(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff
(PT), que busca a reeleição em outubro, caiu 3 pontos percentuais na pesquisa
Datafolha realizada nesta semana e agora tem 34 por cento das intenções de
voto, mas seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB) não subiu, oscilando
negativamente 1 ponto para 19 por cento.
Em terceiro lugar, o pré-candidato do PSB
à Presidência da República, Eduardo Campos, caiu para 7 por cento (ante 11 por
cento na sondagem de maio) e agora aparece em empate técnico com o pastor
Everaldo (PSC), que tem 4 por cento da intenções de voto. A margem de erro da
pesquisa é de 2 pontos percentuais.
A pesquisa, realizada entre terça e
quinta-feira desta semana, ocorreu poucos dias depois de serem divulgados dados
mostrando que a economia brasileira cresceu muito pouco no primeiro trimestre
do ano, num momento de forte pessimismo com a situação econômica do país.
O próprio levantamento constatou esta
conjuntura. Segundo o Datafolha, pela primeira vez a parcela dos que consideram
que a situação econômica do país vai piorar superou a dos que acham que ela vai
continuar como está: 36 (ante 28 por cento em maio) a 32 por cento (ante 41 por
cento). Para 26 por cento o quadro econômico vai melhorar, mesmo percentual do
mês passado.
Outros candidatos que tiveram intenções
de voto foram: Magno Malta (PR), que não aparecia nas pesquisas anteriores, com
2 por cento, e Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU) e Denise Abreu (PEB), com
1 por cento cada.
Se de um lado as intenção de votos nos
principais candidatos caiu, o número de indecisos mostrados pela pesquisa
aumentou: agora são 13 por cento, ante os 8 por cento registrados em maio. E o número dos que
responderam que pretendem votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos
passou a 17 por cento, 1 ponto acima do levantamento anterior.
Segundo o Datafolha, a soma dos
eleitores sem candidatos, 30 por cento, é recorde para uma eleição presidencial
nesta época do ano, considerando os pleitos após a redemocratização, o que
poderia ser reflexo também do pessimismo econômico atual.
Essa visão sombria sobre a economia
pode ser vista nas expectativas em relação à inflação. Para 64 por cento, ela
vai aumentar, contra 58 por cento em maio. Os que acham que ela seguirá como está caiu
para 21 por cento (ante 29 por cento).
Mesmo o desemprego, um dos indicadores
mais positivos do governo, não se sai bem: 48 por cento acreditam que ele vai
aumentar (eram 42 por cento em maio), enquanto a parcela dos que acham que ele
seguirá no patamar atual caiu para 28 por cento (33 por cento).
Num eventual segundo turno, Dilma ainda
ganha de Aécio e Campos, mas com margens menores, especialmente em relação ao
tucano. Sobre Aécio ela venceria por 46 a 38 por cento (em comparação com 47 a 36 por cento em maio);
sobre Campos a vitória seria de 47
a 32 por cento (ante 49 a 32 por cento).
Outro número ruim para Dilma é que a rejeição
a ela se manteve em 35 por cento, enquanto a Aécio passou para 29 por cento
(ante 31 por cento) e ao socialista caiu 4 pontos, também para 29 por cento.
O Datafolha mostrou ainda que a
avaliação do governo piorou. A avaliação ótima/boa passou para 33 por cento
(ante 35 por cento), enquanto a ruim foi a 28 por cento, de 26 por cento. A
regular continuou com 38 por cento.
Foram ouvidas para a pesquisa 4.337
pessoas em 207 municípios.
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