A expressão “somos o que somos porque
somos memória” resume a mensagem do espetáculo “Input”, que a desCompanhia de
Dança, apresenta no Auditório Antônio Carlos Kraide
do Portão Cultural, de 5 a 29 de junho. As sessões acontecem de quinta-feira a
sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h, com entrada franca.
O grupo curitibano utiliza a memória
como metáfora, pretexto e ponto de partida para a criação. Em cena, os
bailarinos Juliana Adur, Peter Abudi, Yiuki Doi e Mariana Mello jogam o jogo da
memória, enquanto criam uma coreografia que deve ser memorizada e replicada. As
ações impulsionam a construção de uma dramaturgia dançada, que se constrói em
tempo real, a cada apresentação.
Durante o trabalho, a atualização
constante da memória revela diferentes camadas sensoriais, que assumem novos
significados, cada vez que os artistas tomam conta do palco. No percurso da
ação, realidade e ficção, universalidade e particularidade misturam-se
sutilmente no palco e, depois de reelaboradas, retomam seu lugar.
O artista mineiro Tuca Pinheiro
responde pela dramaturgia do espetáculo, que tem direção artística de Cintia
Napoli. Segundo Cintia, “Tuca veio para sinalizar um modo novo de criar”.
Criada em 2000, a desCompanhia de dança possui um trabalho de pesquisa
continuada, com produção, difusão e ensino da dança contemporânea em Curitiba,
sendo uma das únicas companhias independentes a representar o Paraná, tanto no
Brasil como no exterior.
A desCompanhia investe num trabalho
diário de investigação do corpo e de uma estética particular, acreditando no
processo colaborativo como método de criação. A dramaturgia nasce da exploração
de questões cotidianas, trazendo para a cena um corpo social e político.
Utilizando a ideia do corpo único como matéria prima, a pesquisa é pautada na
busca do movimento autoral.
Mais informações: 3229-4458 / 3233-8034
/ 9601-8553
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