quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Morre Quino, criador da Mafalda e o mais internacional cartunista da língua espanhola


Morreu nesta quarta-feira (1º) Quino, o cartunista mais internacional e mais traduzido da língua espanhola, e talvez também o mais cativante. Joaquín Salvador Lavado nasceu em 17 de julho de 1932 em Mendoza (Argentina), e tinha 88 anos. Voltara a residir nessa cidade em 2017, cuidado por seus sobrinhos desde que se mudou para lá em novembro de 2017, após a morte de sua esposa, Alicia Colón. O nome de Quino ficará para sempre associado à mais famosa das suas personagens: Mafalda, a garota era sábia e respondona.

Os pais de Joaquín Lavado eram espanhóis de Fuengirola (Málaga, sul) e emigraram para a Argentina na década de 1930. A humilde família viveu em um círculo algo fechado, a tal ponto que o menino Quino falava em dialeto andaluz até os seis anos.

A morte de seu pai o surpreendeu com apenas 14, mas ele foi atenuando essa ausência com as aparições fantasmais que acreditava ver de tempos em tempos. Inclusive depois de casado com Alicia, lhe aparecia seu pai, fumando (“Continuava sem fazer caso de que fumar não é bom”), e olhava orgulhoso para o desenhista, já que as coisas não iam tão mal para o rapaz. Quino costumava rememorar estas visões: “Eram aparições muito agradáveis”.

Joaquín Salvador Lavado muito cedo quis fazer quadrinhos. Decidiu isso ainda criança, aos três anos, quando um tio dele, desenhista gráfico, começou a fazer desenhos para ele e seus irmãos, a fim de entreter os garotos. Ficou maravilhado com todas as coisas que podiam sair de um lápis. Depois estudaria Belas Artes na universidade de Cuyo. Não chegou a terminar, mas conseguiu absorver os conceitos básicos do desenho e das proporções.

 

NASCIMENTO DA MAFALDA - Um trabalho inicial como desenhista publicitário o conduziu a criar a Mafalda em 1962, graças a uma marca de máquinas de lavar roupa e geladeiras. Quino foi encarregado de uma publicidade que consistia em elaborar tiras cômicas para os jornais, mostrando a vida de uma família que utilizava os eletrodomésticos Mandsfield. E dessa sequência fonética surgiu o nome Mafalda.

Os jornais rejeitaram aquela propaganda, porque se confundia com os conteúdos próprios, e os personagens concebidos por Quino para a encomenda ficaram na gaveta. Entretanto, recuperou-os em 1964, já sem propósito comercial, e assim surgiu no jornal portenho Primera Plana a tira de mais sucesso da história em língua espanhola, que depois seria publicada em jornais de todo o mundo. Mais tarde, os livros que reuniam aquelas cenas venderiam milhões de exemplares e seriam traduzidos ao francês, ao inglês, ao japonês, ao chinês…, a mais de 30 idiomas.

Mafalda passou também ao cinema, com um longa-metragem de desenhos animados feito na Argentina, de 75 minutos, no qual os personagens reproduziam em linguagem sonora os escritos do seu criador. Mas Quino não gostou, porque ao sair da estreia ouviu gente dizendo que “essa não é a voz da Mafalda”. Assim, decidiu levá-la ao cinema mudo. As seguintes experiências, a cargo do grande Juan Padrón, especialista cubano em animação, já não tiveram diálogos. Eram piadas novas, baseadas nas próprias cenas. Desse modo, Mafalda ofereceu aos espectadores a voz que cada um gostaria de imaginar.

Daquela turma (Manolito, Susanita, Libertad, Guille…), Quino sempre teve seu filho predileto no ingênuo idealista Felipe, durante toda sua vida.

Em 1973, nove anos e 1.928 tiras depois de sua criação, Quino decidiu que não desenharia mais a Mafalda, esgotado pelo próprio personagem e pela tirania da entrega diária ao jornal.

E começou então uma criação mais ambiciosa ainda, com desenhos minuciosos, detalhistas, igualmente brilhantes, que mostravam frequentemente a opressão dos poderosos e o olhar inteligente do pisoteado.


Em uma delas, uma senhora elegante oferece café a seus convidados enquanto uma menina brinca entre eles. E a anfitriã lhes esclarece: “É a menina dessa gente humilde que temos por aqui. E nós lhe compramos a roupinha e os brinquedinhos porque a amamos como se fosse da família”. A roupinha que a menina veste é o uniforme de empregada, com touca, e ao seu redor se veem os “brinquedos”, todos no tamanho adequado para sua idade: uma vassoura, uma tábua de passar, um espanador e um esfregão.

Seus livros continuaram sendo vendidos às centenas de milhares (por exemplo, seus maravilhosos “Potentes, Prepotentes e Impotentes”, “Quinoterapia”, “Cada Um no Seu Lugar”, “Que Presente Inapresentável!” e “Não Fui Eu!”), mas competindo na memória coletiva com os da Mafalda e com os milhares de chaveiros, cadernetas, adesivos, insígnias e toalhas que reproduzem sua imagem; e com o carinho que aquela personagem motivou para milhões de pessoas.

 

NACIONALIDADE ESPANHOLA - Quino sempre sentiu sua origem andaluza e em 1977 tentou tramitar a dupla nacionalidade no consulado espanhol de Milão (onde se exilou durante a ditadura argentina e onde acabou ficando o escritório que administra seus direitos para toda a Europa). Mas o atendeu uma funcionária muito antipática, que lhe perguntou: “E o senhor com a idade que tem quer se tornar espanhol agora?”. Ele respondeu: “Não, tinha me ocorrido antes, mas é que na época estava o Franco”. Então desistiu, aos seus 45 anos.

Tentou de novo em 1990, já em Madri, nos tribunais da rua Pradillo, aos 57 anos. Nessa ocasião chegou até o final, embora o processo tenha lhe parecido muito frio. Outra funcionária, um pouco mais amável, disse-lhe somente, depois de lhe pedir seus dados: “Assine aqui”. E assinou.

Ele tinha sonhado com um ato solene em que se ouvisse o hino nacional perante uma Constituição com capa de feltro, na qual pudesse pousar a mão enquanto dissesse: “Sim, juro”.


Em todo caso, e como era um 5 de janeiro, disse à funcionária, para melhorar o clima: “Você me deu um lindo presentinho de Reis”. Mas nem assim. A mulher lhe respondeu: “Dentro de duas semanas pode recolher sua certidão de nascimento espanhola e depois o documento nacional de identidade”.

Então saiu à rua, entrou numa livraria, comprou uma Constituição e a jurou, sozinho.

