A Exposição “Viva Zé”, que mostra a
trajetória do ator paranaense José Maria Santos, abriu nesta segunda-feira
(26), no teatro que leva o nome do homenageado, em Curitiba. O evento tem
direção do jornalista e ator Ulisses Iarochinski, em parceria com o Teatro
Guaíra. As atividades iniciaram em junho com um encontro entre artistas que
dividiram o palco com o ator José Maria Santos durante a sua carreira. A mostra
pode ser visitada até dia 26 de setembro, de terça a sexta-feira, das 14h às
18h. A entrada é franca.
A exposição é composta por 40
fotografias e mais de 20 painéis com matérias divulgadas na imprensa sobre o
trabalho do ator entre 1959 e 1989 e suas atuações no teatro amador,
profissional, na televisão e no cinema.
José Maria Santos é considerado um
ícone do teatro paranaense e completaria 80 anos em dezembro de 2013. Natural
de Guarapuava, nasceu em 12 de dezembro de 1933. Começou sua carreira no Teatro
de Adultos do Sesi, em 1954, e a encerrou em 1989 com as peças "Casal do
Barulho" de Dario Fo com sua Companhia Dramática Independente,
"Médico a Força", de Molière, com o grupo Tecefet, e o filme "O
Mal", de Valêncio Xavier. Recebeu vários prêmios de melhor ator e diretor.
Em 1977, ganhou o “Kikito de Ouro do Festival de Cinema de Gramado” como melhor
ator coadjuvante por seu trabalho no filme “Aleluia Gretchen”. Em 1972, criou o
grupo amador de teatro “TUT” (Teatro da Universidade Tecnológica) - Escola
Técnica Federal do Paraná - que completa 40 anos de atividades. O ator esteve
frente ao grupo até sua morte, em 4 de janeiro de 1990.
PROGRAMAÇÃO - Além da Exposição “Viva
Zé”, estão previstas para o segundo semestre de 2013 diversas atividades que
mostram o legado cultural deixado pelo artista. Na última semana de setembro
será lançado o documentário "José Maria Santos - Arteiro do Paraná",
longa de Ulisses Iarochinski. Em outubro, chega ao público o livro "José
Maria Santos - Um Homem de Teatro", de Ulisses Iarochinski, Luiz Solda e
Ismael Scheffler", publicação que traz fotos e textos com as principais
entrevistas com o ator ao longo de sua carreira. Em novembro, acontece o
lançamento de outro livro - “Zé Maria - José Maria Santos e Seu Teatro",
escrito por Márcia Regina Pereira de Souza e que traça a carreira do homem de
teatro, ator, diretor, professor e produtor e de suas atuações na televisão e
cinema.
TEATRO - O ator teve seu nome
perpetuado com a Lei Estadual nº 9896, de 11/09/1991, que nomeou o Teatro José
Maria Santos, inaugurado em 27 de junho de 1998. O espaço, uma construção do
final do século XIX, abrigou atividades bem diferentes antes de se tornar local
dedicado à arte. Funcionou no local a fábrica de malhas e confecções da família
Hoffman e a Malharia Curitibana. A primeira atividade artística a ocupar o
espaço foi a “Fábrica do Samba”.
Com a venda do imóvel e o início da
demolição nos anos 90, o ator José Maria Santos mobilizou a classe artística
paranaense e o Governo do Estado e conseguir o tombamento do prédio. Em 27 de
junho de 1998, o espaço foi batizado com o novo nome - Teatro José Maria Santos
- sob a administração do Centro Cultural Teatro Guaíra.
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