A Caixa Cultural Curitiba apresenta, de
12 a 14
de julho, a peça “Estamira - Beira do Mundo” com a atriz Dani Barros e a
diretora Beatriz Sayad, que assinam a dramaturgia da peça. Livremente inspirado
no premiado filme “Estamira”, do diretor Marcos Prado, o projeto é mais que uma
adaptação, é também um depoimento pessoal e artístico sobre os que se encontram
à margem da sociedade.
A peça aborda a história de uma
catadora de lixo, que possui uma doença mental crônica, mas também uma
percepção de mundo surpreendente e devastadora. Uma profetisa do lixão,
carregada de tragédia e humor, delirante e sábia, atordoante e provocadora. O
pano de fundo é o lixão, porta pela qual adentramos o universo de Estamira. Lá,
são encontradas cartas, memórias e histórias que não são possíveis de se jogar
fora.
“Estamira
- Beira do Mundo” foi ganhadora dos prêmios Questão de Crítica, Shell e APTR na
categoria “Melhor Atriz”, e indicada ao Prêmio Questão de Crítica (Espetáculo),
Prêmio Qualidade Brasil (Atriz/Drama) e Prêmio APTR (Texto, Espetáculo,
Produção).
“Desde
pequena, sempre tive uma forte atração pelo lixo. Meu apelido de infância era
Maria Caquinho. Sempre que eu ia à praia ficava catando saquinho, plastiquinho,
copinho, achava que as coisas iam sentir frio à noite. Me sentia a Mulher
Maravilha, salvando todos aqueles caquinhos. E assim eu cresci: catando, juntando.
Não jogo nada fora, acho que tudo um dia vai servir para alguma coisa:
cacarecos, histórias, fotos, lembranças... Achei, no teatro, um lugar para
depositar meus guardados”, conta Dani Barros.
A linguagem transita entre o grotesco e
o sublime, o drama e a comédia, fazendo da peça um palco de tensão entre a
loucura e a normalidade, o real e a ficção. Segundo a diretora Beatriz Sayad,
há histórias tão lindas que merecem ser contadas, e tão fantásticas que se
tornam teatrais. Histórias que são duras demais para serem lembradas e caras
demais para serem esquecidas. E que encontram no teatro uma morada.
Dani Barros - Atriz formada na Uni-Rio.
Trabalhou no projeto “Doutores da Alegria” por 13 anos. Atuou, recentemente,
nas peças “Maria do Caritó” e “Conchambranças de Quaderna”, ganhando o prêmio
APTR de Teatro de Melhor Atriz Coadjuvante com estes trabalhos. Atuou no
programa “Minha Nada Mole Vida” e no filme “O Veneno da Madrugada”, dirigido
por Ruy Guerra. Trabalhou com diretores de teatro como Antônio Abujamra, João
Fonseca, Moacir Chaves, Gilberto Gawronski, Inez Viana e Terry O’Reilly (Mabou
Mines-NY).
Beatriz Sayad - Desde 1991, trabalha
com a companhia de teatro-clown suíça Teatro Sunil, atual Cia Finzi Pasca,
atuando nos espetáculos: “1337 – Déjeuner sur L’herbe”, que percorreu cidades
do Brasil e da Europa, e “Donka – une lettre a Tchekhov”, que passou por várias
cidades da Rússia, América Latina, Canadá e Europa, e está atualmente em turnê
mundial. Cursou a escola Jaques Lecoq, na França, em 1997 e 1998. Trabalhou no
projeto “Doutores da Alegria” por 10 anos, atuando como atriz e também como
Coordenadora Artística, em 2009/2010.
As apresentações de “Estamira”
acontecem sexta-feira (12) e sábado (13), às 20h e domingo (14), às 19h. Os ingressos
custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia, conforme legislação e correntista Caixa).
Informações: 2118-5111. O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos.
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