Pouco depois, em 1992, recebeu em Madri uma grande homenagem, a cargo da Sociedade do V Centenário do Descobrimento, que consistia na instalação de uma tenda espetacular em cujo interior se podia percorrer o colégio de Mafalda e seus amigos, ver os filmes que ela protagonizou e observar em tamanho natural todos os bonecos concebidos por Quino e construídos por Manolo Marín. Não é de estranhar que, anos depois, todos esses personagens, esquecidos em um armazém, perecessem em um incêndio. Seu destino estava marcado. Manolo Marín era colaborador habitual das fallas, a festa valenciana que termina com a queima de bonecos gigantes.

Mais tarde, Quino e sua esposa, Alicia Colón, química de formação acadêmica, procuraram apartamento em Madri: “Já conheço mais ou menos os bairros, mas não suas ideologias”, comentava a quem pretendia ajudá-lo. Compraram-no e o usaram durante suas estadias na Espanha. A última delas foi por ocasião da entrega em Oviedo do prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades de 2014. Depois disso, não voltou a pisar na pátria de seus pais.

 

SAÚDE RUIM - Quino na época já se deslocava em cadeira de rodas e sofria problemas de visão por causa de um glaucoma diagnosticado uma década antes. Não teve sorte com a saúde. Durante a década de 1990, passou por seis cirurgias em apenas 10 anos. Em 2006 deixou de desenhar regularmente. Em 2019 estava quase cego.

Em setembro de 2017, a morte de Alicia Colón, sua companheira eterna, sua representante e delegada geral para o mundo, coincidiu com sua etapa de mais acentuado declínio físico; deixou Buenos Aires em novembro daquele ano e retornou à sua Mendoza natal, sempre cuidado por familiares próximos e amigos.

Alicia e Quino não quiseram ter filhos. O grande gênio do humor se mostrava muito pessimista a esse respeito: “É uma porcaria trazer alguém para cá sem ter perguntado”, declarou ao El Pais em 1990, após trinta anos de casamento. E costumava repetir isso. Quando se dizia a ele que afinal de contas as coisas não tinham corrido tão mal para ele - como já notara seu pai ao lhe aparecer depois de morto -, Quino respondia: “Não foi mal para mim, mas dei azar com a saúde”.

 

MAFALDA NÃO VOLTOU - Apesar dos apelos, súplicas e suculentas propostas que recebeu para ressuscitar Mafalda, sempre se negou (exceto para algumas causas sociais: do Unicef, da Liga para a Saúde Mundial, para uma campanha de prevenção do coronavírus…, e para explicar a Lei Orgânica do Direito à Educação, a LODE, por encomenda do Governo socialista espanhol em 1986).

Em muitas outras ocasiões, sua criação foi utilizada rasteiramente para ideias que ele não compartilhava; por exemplo, uma campanha argentina contra o aborto.

A morte de Quino continuará nos deixando algumas incógnitas. Qual é o nome completo de Mafalda? Não se sabe. Seu pai nos desenhos não tinha nem prenome… A mãe sim: Raquel. E, sobretudo, o que teria acontecido agora se…? Em um jantar do qual participou em Oviedo com alguns amigos pouco antes de receber o Príncipe de Astúrias de 2014, um dos comensais lhe perguntou se hoje em dia os pais de Mafalda estariam divorciados. Sem aguardar a resposta, abriu-se um interessante debate a respeito, com profundas reflexões psicológicas. Finalmente, todos olharam para Quino esperando a resposta definitiva. E ele disse: “Não sei…, para mim são só dois desenhos…”.

Também lhe perguntaram alguma vez, em privado, como seria hoje aquela menina sábia, e ele respondeu que provavelmente já estaria morta, porque teria sido um dos desaparecidos da ditadura militar argentina.

Quino tomava café sem açúcar, discordava da nouvelle cuisine porque as porções eram muito pequenas e adorava o vinho de La Rioja, tanto como Mafalda odiava sopa. E amava o flamenco, que tanto o vinculou aos seus pais e à sua infância: “Se eu ouvir a música folclórica de Mendoza, a minha terra, eu gosto, não digo que não. Mas o que verdadeiramente me emociona é o flamenco. É algo que sinto como formiguinhas dentro das veias. Por isso sempre soube que sou espanhol e sempre disse que sou espanhol”.

Comparecia com gosto às festas e aniversário dos amigos, com uma fidelidade interminável. Tinha aspecto triste, talvez porque escutava muito; mas por dentro sorria. Admirava Forges, Peridis, Schultz, Perich, Mingote, Summers, Chummy-Chummez, Gila, Galego y Rei, Puebla…

E se sentiu muito feliz durante seus dias no Principado em 2014, cheios de homenagens pelo prêmio Príncipe de Astúrias. Especialmente naquele ato do teatro da Filarmônica de Oviedo, com uma ovação final de cinco minutos. E também com um detalhe que ficará para sempre nessa cidade: a reprodução de Mafalda em tamanho natural que desde então se deixa fotografar com eterna paciência no parque Campo de San Francisco, ao lado de cada pessoa que espere sua vez para se sentar com ela.

Aquela viagem ele viveu como uma despedida da Espanha e dos amigos que deixava naquele lado da sua dupla pátria. De alguns já se despedira um ano antes, porque não imaginava que teria que retornar.

Seu velho espírito republicano, conforme confessava ao calor de uma taça de Rioja em um restaurante próximo à Gran Via, lhe gerou certa inquietação com relação a esse prêmio de 2014, a ser entregue pelo rei Felipe VI, mas o aceitou com gosto, por vir de uma Espanha democrática. Depois, transcorridos aqueles dias nas Astúrias, desfazia-se em louvores pela conversa agradável e o calor humano oferecidos por Felipe VI e pela rainha Letizia, a quem elogiaria sempre a partir de então e a quem, já de volta à Argentina, fez questão de transmitir seu carinho sempre que pôde. Era antimonárquico, mas também uma pessoa íntegra (El País).

Mercado Municipal de Curitiba promove campanha de apadrinhamento para o Dia das Crianças

O Mercado Municipal de Curitiba está promovendo uma campanha de apadrinhamento para presentear crianças de lares da cidade no dia dedicado a elas. Para participar, basta pegar um dos envelopes disponíveis no estande montado na Praça de Alimentação e preencher com as informações de contato do padrinho ou madrinha. A doação da roupa ou brinquedo indicado na carta escolhida, com base na idade da criança apadrinhada, deve ser feita até o dia 2 de outubro, na Ascesme – Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba, localizada dentro do mercado.

A expectativa é levar um pouco mais de amor, carinho e alegria para as crianças dos lares da cidade nessa data tão significativa, já que muitas delas foram vítimas de maus tratos, negligência ou abandono”, garante o presidente da Ascesme, Cleverson Augusto Schilipacke.

