Projeto Educação e Cultura).
6/6, às 8h30, no Solar do Barão – Formação
continuada sobre a Traços Curitibanos 3 para os professores de Arte do 6º ao 9º
anos da rede municipal.
5/7, às 19h, no Cine Passeio, encerramento
geral da Traços Curitibanos 3 – Traços Curitibanos: Animação Curitiba – 2019,
debate aberto ao público sobre a produção de animação em Curitiba com empresas
e animadores. No local, na sala Valêncio Xavier, haverá projeção das animações.
O Museu da Gravura está situado no Solar do
Barão (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533, Centro) e pode ser visitado de
terça-feira a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 18h; domingos, das 12h às 18h.
A entrada é franca.
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