segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Abertura da Bienal de Curitiba no MuMa aproxima a arte da população


Nesta terça-feira (20), às 19h, acontece a abertura da Bienal de Curitiba 2018| 25 Anos no MuMa, com a mostra de videoarte “Fluxo Fluído” de nove artistas – quatro nacionais e cinco internacionais – sob a curadoria de Flávio Carvalho. A Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba fica em cartaz até o dia 30 de dezembro deste ano.
Os vídeos com as obras dos artistas poderão ser assistidos também nos terminais de ônibus urbanos dos bairros curitibanos do Pinheirinho, Boqueirão, Guadalupe e CIC, além de 500 linhas de ônibus. A mostra de videoarte no MuMA vai além do fim da Bienal e poderá ser vista até o dia 6 de janeiro do ano que vem. Segundo o presidente da Bienal, Luiz Ernesto Meyer Pereira, o objetivo da mostra é aproximar a arte do cotidiano da população, trazendo ao público a experiência de apreciar as obras dos artistas.
A bienal de Curitiba é uma realização da Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio da Fundação Cultural de Curitiba, Museu Oscar Niemeyer, Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Paraná, Ministério da Cultura do Governo Federal e tem o apoio da URBS.
Para mais informações sobre a programação, acesse o Facebook da Bienal de Curitiba e o perfil no Instagram: https://www.facebook.com/bienaldecuritiba/ e

PROGRAMAÇÃO

ARI WEINKLE – “Moodles”
O curta apresentado pelo artista e designer de Boston (EUA) Ari Weinkle é “Moodles”. Uma animação baseada nos efeitos das emoções negativas em si mesmo. Isso transforma a tensão, o estresse e a ansiedade em catarse criativa. Figuras congeladas – uma vez paralisadas por humores – são reduzidas a montes de nada flexível.

CARLA GANNIS – “Retratos na Paisagem, Nascer do Sol”
Os “Retratos na Paisagem, Nascer do Sol”, de Carla Gannis, são inspirados no pintor italiano do século XVI, Giuseppe Arcimboldo, conhecido por seus retratos proto-surrealistas. No trabalho de Gannis, ela substitui representações orgânicas estáticas por símbolos digitais animados, produzindo uma gestalt arcimboldiana similar. A soma das partes emoji formam estranhas identidades humanas, mas reconhecíveis. A artista também define seus assuntos em uma paisagem onde a pareidolia em nuvem e a semiótica emoji levam a cultura visual dos smartphones ao extremo.

FRANCISCO GUSSO – “Motion Painting”
As duas obras do artista curitibano foram criadas em 2018 sobre a sombra de acontecimentos trágicos como o incêndio criminoso do Museu Nacional e o renascimento do fascismo que espanta o país. Inspirado pelo contexto atual em que o artista vive, cada traço é uma reação a algo que ocorreu antes na tela, no espírito ou na memória, influenciando o que vem a seguir. Assim põem em movimento um processo criativo que os espectadores devem completar, colocando-os numa relação diferente com suas emoções.

FRED FREIRE – “RGB intra”
A obra do artista paulista residente em Curitiba leva o espectador para dentro da ruptura entre a virtualidade do pixel e o mundo físico. Utilizando-se de uma técnica mista de composição em vídeo, na qual os elementos gráficos provêm de diferentes fontes de criação como: scripts geradores para gráficos 3D e vídeos captados a partir de projeções. RGB_intra é um mergulho metalinguístico dentro do universo da computação gráfica. Assunto abordado pelo artista em suas pinturas inspiradas na lógica computacional e na desconstrução dela.

KIDMOGRAPH – “Berlim 1 e Nova York 1”
Os trabalhos artísticos do artista argentino, chamados Berlim 01 e Nova York 01 são visões distópicas experimentais de Kidmograph em relação aos espaços urbanos em que ele explora a transição do mundo real para o virtual por onde ele percorreu. Ele tenta inconscientemente capturar sensações e sentimentos do momento a fim de alcançar o espectador que conscientemente observa seus trabalhos.

LAURA KIM – “Time-Piece”
O Time-Piece, obra da artista estadunidense, é um trabalho em vídeo de dois canais em loop que viaja através de relógios experimentais e perceptuais que nos remetem a temporalidade do tempo em relação a fenômenos naturais e artefatos tecnológicos. Da origem do Big Bang rumo à nossa compreensão do passar do tempo, inventamos máquinas para trabalhar por nós.

LÍGIA TEIXEIRA – “O estranho Caso da Mulher sem Cabeça” e “Susto”
A artista curitibana coleciona velhos rolos de filme que encontra em sebos e antiquários. Estes filmes perdidos ou found footage representam para a artista o encontro com um verdadeiro tesouro de imagens esquecidas por décadas em latas, na maioria das vezes em mau estado de conservação. Montando e embaralhando os frames de maneira nova, a intenção é a busca de sensações e estranhamento através da experiência cinematográfica com a película. Foram utilizados samplers dos filmes “Mad Dog”, “Row, Sailor, Row!” e “Easy Curves” do diretor William Watson.

NIKITA DIAKUR – “Ugly Rave WIP”
A obra do artista russo é uma homenagem à cultura do Youtube. Os personagens de “Ugly Rave WIP” lidam com resultados inesperados, situações extremas e caos. Liberdade e espontaneidade são elementos comuns e são captados na animação. A técnica é uma combinação de simulação de computador de fantoches e de dinâmica, e varia entre fisicamente precisos e quebrados, como os heróis falidos no Youtube, o animador nunca está totalmente no controle, e ele fica com o desafio de encontrar o equilíbrio certo entre controle e caos.

RAMIRO PISSETTI – “Olhos de Marrakesh”
Os curtas do artista de Chapecó (SC) apresenta uma viagem psicodélica por meio de duas fotografias, divididas em parte 1 (Praça Jemaa el-Fna) e parte 2 (Palácio Bahia), feitas por Ramiro Pissetti numa visita à cidade de Marrakesh no Marrocos. O artista se expressa rotacionando as fotografias em ritmo acelerado causando uma certa hipnose no espectador. O momento de transição delas consiste numa bagunça e fusão da primeira fotografia com a segunda, como se estivesse esfregando os olhos diante da incredulidade da beleza do ambiente.

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