O horário de funcionamento é das 8h às 18h, de terça a sábado, e das 8h às 13h aos domingos, sendo que restaurantes ficam abertos até às 15h com acesso exclusivo pelo Setor de Orgânicos após o fechamento dos outros estabelecimentos do mercado. Lembrando que esses horários estão sempre sujeito a alterações caso sejam decretadas novas medidas sanitárias para evitar a propagação da covid-19 na capital paranaense.

As entradas do Mercado Municipal de Curitiba estão localizadas na Rua da Paz, 640, na Avenida Sete de Setembro (entrada secundária) e na Rua General Carneiro. Mais informações no site www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br, no Facebook, no Instagram, ou pelo whatsapp (41) 98534-9852.

Orquestra Suzuki Curitiba lança vídeo gravado de forma remota

A Associação da Educação do Talento Musical do Paraná – AETMP lança nesta quinta-feira (1º/10) no Facebook, YouTube e Instagram, o vídeo “As Estrelinhas – Versão Brasileira” com alunos, professores da Orquestra Suzuki Curitiba e músicos convidados.

A escolha da música “As Estrelinhas” simboliza a iniciação de cada aluno em seu instrumento e o desejo de um futuro melhor e registra o empenho deles em cumprir a missão: mesmo durante a pausa existe a música”, explicam os professores da orquestra.

Editado por Pedro Cavallari, o vídeo foi gravado pelos componentes da orquestra de forma on-line, separadamente, devido à pandemia da covid-19, que impediu os integrantes de tocarem juntos de forma presencial.

A Orquestra Suzuki Curitiba faz parte da Associação da Educação do Talento Musical do Paraná (AETMP) uma entidade cultural sem fins lucrativos, reconhecida como Utilidade Pública pela Câmara de Vereadores de Curitiba, que promove o ensino e a formação pela educação do talento pelo Método Suzuki e oferece cursos de violino, viola e violoncelo a partir de 4 anos de idade. Em quase 40 anos de história, já formou talentos musicais integrantes das principais orquestras do Brasil e da Europa.

Fundada em 1978, a história da AETMP começou com a violinista e professora Hildegard Soboll Martins, pioneira do Método Suzuki no Paraná, juntamente com a professora e violinista Edna Ritzmann Savytzky. Elas iniciaram em Curitiba o método conhecido também como Educação do Talento. A associação tem uma dinâmica diferente das escolas de música tradicionais. Sem sede própria, os alunos recebem aulas individuais nas residências dos professores, porém, as atividades em conjunto, aulas coletivas, ensaios e concertos são realizadas em espaços diversos.

Atualmente, a Orquestra Suzuki Curitiba tem como professores Edna Ritzmann Savytzky, Sibila Schelin, Simone R. Savytzky, Thalita Stefanichen Ferronato e Vanessa Savytzky Shiavon (violiono) e Adriane Ritzmann Savytzky (violoncelo).

Cia de Teatro da Biblioteca Pública participa de série de lives

A Cia de Teatro da Biblioteca Pública do Paraná vai participar no mês de outubro da série de encontros online Chamada Aberta: Escritas, Caminhos e Desvios para a Cena.

São três lives gratuitas apresentadas por grupos de teatro amador adulto promovidos por instituições públicas em Curitiba. Além da Cia da BPP, que transmite todos os eventos em seu canal do YouTube, integram o projeto a Cia de Teatro da UFPR e o TUT (Teatro da UTFPR Curitiba).

As companhias vão apresentar seus contextos institucionais e os temas desenvolvidos em seus trabalhos antes da pandemia da Covid-19 e durante este período de distanciamento social. Cada encontro também contará com um convidado, que vai expandir as discussões para além das proposições dos grupos.

Na primeira live - que acontece nesta quinta-feira (1º), das 19h às 21h -, a Cia da BPP recebe Lígia Souza, dramaturga, pesquisadora e doutora em Artes Cênicas pela USP. Para assistir, acesse youtube.com/ciadabpp.

Veja a programação completa e inscreva-se para obter certificado de participação em www.even3.com.br/chamada2020.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Vereadores de Curitiba aprovam homenagem ao maestro Waltel Branco

Em sessão remota realizada na quarta-feira (16), a Câmara Municipal de Curitiba aprovou homenagem ao maestro paranaense Waltel Branco, referência da música instrumental brasileira, reconhecido internacionalmente. Precursor do jazz fusion e especialista em trilhas sonoras, o violinista, compositor e arranjador, natural de Paranaguá, poderá denominar logradouro público da capital. O projeto foi acatado em primeiro turno unânime, com 32 votos favoráveis (009.00004.2019).

Falecido em novembro de 2018, aos 89 anos de idade, Waltel Branco começou a carreira em Curitiba, no final de década de 1940, antes de seguir para o Rio de Janeiro (RJ). Autora da proposição, a vereadora Julieta Reis (DEM) destacou o legado do homenageado, que trabalhou em parceria com músicos de renome como Nat King Cole, Dizzy Gillespie, Cazuza, Bento Mossurunga, Tom Jobim, Roberto Carlos, Tim Maia, Baden Powell, João Gilberto e Quincy Jones.

Com Henry Mancini, compôs os arranjos do tema do filme "A Pantera Cor-de-Rosa". Também participou da composição da vinheta do Jornal Nacional e de trilhas de novelas como "A Escrava Isaura", dentre outros sucessos. “Ele compôs cerca de 5 mil mil músicas de arranjos”, disse Julieta Reis. “Em Curitiba era conhecido, reconhecido e venerado por todos os músicos.”

Para a vereadora, o ideal é que o logradouro que receba o nome do maestro esteja ligado à área cultural. A CMC já havia reconhecido Waltel Branco com a Cidadania Honorária de Curitiba, por meio da lei municipal 14.820/2016, de iniciativa do vereador Mestre Pop (PSD).

 

Série Ônibus da Cultura na Quarentena traz grande sucesso de Chiquinha Gonzaga

A modinha “Lua Branca”, um dos grandes sucessos de Chiquinha Gonzaga, é a música que estrela o novo vídeo da série Ônibus da Cultura na Quarentena, executada pela orquestra Ladies Ensemble com a cantora Orly Bach. A gravação pode ser assistida gratuitamente no Instagram e Facebook do Ônibus da Cultura e no canal do YouTube do Solar do Rosário.

A história de “Lua Branca” é cercada por uma dose de mistério. A melodia foi composta por Chiquinha Gonzaga para um musical cômico, que estreou em 1912. Em 1929, a mesma música, mas com letras e título novos, foi gravada pelo cantor Gastão Formenti. Até hoje não se sabe quem escreveu os novos versos. Chiquinha teve que reclamar a autoria da música, denunciando o plágio, e obteve assim seus devidos créditos.

