Os números da Bienal Internacional de
Curitiba, que acontece desde 31 de agosto e vai até 1º de dezembro, não são
nada modestos. Completando 20 anos em 2013, o evento apresenta obras de 150
artistas de cinco continentes em mais de 100 espaços da cidade. Que não ficaram
restritos às galerias de arte e museus: este ano, a arte que vai para as ruas
foi prioridade para os organizadores, que deram atenção especial às ações que
ganham o espaço urbano.
“O único critério para a seleção das
obras é o da qualidade e pertinência: elas devem impor-se pela qualidade e
serem capazes de apontar para algumas das inúmeras questões da arte
contemporânea”, concordam os curadores gerais da Bienal, os críticos de arte
Teixeira Coelho (MASP) e Ticio Escobar (Bienal de Valencia). Por esses motivos,
eles optaram por não escolher tema ou título para a mostra deste ano.
Nesta edição, realizada pela
Prefeitura, a Fundação Cultural de Curitiba e o Banco Itaú, por meio da Lei
Federal de Incentivo à Cultura, a arte urbana e as performances artísticas têm
destaque. Segundo os organizadores, além de estarem cada vez mais fortes e
presentes no cenário internacional, elas oferecem contato direto e imediato com
a comunidade. As obras de rua ainda ajudam a cumprir o papel de deixar heranças
mais duradouras, ampliando sua ação para além do período de exposições.
Literatura e web arte também ganharam bom espaço no evento.
Entre os artistas participantes estão
nomes como Ai Weiwei (China), Ann-Sofi Sidén (Suécia), Antoni Abad (Espanha),
Luis Felipe Noé (Argentina), Katharina Grosse (Alemanha), Martine Viale
(Canadá), Peter Kubelka (Áustria), Regina Silveira (Brasil) e William Kentridge
(África do Sul).
“A Bienal é uma excelente oportunidade
para se ter contato com o que há de mais contemporâneo no mundo da arte. Ao observar
as obras, acompanhar as performances, visitar um museu, é possível cruzar
fronteiras geográficas e expandir o repertório cultural. Este ano, a Bienal
envolverá toda a cidade, provocando as pessoas de um jeito diferente”, afirma o
diretor-geral da Bienal, Luiz Ernesto Meyer Pereira.
Histórico - A Bienal Internacional de
Curitiba teve sua primeira edição em 1993, com artistas da Argentina, Brasil e
Paraguai. Em 1995, artistas do Chile e Uruguai também participaram. Em 1997,
obras apresentadas na Bienal seguiram para locais como o Museu de Arte de São
Paulo (MASP) e o Centro Cultural Recoleta (Buenos Aires).
Em 2007 e 2009, a mostra foi
temática: respectivamente, Narrativas Contemporâneas e Água Grande: Os Mapas
Alterados. Nesta, artistas como Bruce Naumann, Gary Hill e Marina Abramovic
participaram. Em 2011, recebeu o nome Bienal de Curitiba e transformou a cidade
num grande espaço de arte contemporânea, visando democratizar as artes visuais.
Mais informações:
www.bienaldecuritiba.com.br
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