Nesta terça-feira (20), às 19h, acontece a
abertura da Bienal de Curitiba 2018| 25 Anos no MuMa, com a mostra de videoarte
“Fluxo Fluído” de nove artistas – quatro nacionais e cinco internacionais – sob
a curadoria de Flávio Carvalho. A Bienal Internacional de Arte Contemporânea de
Curitiba fica em cartaz até o dia 30 de dezembro deste ano.
Os vídeos com as obras dos artistas poderão ser
assistidos também nos terminais de ônibus urbanos dos bairros curitibanos do
Pinheirinho, Boqueirão, Guadalupe e CIC, além de 500 linhas de ônibus. A mostra
de videoarte no MuMA vai além do fim da Bienal e poderá ser vista até o dia 6
de janeiro do ano que vem. Segundo o presidente da Bienal, Luiz Ernesto Meyer
Pereira, o objetivo da mostra é aproximar a arte do cotidiano da população,
trazendo ao público a experiência de apreciar as obras dos artistas.
A bienal de Curitiba é uma realização da
Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio da Fundação Cultural de Curitiba,
Museu Oscar Niemeyer, Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Paraná,
Ministério da Cultura do Governo Federal e tem o apoio da URBS.
Para mais informações sobre a programação,
acesse o Facebook da Bienal de Curitiba e o perfil no Instagram:
https://www.facebook.com/bienaldecuritiba/ e
PROGRAMAÇÃO
ARI WEINKLE – “Moodles”
O curta apresentado pelo artista e designer de
Boston (EUA) Ari Weinkle é “Moodles”. Uma animação baseada nos efeitos das
emoções negativas em si mesmo. Isso transforma a tensão, o estresse e a
ansiedade em catarse criativa. Figuras congeladas – uma vez paralisadas por
humores – são reduzidas a montes de nada flexível.
CARLA GANNIS – “Retratos na Paisagem, Nascer do
Sol”
Os “Retratos na Paisagem, Nascer do Sol”, de
Carla Gannis, são inspirados no pintor italiano do século XVI, Giuseppe
Arcimboldo, conhecido por seus retratos proto-surrealistas. No trabalho de
Gannis, ela substitui representações orgânicas estáticas por símbolos digitais
animados, produzindo uma gestalt arcimboldiana similar. A soma das partes emoji
formam estranhas identidades humanas, mas reconhecíveis. A artista também
define seus assuntos em uma paisagem onde a pareidolia em nuvem e a semiótica
emoji levam a cultura visual dos smartphones ao extremo.
FRANCISCO GUSSO – “Motion Painting”
As duas obras do artista curitibano foram
criadas em 2018 sobre a sombra de acontecimentos trágicos como o incêndio
criminoso do Museu Nacional e o renascimento do fascismo que espanta o país.
Inspirado pelo contexto atual em que o artista vive, cada traço é uma reação a
algo que ocorreu antes na tela, no espírito ou na memória, influenciando o que
vem a seguir. Assim põem em movimento um processo criativo que os espectadores
devem completar, colocando-os numa relação diferente com suas emoções.
FRED FREIRE – “RGB intra”
A obra do artista paulista residente em
Curitiba leva o espectador para dentro da ruptura entre a virtualidade do pixel
e o mundo físico. Utilizando-se de uma técnica mista de composição em vídeo, na
qual os elementos gráficos provêm de diferentes fontes de criação como: scripts
geradores para gráficos 3D e vídeos captados a partir de projeções. RGB_intra é
um mergulho metalinguístico dentro do universo da computação gráfica. Assunto
abordado pelo artista em suas pinturas inspiradas na lógica computacional e na
desconstrução dela.
KIDMOGRAPH – “Berlim 1 e Nova York 1”
Os trabalhos artísticos do artista argentino,
chamados Berlim 01 e Nova York 01 são visões distópicas experimentais de
Kidmograph em relação aos espaços urbanos em que ele explora a transição do
mundo real para o virtual por onde ele percorreu. Ele tenta inconscientemente
capturar sensações e sentimentos do momento a fim de alcançar o espectador que
conscientemente observa seus trabalhos.
LAURA KIM – “Time-Piece”
O Time-Piece, obra da artista estadunidense, é
um trabalho em vídeo de dois canais em loop que viaja através de relógios
experimentais e perceptuais que nos remetem a temporalidade do tempo em relação
a fenômenos naturais e artefatos tecnológicos. Da origem do Big Bang rumo à
nossa compreensão do passar do tempo, inventamos máquinas para trabalhar por
nós.
LÍGIA TEIXEIRA – “O estranho Caso da Mulher sem
Cabeça” e “Susto”
A artista curitibana coleciona velhos rolos de
filme que encontra em sebos e antiquários. Estes filmes perdidos ou found
footage representam para a artista o encontro com um verdadeiro tesouro de
imagens esquecidas por décadas em latas, na maioria das vezes em mau estado de
conservação. Montando e embaralhando os frames de maneira nova, a intenção é a
busca de sensações e estranhamento através da experiência cinematográfica com a
película. Foram utilizados samplers dos filmes “Mad Dog”, “Row, Sailor, Row!” e
“Easy Curves” do diretor William Watson.
NIKITA DIAKUR – “Ugly Rave WIP”
A obra do artista russo é uma homenagem à
cultura do Youtube. Os personagens de “Ugly Rave WIP” lidam com resultados
inesperados, situações extremas e caos. Liberdade e espontaneidade são
elementos comuns e são captados na animação. A técnica é uma combinação de
simulação de computador de fantoches e de dinâmica, e varia entre fisicamente
precisos e quebrados, como os heróis falidos no Youtube, o animador nunca está
totalmente no controle, e ele fica com o desafio de encontrar o equilíbrio
certo entre controle e caos.
RAMIRO PISSETTI – “Olhos de Marrakesh”
Os curtas do artista de Chapecó (SC) apresenta
uma viagem psicodélica por meio de duas fotografias, divididas em parte 1
(Praça Jemaa el-Fna) e parte 2 (Palácio Bahia), feitas por Ramiro Pissetti numa
visita à cidade de Marrakesh no Marrocos. O artista se expressa rotacionando as
fotografias em ritmo acelerado causando uma certa hipnose no espectador. O
momento de transição delas consiste numa bagunça e fusão da primeira fotografia
com a segunda, como se estivesse esfregando os olhos diante da incredulidade da
beleza do ambiente.
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