O vídeo ainda tem uma introdução da professora Clarice Miranda apresentando mais informações históricas sobre a música. Ela conta que a modinha é um ritmo de origem brasileira e portuguesa, muito difundida nos séculos XVIII e XIX. “Delicada e romântica, essa composição influenciou muito a música brasileira até hoje”, conta.

Essa é a terceira composição de Chiquinha Gonzaga que a Ladies Ensemble, formada exclusivamente por mulheres, grava para a série de vídeos Ônibus da Cultura na Quarentena. A orquestra faz parte do elenco que se apresentava na unidade cultural móvel, percorrendo todos os bairros de Curitiba, com foco principal na periferia. Com a pandemia, o projeto passou a divulgar conteúdos pela internet.

Brasis no Paiol anuncia temporada 2020 on-line com 50 shows

Realizado em Curitiba desde 2012, o projeto Brasis no Paiol chega à sua oitava temporada com uma mudança no formato e número de apresentações. Os shows saem do tradicional Teatro Paiol e serão transmitidos pela internet, devido à pandemia da covid-19, em cinco edições mensais com dez atrações em cada, de setembro de 2020 a janeiro de 2021.

Os primeiros shows serão nos dias 26 e 27 de setembro, sempre a partir das 18h. No sábado, quem se apresenta é Xênia França, Brisa Flow (foto), Alienação Afrofuturista convida Lemoskine, Sol.Katu Ê Maraca.Drum e a DJ Mitay. No domingo, é a vez de Amaro Freitas, Janine Mathias, Melina Mulazani, Ágatha Pradnik e Disco Veneno.

As transmissões serão no canal do Brasis no Paiol do Youtube e Twitch. Também serão transmitidos no perfil da Santa Produção do Instagram e Facebook. As próximas datas do projeto serão nos dias 24 e 25 de outubro, 21 e 22 novembro, 19 e 20 de dezembro e 23 e 24 de janeiro. Os artistas participantes ainda não foram divulgados.

 

DO TEATRO PARA A TELA - Desde 2012, os produtores Bina Zanette (Santa Produção) e Heitor Humberto (Fineza Comunicação e Cultura) realizam uma sequência de shows no Teatro Paiol, com artistas de diferentes regiões do Brasil, bem como nomes da cidade. O objetivo é sempre apresentar novidades, lançamentos, estreias e projetos especiais de artistas com trabalhos de relevância artística, que gerem interesse do público curitibano. Até hoje, já foram mais de 70 apresentações.

Faltavam poucos dias para a divulgação da temporada 2020 do Brasis no Paiol quando a quarentena foi anunciada. O projeto, que contaria com dez apresentações de abril a dezembro, no Teatro Paiol, então, precisou entrar em pausa. Com a incerteza do retorno das atividades culturais ao vivo, o projeto precisou ser reformulado.

O Paiol é um local muito especial, os shows lá são sempre uma experiência incrível. Mas apesar de o projeto estar totalmente ligado ao espaço, não fazia sentido a gente esperar um retorno das atividades enquanto artistas e técnicos estão com sua atuação comprometida. Por isso nos esforçamos para que o evento fosse realizado ainda neste ano, adaptando seu formato”, explica a produtora Bina Zanette, uma das idealizadoras do projeto.

Com a alteração, o Brasis no Paiol teve a oportunidade de quintuplicar o número de artistas participantes, possibilitando monetizar um dos setores da economia mais prejudicado pelo isolamento social, além de aumentar  sua abrangência, já que em vez dos 220 ingressos por show, poderá ser visto pelo público de qualquer lugar do mundo que tenha acesso à internet.

 

PROGRAMAÇÃO

26 de setembro, a partir das 18h: Xênia França / Brisa Flow / Alienação Afrofuturista convida Lemoskine / Sol.Katu Ê Maraca.Drum / DJ Mitay

27 de setembro, a partir das 18h: Amaro Freitas / Janine Mathias / Melina Mulazani / Ágatha Pradnik / Disco Veneno

*As edições de outubro, novembro, dezembro e janeiro ainda não tiveram a programação divulgada

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Documentário sobre cena musical curitibana estreia em canal de TV por assinatura

Nesta quarta-feira (23), o documentário “Uma Fina Camada de Gelo”, de Vinicius ‘Tchê’ Ferreira, sobre a cena musical curitibana, terá estreia nacional na televisão por assinatura. A exibição será às 22h, no canal Music Box Brazil.

Para Vinicius, é importante e gratificante essa estreia nacional, pois o documentário debate não só a cena musical de Curitiba, mas a condição de músico e artista independente. “Sempre foi uma dificuldade se reinventar não só na produção artística, mas ter que descobrir modos de ser ouvido, chegar ao público. O filme tenta trazer um pouco dessa luta dos artistas e ajuda a entender que isso é uma coisa cotidiana que sempre vai existir, só muda a forma de fazer conforme período histórico”, observa.

Com pouco mais de uma hora de duração, o documentário apresenta entrevistas com produtores, donos de bares, radialistas, jornalistas e músicos, percorrendo o período entre o final da década de 70 até começo dos anos 2000 para tentar resgatar e registrar a história de uma cena multifacetada da capital que já foi chamada de “a Seattle brasileira” por causa da quantidade de bandas que proliferavam por aqui a partir de meados da década de 80.

Por meio de depoimentos de personagens importantes, entre eles os músicos Rodrigo Barros Del Rei (Contrabanda, Beijo AA Força, Maxixe Machine e Orquestra Sem Fim), Fabio Elias (Relespública), J.R. Ferreira (July et Joe, Intruders, Magnéticos e dono do Ninety Two Degrees, o 92 Graus, o templo da música autoral curitibana) e Paulinho Teixeira (Blindagem), entre outros.

Poder deixar essa história para futuras gerações saberem que a gente fez barulho, som, música, fez o sonho virar realidade. As dificuldades dão graça à vida. Pro rock nunca foi fácil mesmo e fazer parte de uma história com tantos artistas legais é uma recompensa muito grande pra gente que respira música e vive da música todos os dias da nossa vida”, aponta Fábio Elias, em nome do Relespública.

Para Jr Ferreira, músico, produtor e proprietário do lendário Espaço Cultural 92 Graus, contar essa história é inspirador e pode ajudar a não “deixar peteca cair” pra futuras produções e futuros acordes. “Quanto mais gente puder ver, mais legal para nossa história e nossa música. Vamos ver se a gente quebra essa camada de gelo com esse céu maravilhoso”, finaliza Jr Ferreira.

