Uma das coleções científicas zoológicas
mais representativas do Paraná e centenas de animais taxidermizados fazem parte
do acervo do Museu de História Natural de Curitiba, que nesta quarta-feira (14)
completa 50 anos de funcionamento na sede do Capão da Imbuia.
O acervo começou a ser catalogado em
1935. Na comemoração de aniversário, foi lançado um livro sobre a história do museu
e exposição de animais taxidermizados representativos da fauna local.
“Este
espaço é uma referência para a cidade. O nosso objetivo é aproximar cada vez
mais o curitibano do seu patrimônio”, afirmou o secretário municipal do Meio
Ambiente, Renato Lima. Ele falou sobre a valorização de aspectos da natureza
que existe no museu, desde o local onde está inserido até as coleções que
abriga. “O curitibano deve se orgulhar muito deste espaço”, comentou Lima.
O Museu de História Natural Capão da
Imbuia está encravado numa propriedade de 36 mil metros quadrados, remanescente
florestal de pinheiros e imbuias. A principal função da instituição é
educativa. “Recebemos aqui um público de mais de 5 mil pessoas a cada mês,
sendo que visitas guiadas de grupos escolares acontecem diariamente”, informou
o chefe de divisão do museu, o biólogo Vinícius Abilhoa, que há 17 anos
trabalha no museu.
O biólogo esclarece que há dois tipos
distintos de visitas: as que buscam as exposições de animais e as técnicas, que
atraem estudantes, pesquisadores e serve como fonte de consulta. Ambas são
acompanhadas por monitores. “Uma vez por mês, organizamos o evento “Uma Noite
no Museu”, destinada apenas a estudantes técnicos ou universitários”, informa.
Agendado com antecedência e sem custos, o encontro é uma visita mais
aprofundada e detalhada às coleções, seguida de uma palestra.
Ao sair do Museu de História Natural, o
visitante tem a oportunidade de percorrer a bela trilha suspensa “Caminho das
Araucárias”, entre centenárias árvores e onde está provavelmente a mais antiga
da cidade: uma imbuia com cerca de mil anos de idade, segundo publicações. “O
nome do bairro não é por acaso, pois existe aqui uma representativa quantidade
desta árvore”, explica Abilhoa.
Comemoração - Nove animais taxidermizados
que fazem parte do acervo do Museu de História Natural foram selecionados para
compor a mostra comemorativa de aniversário. São eles o peixe Cascudo-roseta,
coletado em 1942 no Rio Barigui; o Crânio de Anta, maior mamífero terrestre da
América do Sul, cuja espécie está ameaçada; a Cutia, roedor que teve o processo
de repovoamento possibilitado em diversas áreas verdes graças ao criadouro do
museu, e a ave Jacu.
Também fazem parte da coletânea a ave
símbolo do Paraná, a Gralha azul; o mamífero Mão-Pelada; a ave ameaçada de
extinção: Papagaio-de-peito-roxo; o Tucano-de-bico-verde e o
Cágado-pescoço-de-cobra, espécie nativa registrada em rios e lagos em Curitiba.
No evento de comemoração, também foi
lançado um livro com a sinopse histórica da instituição, desde o início de
algumas coleções, quando ainda estavam no acervo do Museu Paranaense, em 1876. A obra, que pequena
tiragem impressa, também está disponível em versão e-book. Durante o evento,
houve ainda o descerramento de uma placa comemorativa.
O Museu de História Natural de Curitiba
está situado na rua Professor Benedito Conceição, 407 (esquina com a Rua Nivaldo
Braga), Capão da Imbuia. Informações: 3313-5584. Fica aberto à visitação de terça-feira
a domingo, das 9h às 17 horas, com entrada gratuita.
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