Vários artistas brasileiros estão entre
os destaques da Bienal Internacional de Curitiba, que reunirá 150
representantes das mais diversas vertentes artísticas, entre os dias 31 de
agosto e 1° de dezembro. A Bienal – que tem o apoio da Prefeitura, por meio da
Fundação Cultural de Curitiba – está completando 20 anos e ocupará mais de 100
espaços da cidade.
A mostra reunirá artistas dos cinco
continentes. Entre os principais nomes estão brasileiros como Delson Uchôa
(Maceió), Efigênia Rolim (Curitiba), Lourival Cuquinha (Olinda) e Marcone
Moreira (Maranhão).
O artista Delson Uchôa apresenta obra
feita com tinta acrílica e resina sobre lona. As pinturas extraem a
luminosidade da cor do Nordeste. Dentre as exposições no Brasil e exterior,
destacam-se Arco Madrid (Espanha), 12th Cairo Bienalle (Egito), 10ma. Bienal de
la Habana
(Cuba), 53ª Biennale di Venezia (Itália), Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
(Brasil) e XXIV Bienal de São Paulo (Brasil). Possui obras em importantes
coleções, como Coleção Inhotim (Brasil), Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro e Vogt Collection (Berlim).
Genuína artista popular, Efigênia Rolim
é escritora, designer, poeta, escultora, narradora e performer. Aos 82 anos, é
conhecida como Rainha do Papel de Bala ou Rainha do Lixo. Dois documentários em
vídeo sobre a vida dela serão exibidos no Museu Oscar Niemeyer (MON), além de
vestidos, mandalas e objetos criados pela artista. Efigênia cria universos com
papéis brilhantes de guloseimas, que transforma em indumentárias cênicas.
O pernambucano Lourival Cuquinha trata
em sua obra de conceitos como a imersão cega no capitalismo e os conflitos de
liberdade do indivíduo. Entre as peças que apresentará na Bienal destacam-se
Sumidouro, um mapa feito com recibos de cartões de débito e crédito; Bandeira,
em que notas de um real formam a bandeira; e Zeitgeist, feita com moedas
empilhadas que formam uma escultura.
Mineiro de Belo Horizonte, Cao Guimarães trabalha com
cinema e fotografia. N Bienal, ele vai expor “Sculpting”, obra que é um
exercício de estética minimalista de grande impacto. Faz parte de coleções da
Fondation Cartier (Paris), Guggenheim e MoMA (Nova Iorque) e já participou da
Bienal de São Paulo e na Insite (México).
No trabalho de Marcone Moreira, a
apropriação de elementos urbanos, como isopores e tábuas de madeiras
encontrados nas ruas, vem sempre acompanhada de deslocamentos. Andaimes são
transformados em cavaletes, pigmentos brancos em sombras, a troca em
preenchimento, a instabilidade em improbabilidade. Na
intervenção Vestígios, um caixote de madeira projeta uma sombra feita com sal.
O artista iniciou suas experimentações artísticas no final dos anos 90 e, a
partir de então, vem participando de diversas exposições pelo país e no
exterior e sendo contemplado com alguns importantes prêmios. Sua obra abrange
varias linguagens, como a produção de pinturas, esculturas, vídeos, objetos,
fotografias, e instalações.
Além da Prefeitura de Curitiba, a
Bienal é apresentada pelo Banco Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à
Cultura do Ministério da Cultura (Lei Rouanet). Esta edição também conta com o
patrocínio da Petrobrás, BNDES, Votorantim Cimentos e Volvo, além da Copel e
Sanepar, por meio da Conta Cultura. Tem copatrocínio da Barigui Financeira e
Construtora JL, além do apoio do Governo do Paraná/Secretaria de Estado da
Cultura, Sesi no Paraná e Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.
Saiba mais sobre a Bienal em http://www.bienaldecuritiba.com.br/
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