O documentário ainda tem conversas com radialistas e empresários, como a locutora Margot Brasil (rádios Estação Primeira e Mundo Livre FM) e o empresário e produtor Helinho Pimentel, responsável por inúmeras iniciativas de apoio à produção local e que hoje gerencia a Pedreira Paulo Leminski, o maior e mais tradicional espaço de shows da capital paranaense.

Na pesquisa de imagens, Vinicius teve o auxílio do pesquisador Manoel Neto (que também assina o roteiro do documentário) e do jornalista Rodrigo Juste Duarte, que mantêm o acervo do Museu do Som Independente (Musin). A produção executiva de todo o projeto “Uma Fina Camada de Gelo” é do advogado e músico Fabiano Neves.

 

CENA MUSICAL CURITIBANA EM LIVRO - O documentário é “irmão” do livro “Uma fina camada de gelo – o rock autoral e a alma arredia de Curitiba”, escrito por Eduardo Mercer. Durante a produção do livro, ele comenta que percebeu que Curitiba é uma cidade excessivamente voltada para si mesma, por isso considera fundamentais as iniciativas para aproximar a nossa música e os nossos artistas das outras cenas brasileiras. “É uma ótima notícia. Muita música boa foi feita em Curitiba, em todos os estilos, e esse patrimônio merece divulgação eterna e ininterrupta na própria cidade e no resto do país”, observa.

O músico Gabriel Teixeira, integrante das bandas Sr. Banana e Black Maria, avalia que esse projeto, livro e documentário, compõe um histórico registro da cultura curitibana e do que aconteceu na época. “É muito rico por trazer à tona essa nossa cultura tão underground. O artista em geral sempre foi meio marginalizado e é muita coragem de quem faz disso sua profissão. Um documento como este será acessado por futuras gerações e não só por nós, mas por pessoas de fora que saberão o que aconteceu aqui e veio para inspirar e resgatar uma história que nunca tinha sido bem contada até agora”, diz ele.

O canal Music Box Brazil é o 623 nas operadoras Claro HD, Net e Claro, o 145 na Oi TV e o 123 na Claro.

MON inaugura galeria virtual com fotos vencedoras de concurso

O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugurou uma galeria virtual com as 17 fotos vencedoras da campanha “#meumon: revele o museu que só você vê”. Entre mais de duas 2 mil fotos participantes, uma comissão julgadora escolheu as imagens que se destacaram em originalidade e criatividade.

Todas as imagens foram feitas antes do início da pandemia, em março de 2020, com o mote de descobrir locais e ângulos inusitados do MON.

A galeria foi inaugurada agora para que o público já possa ver virtualmente as imagens e, quando o museu reabrir, os visitantes poderão procurar os locais onde foram feitas as fotos e conferi-las de perto.

CONFIRA OS VENCEDORES - Os autores das imagens ganharam 100 ingressos cada para presentear amigos e familiares com visitas ao museu, quando forem retomadas de forma presencial.

Confira a lista de vencedores da campanha: Adriana Kukla, Amanda Samways, Cinthia Castro, Edu Aguiar, Fernando Caovilla, Guilherme Negrão, Kyra Ferreira, Silvio Fernandes, Rosana Anjos, Ana Ciffoni, Alexandre Chaym, Henrique Wollz, Faisal Iskandar, Marcos Marcolla, Alexandre Kenji Okabaiasse, Bruno Conde e Meiri Janz.

MON - O Museu Oscar Niemeyer (MON) abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além da mais significativa coleção asiática da América Latina.

O acervo conta com aproximadamente 7 mil peças, mantidas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, 17 mil deles para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Museu Histórico de Londrina participa de edição virtual da Primavera dos Museus

O Museu Histórico de Londrina participa, até dia 25 de setembro, da 14ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que neste ano tem como tema “Mundo digital: museus em transformação”.

A diretora do museu, Edméia Ribeiro, explica que o tema da programação é definido pelo Ibram, que define as atividades nacionais, e cada instituição organiza o seu evento. Ela destaca que o acervo tem mais de 1,2 milhão de itens e cerca de 30 mil estão disponíveis para consulta on-line. “Estamos cada vez mais disponibilizando nosso acervo para consulta pública. Não vamos acabar com o museu presencial, mas a apresentação dos museus no formato digital faz parte de muitas instituições”, aponta.

A Primavera dos Museus é um evento anual que tem o objetivo de promover uma reflexão sobre uma das principais funções do museu: educar e contribuir no despertar de interesse para diferentes áreas do conhecimento, a vida em sociedade, a importância das memórias e o valor do patrimônio cultural musealizado.

As atividades do Museu Histórico de Londrina, que foram organizadas em parceria com o Museu de Arte de Londrina e a Unifil, incluirão palestras, exposições e visitas virtuais.

Confira a programação do Museu Histórico de Londrina na 14ª Primavera dos Museus

Com a estreia da Banca de Quadrinistas, Itaú Cultural intensifica sua programação de HQs

O Itaú Cultural está apresentando em seu site www.itaucultural.org.br e em sua página do Youtube www.youtube.com/itaucultural, mais um episódio da segunda temporada do Caminhos da HQ, série audiovisual sobre a produção brasileira de quadrinhos. Até 30 de janeiro, sempre aos sábados, às 14h, a série traz histórias sobre as trajetórias individuais e em parceria dos autores, temas relacionados a representatividade, público alvo e os desafios das equipes de edição das ilustrações. Na mesma pegada das HQs, a Banca de Quadrinistas, realizada pela primeira vez em ambiente virtual, chega a sua quinta edição no mesmo dia 19 de setembro. Com o tema Olhares Femininos, a mostra selecionou 20 autoras mulheres, de todas as regiões do Brasil, que terão os seus quadrinhos disponíveis para leitura, durante 30 dias, no site da Instituição.

Pela primeira vez virtual, a 5ª edição da Banca de Quadrinistas permite que os fãs de HQ do país inteiro tomem contato gratuitamente com diversas obras e autores que integram a atual cena brasileira dos quadrinhos.

Dessa vez, a curadoria do núcleo de Audiovisual e Literatura optou por selecionar apenas artistas mulheres, visando dar mais visibilidade ao trabalho das quadrinistas brasileiras. Ao todo, foram selecionadas 20 autoras de todas as regiões do Brasil, com estilos e temáticas diversos em seus trabalhos. Apresentando o tema “Olhares Femininos”, a mostra online traz um recorte do que se produz em quadrinhos atualmente, em especial no meio independente.

As quadrinistas que têm seus trabalhos expostos no site são: Alice Pereira, Ana Paloma Silva, Bennê Oliveira, Blenda Furtado, Bruna Bandeira, Carol Ito, Cátia Ana, Diana Salu, Fefê Torquato, Leta, Lila Cruz, Majane Silveira, Marília Marz, Partes, Rebeca Prado, Renata Nolasco, Ty Silva, Talessak, Ing Lee e Ju Loyola; as duas últimas são artistas surdas. As HQs ficam hospedadas no site www.itaucultural.org.br por 30 dias, sendo publicadas em 2 lotes com 10 autoras cada: o primeiro fica disponível no site até 12h de 19 de outubro e o segundo lote fica disponível a partir de 26 de setembro, até 12h de 26 de outubro.

