A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná)
abriu a exposição “Ero Erê: Mulheres Artistas”, com obras de 7 artistas negras.
São oito trabalhos, entre pinturas, fotografias, assemblage e instalação
têxtil. A exposição está aberta ao público, na Sala Engenheiro Tadeu Wantroba,
na sede da Sanepar, Rua Engenheiro Rebouças, 1376. O horário de visitação é das
8h às 17, de segunda à sexta-feira, até 28 de fevereiro.
Ao abrir o espaço para essas artistas, a
Sanepar reafirma o compromisso com a equidade de gênero, explica o coordenador
de Patrimônio Histórico da Sanepar, Junio Ferreira Lima. Além disso, a
exposição marca as atividades do Mês da Consciência Negra. Simultaneamente, o
Coletivo Ero Erê está com exposições na sede da Secretaria de Estado da
Educação e no Museu Paranaense.
A artista e curadora da exposição Walkyria
Novais, que trabalha na Coordenação de Museu e nos Centros de Educação
Socioambiental da Sanepar, afirma que as obras escolhidas além da qualidade
estética são resultado de uma pesquisa em arte. “O nosso grupo é bastante
diverso porque cada uma tem a sua ocupação profissional, mas somos mulheres
negras que temos a arte como foco em nossa vida”, afirma. Ela tem formação em
Artes e especialização em História da Arte e Curadoria. Walkyria faz pintura
com uso de tintas naturais e utiliza material reciclável, como lonas e banners.
“Expor de forma coletiva fortalece o nosso
grupo e o nosso propósito de dar mais visibilidade a um trabalho voltado à
comunidade negra, às mulheres”, disse a jornalista e fotógrafa Fernanda Castro.
Com exposição em vários países, Fernanda Castro faz vários registros
fotográficos de mulheres, da cultura, religiosidade e comunidades negras, como
a exposição Comunidade Quilombolas do Paraná.
A artista Cláudia Lara já participou de várias
exposições coletivas e individuais no Paraná, São Paulo, Paraíba, Portugal,
França, Cuba, Nova York, México, Peru e Argentina. Já teve obra premiada em
primeiro lugar na “Exposition Biennale d’Art Contemporain Brésilien Et Latino
Américain”, em Paris.
Elis Brasil é graduanda em Artes e desenvolve
pesquisa sobre a invisibilidade artística e intelectual da mulher negra na
história da arte. Ela faz pintura, gravura e escultura e também utiliza tecidos
como suporte artístico.
Kênia Cristina tem a produção focada na pintura
da figura feminina negra sobre materiais rejeitados com um olhar subjetivo e
acolhedor sobre essas mulheres.
Lana Furtado trabalha com fotografia de
famílias, retratos femininos, paisagens, fotografia documental e autoral. Ela
desenvolve um projeto de fotografia com mulheres apenadas do Presídio Feminino
de Piraquara.
Lourdes Duarte, formada em Artes Visuais, faz
pinturas que buscam o resgate de memórias da infância. Tem especialização em
Arte Inclusão na Educação Especial.
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