(Reuters) - Um grupo juvenil ligado à
Igreja Ortodoxa russa lançou nesta quinta-feira um videogame que dá ao usuário
a chance de "matar" integrantes da banda punk feminina Pussy Riot,
que despertou a ira do Kremlin, da Igreja Ortodoxa e de alguns fiéis por
realizar um protesto político em uma catedral de Moscou.
Duas das integrantes estão presas por
causa do protesto, num incidente apontado por críticos como um sinal da
intolerância do presidente Vladimir Putin a dissidências.
"Você precisa matá-las com uma
cruz antes que elas cheguem à igreja, esse é o objetivo", disse Boris
Yakemenko, organizador de um festival da juventude ortodoxa, no centro de
Moscou, em que o game foi apresentado.
Autoridades da Igreja Ortodoxa não
estavam imediatamente disponíveis para falar sobre o assunto, e um advogado da
banda Pussy Riot disse que não comentaria.
No game, o usuário usa o mouse para
mover uma cruz na tela e atingir personagens encapuzadas e com guitarras
coloridas, que representam as ativistas. Se uma das Pussy Riots consegue entrar
na igreja, um diabinho vermelho dança na tela.
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