Além das séries Caminhos da HQ e a Banca de Quadrinistas, o Itaú Cultural sempre abriu espaço para reforçar a relevância dos trabalhos desses artistas, sejam eles independentes ou nacionalmente conhecidos. Em 2012, a 12ª edição da série Ocupação expôs o universo do cartunista Angeli, por meio de charges, ilustrações, tiras, quadrinhos, cartazes e revistas. No ano de 2014, outra Ocupação foi realizada em homenagem à ilustradora e cartunista, Laerte. Dois anos depois, foi a vez do cartunista e desenhista Glauco ganhar uma exposição sobre sua obra, na 30ª edição da mesma série.

 

CAMINHOS DA HQ - Seguindo com a segunda temporada do Caminhos da HQ, dia 19 de setembro o quarto episódio mostra qual é o público que lê quadrinhos e frequenta as feiras das HQs, com depoimentos dos quadrinistas Laura Athayde, Fernanda Nia, Mario Cau, LoveLove6, Lino Arruda e Bianca Pinheiro e do jornalista e editor Sidney Gusman. O episódio fica disponível no site do Itaú Cultural e na página do Youtube da instituição.

Confira o material completo destas Ocupações:

Ocupação Angeli: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/angeli/

Ocupação Laerte: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/laerte/

Ocupação Glauco: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/glauco/

Curso online gratuito vai mostrar que “Vida com Valor” é possível, mesmo durante a pandemia

Começa nesta quarta-feira, dia 23, o curso online gratuito “Vida com Valor”, que será ministrado pela especialista em educação corporativa, palestrante e escritora Célia Chueire.

Realizado em três módulos, o curso surgiu, de acordo com Célia, porque a situação em que vivemos é muito triste. “Com pandemia da Covid-19 e as restrições que ela nos impõe, tenho percebido que muita gente está passando por momentos de verdadeiro exaspero. E então eu pensei em levar para essas pessoas um conteúdo que as ajudasse a se manter bem durante esta fase crítica, que nós não sabemos quando irá terminar”, explica ela.

Conforme a palestrante, muitas pessoas que a conhecem de outros cursos, têm lhe indagado sobre o que fazer para conseguir vencer as angústias dos dias atuais? “Quando eu recebo e-mails e mensagens de gente me perguntando ‘Célia, como a gente faz pra superar tudo isso, sem se desestruturar’? Minha resposta é sempre a mesma: nessas horas é preciso que nos seguremos naquilo que somos, no que sabemos que nós somos, e no que temos consciência que podemos’”, esclarece.

Desta forma o curso, que terá três módulos de duração, inicialmente irá abordar a questão da identidade, do autovalor. Segundo Célia, em situações de dificuldades, é fundamental que cuidemos de nós mesmos. “Temos que reconhecer e valorizar nossas habilidades e capacidades, acordar nosso potencial e nos tornar fortes o suficiente para ultrapassar esse período conturbado. E no curso vamos ensinar técnicas e recursos para que possamos alcançar isso”, completa ela.

 

A PALESTRANTE - Célia Chueire tem mais de 30 anos de atuação no mercado corporativo como consultora e palestrante, sempre trabalhando com foco no comportamento humano. Seu trabalho objetiva desenvolver as capacidades individuais das pessoas, e contribuir para que o indivíduo adquira novos pontos de vista sobre si, os outros e a vida, e abandone processos destrutivos ou ineficazes.

Como escritora, Célia é autora dos livros infanto-juvenis “Diário de uma quase adolescente”, “Feliz por um triz”, “A história de Tutti”, “Gorduchito Gorduchão” e “A sombra do medo”, entre outros.

As inscrições para o curso “Vida com Valor”, que são gratuitas, devem ser feitas no página do Instagram celiachueire.oficial/ O curso inicia com o primeiro módulo no dia 23/9, e os demais nos dias 28/9 e 5/10. Nesta terça-feira, 22/9, haverá uma live de apresentação do mesmo, também com acesso pelo Instagram.

Plataforma “Transversalidade da Memória” estreia com trabalho de Caco Ciocler

O Itaú Cultural lançou nesta segunda-feira (21), “Transversalidade da Memória”, plataforma que busca reunir profissionais e pesquisadores do campo da memória, para trocas de experiências e informações na área. Neste dia – e até às 9h do dia 23 (quarta-feira) –, o público terá disponível no site da instituição (www.itaucultural.org.br) o documentário “Esse Viver Ninguém me Tira”, sobre Aracy Moebius de Carvalho, esposa do escritor Guimarães Rosa, dirigido por Caco Ciocler. Às 17h, o ator e diretor participa do debate de lançamento da plataforma, que reúne também Vilma Santos e José Eduardo Ferreira Santos, fundadores do Acervo da Laje, e Ricardo Brazileiro, pesquisador de tecnologias. A mediação é de Tatiana Prado, gerente de Memória e Pesquisa do Itaú Cultural.

A partir do dia 21, o “Transversalidade da Memória” estará aberto à participação do público. Os interessados poderão inscrever-se para acompanhar a plataforma, que também contará com conteúdos e atividades.

O debate de lançamento reúne profissionais que trabalham ou desenvolvem projetos com base a memória. É o caso de Vilma Santos e José Eduardo Ferreira Santos, do Acervo da Laje, espaço cultural da periferia de Salvador, na Bahia, que funciona como biblioteca e museu, recolhendo artefatos, documentos e livros que contam a história da região em que atua. Comunitário, o espaço elabora práticas de entendimento do que é importante ser guardado pela comunidade e do que significa criar um ambiente institucionalizado para resguardar a cultura de todos.

Já Ricardo Brazileiro, que é mestre em ciência da computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trata da relação dos saberes tradicionais com a tecnologia. A partir de então, questiona de que forma os arquivos devem ser guardados, como é possível comunicar dados, com qual infraestrutura e com quais softwares.

O ator e diretor Caco Ciocler, por sua vez, vem trabalhando com a memória em projetos tanto no cinema quanto na literatura. Ele é autor do livro “Zeide: a Travessia de um Judeu entre Nações e Gerações”, e dirigiu o documentário “Esse Viver Ninguém me Tira”, sobre a trajetória de Aracy Moebius de Carvalho (1908-2011), esposa do escritor Guimarães Rosa.

