Orquestra de Câmara celebra o Nordeste em concerto de música Armorial

A música do Movimento Armorial é o tema dos concertos da Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba nesta sexta-feira (8), às 20h, e no sábado (9), às 18h30, na Capela Santa Maria. O Movimento Armorial, surgido na década de 70 no Brasil, foi uma vertente de valorização das artes populares nordestinas e levou ritmos como o baião, maracatu, coco e frevo à música clássica.

Na apresentação serão executadas cinco obras, dentre elas três estreias mundiais de compositores nordestinos: “A Suíte do Cavaleiro da Triste Figura”, de Eli-Eri Moura (1963); “Galope Errante”, de Marcilio Onofre (1982); e “Sinfonia nº 2 Armorial”, de Danilo Guanais (1965). A batuta estará a cargo do maestro titular da Orquestra Sinfônica de Pernambuco, Marcos Arakaki.

“É um deleite poder trazer para a orquestra obras inéditas. Isso dá uma efervescência para esse grupo com mais de 46 anos, que ainda apresenta descobertas para o seu público e põe luz sobre uma geração que precisa ser apreciada”, comenta o maestro.

Além de seu trabalho como regente, Arakaki é escritor. Seus dois livros estarão à venda nos dias dos concertos: “A História da Música Clássica” e o livro didático “Conhecendo a Orquestra e os Instrumentos”.

A apresentação terá transmissão ao vivo no segundo dia pelo Canal Arte e Cultura ICAC no Youtube. A venda está sendo feita pelo site minhaentrada.com.br.

COMPOSIÇÕES - Neste programa, fazem parte músicas de quatro compositores contemporâneos que utilizam a linguagem do Armorial em suas obras. Segundo Arakaki, eles são os "neoarmoriais".

“Esses compositores bebem da fonte da música regional, mas com um viés moderno. Fazem uma orquestração voltada para o século 21, uma releitura em alto padrão”, explica.

As três estreias mundiais são “A Suíte do Cavaleiro da Triste Figura”, de Eli-Eri Moura (1963); “Galope Errante”, de Marcilio Onofre (1982); e “Sinfonia nº 2 Armorial”, de Danilo Guanais (1965). Completam o programa obras de Clóvis Pereira (1932): “3 Peças Nordestinas” e “Mourão”, parceria com César Guerra-Peixe (1914-1993).