Tradicional cinema de rua de Curitiba,
a Cinemateca vem experimentando um aumento significativo de público em relação
aos anos anteriores. Nos primeiros cinco meses do ano o local recebeu 15% mais
pessoas que no mesmo período do ano passado. Em relação a 2012, o aumento é de 27%.
Em números absolutos, 5.957 pessoas
frequentaram a Cinemateca entre janeiro e maio de 2014. Em 2013, nos mesmos
meses, o público total foi de 5.159 pessoas. Já em 2012, nesse período, 4.694
pessoas frequentaram o espaço.
Os totais não contabilizam sessões de
projetos como o Cinema nos Bairros, que acontecem fora da Cinemateca, e outros
eventos diferentes de exibições de filmes.
Para o presidente da Fundação Cultural
de Curitiba, Marcos Cordiolli, os números demonstram que o espaço está no
caminho certo. “Temos buscado diversificar a programação, exibindo tendências
vindas dos principais festivais nacionais e internacionais, firmando mais
parcerias com consulados e institutos de idiomas para mostras étnicas
culturais, intensificando a exibição de curtas e da produção cinematográfica
curitibana e paranaense”, afirma.
Cordiolli lembra que o espaço tem
estado aberto para produtores e realizadores locais promoverem sessões dos
copiões de seus filmes, cabines para a imprensa, coletivas, pré-estreias e debates. “O realizador local deve enxergar a
Cinemateca como sua sala de cinema primordial”, diz.
Um dos que tem usufruído dessa abertura
e, consequentemente, contribuído para aumentar os números da Cinemateca, é o
produtor cultural Antonio Cava, organizador da mostra Festival Fellini. “As
pessoas sentiram a emoção que uniu a Cinemateca com a obra do Fellini e lotaram
todas as sessões, uma prova que o espaço continua sendo o coração do cinema de
arte da cidade”, afirma.
Cava conta que o espaço é ideal para a
realização de seu festival. “Quando pensei em fazer uma homenagem ao cineasta
Federico Fellini em 2013, o primeiro lugar que me veio em mente foi a
Cinemateca. Fellini dizia que um filme é feito de pinturas ou quadros móveis. A
Cinemateca foi criada por cinéfilos e artistas plásticos, é filha do
cineclubismo, um lugar ideal para a exibição dos filmes do Fellini, debates e
uma exposição para acompanhar o evento”, explica o produtor.
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