 

MEMÓRIA NA TELA - Disponível para ser assistido pelo público de 21 a 23 e de setembro (segunda-feira a quarta-feira), marcando o lançamento de “Transversalidade da Memória”, o filme “Esse Viver Ninguém me Tira” é a estreia de Ciocler na direção. A produção reúne entrevistas com Eduardo Tess, filho de Aracy com Johannes Edward Ludwig Tess, o político Plínio de Arruda Sampaio (1930-2014), amigo de Eduardo, e a jornalista Eliane Brum.

Nascida no Paraná e criada em São Paulo, Aracy Moebius foi morar na Alemanha em 1934, quando separou-se do seu primeiro marido, aos 26 anos. No país, trabalhou no setor de passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo, onde, contradizendo as indicações do Itamaraty para impedir a ida de judeus ao Brasil, concedeu vistos a dezenas deles, livrando-os da perseguição do nazismo instaurado por Adolf Hitler entre 1934 e 1945. Por isso, ela passou a ser chamada de O Anjo de Hamburgo.

Foi em 1938 que Aracy conheceu Guimarães Rosa, o recém-chegado cônsul-adjunto. Casaram-se em 1942, no México, e ficaram juntos até a morte do escritor, em 1967.

Primavera começa ensolarada em quase todo o Paraná

A primavera começa às 10h31 desta terça-feira (22 de setembro) e termina às 07h02 de 21 de dezembro. Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), o primeiro dia da estação será ensolarado em quase todo o Estado. O tempo fica nublado apenas em Curitiba e Região Metropolitana, no Norte Pioneiro, nos Campos Gerais e no Sudeste. Há previsão de chuva no Litoral. As temperaturas devem variar entre 4 ºC em Rio Negro e 29 ºC em Umuarama, Guaíra e Foz do Iguaçu.

Segundo o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, o fenômeno La Niña será o principal drive climático na primavera do Hemisfério Sul, com intensidade variando de fraca a moderada. Ela provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, alterando os padrões climáticos.

No início da estação, as temperaturas apresentam maior amplitude térmica – a diferença entre os valores mínimos e máximos diários – a qual tende a diminuir com a aproximação do verão. A temperatura média do ar deve manter-se próxima ou ligeiramente acima da normal climatológica. Estão previstas grandes variações em períodos curtos, causadas pelo rápido deslocamento de frentes frias e tempestades intensas, características da estação no Estado.

São esperados períodos prolongados sem chuva semelhantes aos ocorridos no outono e no inverno deste ano. “As chuvas devem aumentar progressivamente, mas os volumes ficarão próximos ou abaixo da normal climatológica, com distribuição espacial muito irregular”, afirma o meteorologista.

Os eventos meteorológicos severos - como fortes rajadas de ventos, granizo e muitos raios - só podem ser detectados em curto prazo. Para receberem alertas por SMS, os interessados podem cadastrar-se na Defesa Civil Estadual enviando uma mensagem para o número 40199 com o número do seu CEP (Código de Endereçamento Postal).

 

ESCASSEZ HÍDRICA – O cenário climatológico indica a permanência da crise hídrica no Paraná. O Simepar faz o monitoramento hidrológico, que é o acompanhamento em tempo real das condições das 200 bacias hidrográficas paranaenses.

Para tanto, utiliza alta tecnologia: uma rede telemétrica de 120 estações, antenas de recepção de uma constelação de satélites e três radares instalados em Teixeira Soares, Cascavel e Curitiba.

Os dados são coletados em medições horárias e sub-horárias das chuvas, temperaturas e vazões dos rios. Na sequência, são integrados e processados por sistemas computacionais, gerando produtos geo-espaciais. Após análise dos dados atuais e históricos, os meteorologistas emitem uma previsão tradicional para até 15 dias e outra climática sazonal, atualizada mensalmente. Além disso, são feitas estatísticas dos quantitativos de chuvas e desvio das médias climatológicas. As informações são compartilhadas no Monitor de Secas do Brasil e na Sala de Crise da Região Sul.

 

INCÊNDIOS – O Simepar também monitora incêndios, queimadas e focos de calor. O Sistema VFogo detecta essas ocorrências em grandes extensões territoriais e áreas específicas. É possível identificar o momento e o local em que o evento teve início, sua evolução, propagação, direção, sentido, intensidade e extinção, bem como o tipo de vegetação - floresta, arbustos, pastagem e agricultura. Os dados são atualizados a cada dez minutos.

Na primavera e no contexto da estiagem, o baixo teor de umidade da vegetação favorece a combustão, a ignição e a propagação de incêndios”, explica o pesquisador e coordenador de Inovação do Simepar, Flavio Deppe. Segundo ele, o VFogo possibilita o lançamento de alertas em tempo quase real.

A ferramenta emprega três tecnologias convergentes nas ciências ambientais: sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, processamento de alto volume de dados geo-espaciais em diferentes formatos (Big Data) e modelos matemáticos de análise e aprendizagem gerados a partir de técnicas de inteligência artificial. Combina diversas camadas de informações em interface webgeo com suas típicas funcionalidades, como escala, zoom e pan.

As imagens de uma mesma área são apresentadas em diferentes modos de composições. O modo “true color” ou “visível” evidencia a fumaça. O modo “infravermelho” destaca as temperaturas mais altas. Já o modo “fusion” faz uma fusão de ambos para realçar os pontos de fumaça, fuligem e particulados.

 

AGRICULTURA – “A previsão de uma primavera mais seca neste ano devido à influência de La Niña é preocupante para a agricultura”, diz a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Heverly Morais. Segundo ela, as culturas de soja, milho e feijão podem ser impactadas pela estiagem prolongada.

Como estratégia de proteção, Morais recomenda escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes. Também sugere começar a semeadura no período adequado, não utilizar população de plantas superior à indicada, plantar sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região, mantendo o equilíbrio nutricional das plantas.

Como os veranicos são recorrentes durante as safras no Paraná, convém incluir no planejamento agrícola a tecnologia da rotação de cultura com plantas de cobertura em sistema de plantio direto”, afirma. Segundo ela, essa técnica melhora os atributos físico-químicos do solo, favorece o aumento de infiltração de água e aprofunda as raízes, além de reduzir a temperatura e a evaporação em períodos de estiagem fraca ou moderada”.

 

Confira aqui tabela com valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Espaços culturais do Estado participam da 14ª Primavera dos Museus

Espaços culturais pertencentes ao Governo do Estado participarão da 14ª Primavera do Museu, uma ação nacional, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que acontece de 21 a 27 de setembro. A ação é coordenada nacionalmente para unir instituições museológicas, durante uma semana, em torno de atividades para todos os públicos.

Do Estado, do participam o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), Museu Paranaense (MUPA), Museu Oscar Niemeyer (MON) e Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA), em ação conjunta com o Centro Juvenil de Artes Plásticas (CJAP).

EM TRANSFORMAÇÃO - Em 2020, a Primavera dos Museus chega à sua 14ª edição e conta com o tema “Mundo Digital: Museus em Transformação”, estimulando gestores e público a pensarem e participarem de atividades em ambiente virtual, como maneira de manter vivas, e de forma segura, as conexões entre os museus e as pessoas no contexto de isolamento social.

As atividades incluem exposições virtuais, visitas guiadas de maneira online, lives, palestras e oficinas. Vale lembrar que a programação é inteiramente gratuita.

A programação de cada espaço pode ser conferida nas redes sociais da Secretaria de Comunicação Social e da Cultura do Paraná (SECC) ou nas redes de cada um dos espaços.

PROGRAMAÇÃO POR ESPAÇOS

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO PARANÁ (MIS-PR) - Pela primeira vez, o MIS-PR apresentará lives em seu perfil do Instagram, todas especialmente pensadas para a programação da Primavera dos Museus. Do dia 21 ao dia 25 de setembro, sempre às 11h da manhã, será possível conferir lives com especialistas e profissionais convidados pelo museu. Desde demonstrações sobre como funciona um projetor 16mm e rádios antigos, passando por uma apresentação sobre TV no Paraná até um bate-papo sobre fotografia analógica, de 21 a 25 de setembro, no Instagram @mis_pr, sempre às 11h00. 21/09: Visita guiada online à exposição “Ilhas da Imaginação”; 22/09: O funcionamento do projetor 16mm: apresentação online com preparação e apresentação de trechos de filmes em 16mm; 23/09: Rádios e discos: apresentação sobre o funcionamento de um rádio antigo e audição de músicas em vinil; 24/09: Televisores: Conhecendo um pouco da história da TV no Paraná; 25/09: Fotografia analógica: Bate papo online sobre câmeras, filmes e processos fotográficos históricos.

MUSEU PARANAENSE (MUPA) - O Museu Paranaense participará da 14ª Primavera dos Museus com duas palestras. A primeira apresenta a museóloga e pesquisadora Mariana Hartenthal, com a palestra intitulada “A linguagem visual das exposições digitalizadas”. Já a segunda atividade será a palestra “Museus, cultura digital e tecnologias” com a artista, pesquisadora e professora Denise Bandeira.  A programação, totalmente online, acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro, a partir das 18h. As palestras serão disponibilizadas no Instagram e Facebook do MUPA.

 

MUSEU OSCAR NIEMEYER (MON) - O Museu Oscar Niemeyer participa com novidades, como uma conversa sobre a atuação e disseminação da arte e da cultura entre a curadora Denise Mattar e o colecionador e diplomata Fausto Godoy, doador da maior coleção de arte asiática da América do Sul ao MON. Este bate-papo será transmitido ao vivo pelo canal do MON no YouTube no dia 27/09, às 16h.

Outra novidade será a série de posts #artequeeurespiro. A cada semana uma pessoa ligada ao mundo das artes irá escolher uma palavra motivadora e uma obra do acervo do MON que se relacione a ela. Nos últimos meses, o MON intensificou a produção de conteúdo virtual, com diversas atividades que já alcançaram mais de 260 mil pessoas pelas redes sociais da instituição.  Durante toda a semana da 14ª Primavera dos Museus, o público poderá acompanhar exposições virtuais, oficinas artísticas online e quizzes, que serão apresentados nas redes sociais do MON. 21/09: Estreia da nova série #artequeeurespiro, com a participação de artistas e convidados; 22/09: Mediação online sobre obras do acervo #monemcasa; 23/09: Oficina artística “Lokapala”, em vídeo – confecção de máscara em gesso e massa de modelar, 24/09: Programação #tbt: momento para relembrar as exposições que passaram pelo Museu; 25/09: Mediação online da série #arquiteturamon. Momento quiz sobre a exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”; 26/09: Visita virtual a uma exposição do MON. Todas as ações acima estarão disponíveis nas redes sociais do MON: Instagram e Facebook; 27/09, às 16h: Conversa entre a curadora Denise Mattar e o colecionador, curador e diplomata Fausto Godoy, doador da maior coleção de arte asiática da América do Sul ao MON, sobre a atuação e disseminação da arte e da cultura. No canal do MON no Youtube.

MUSEU CASA ALFREDO ANDERSEN (MCAA) e CENTRO JUVENIL DE ARTES PLÁSTICAS (CJAP) - O Centro Juvenil de Artes Plásticas produziu uma série de vídeos sobre a história da arte moderna e contemporânea no Paraná para o projeto “Artistas Paranaenses” - realizado em parceria com o Instituto de Educação Professor Erasmo Pilotto. Os vídeos trazem um apanhado geral da arte no Paraná desde os primórdios de sua existência até a contemporaneidade, passando pelas diferentes fases de desenvolvimento econômico, cultural e artístico, contemplando inúmeras imagens que registram a história artística do Estado, bem como seus principais artistas.

O lançamento dos três vídeos da série “Arte no Paraná” ocorrerá na semana da 14ª Primavera dos Museus de forma online, nas páginas do Facebook e Instagram do CJAP e do MCAA.

Além disso, no dia 21 de setembro, às 11h, acontece uma live no Instagram do CJAP com Luiz Gustavo Vídal (diretor do CJAP e MACC) e as professoras coordenadoras do projeto Adriana Dalazen Cichocki e Liane Barreto, que explicarão o projeto e o processo de pesquisa para produção do conteúdo dos vídeos. Simultaneamente, será feita a publicação do primeiro vídeo da série nas redes sociais do CJAP e MCAA. No dia 23/09, às 11hs, será publicado o segundo vídeo e no dia 25/09, também às 11h, será disponibilizado o terceiro vídeo da série.

 

Prêmio Biblioteca Digital recebe mais de 1,2 mil inscrições

A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) divulgou o número de concorrentes à primeira edição do Prêmio Biblioteca Digital, cujas inscrições terminaram no domingo (13). Foram enviados 1.225 livros inéditos, divididos em quatro categorias: Contos (327 obras), Romance (223), Poesia (462) e Infantil (243). Os trabalhos foram inscritos pela internet, gratuitamente, por meio do site www.bpp.pr.gov.br.

Autores de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal, além de brasileiros residentes no exterior, enviaram trabalhos. Os estados com mais participantes são, pela ordem, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O número de inscritos indica um equilíbrio entre escritores jovens e mais velhos: 46,8% têm até 40 anos, enquanto 53,2% estão acima dessa faixa etária. Quanto ao gênero dos concorrentes, o predomínio é masculino – 65% homens e 35% mulheres.

O prêmio Biblioteca Digital foi pensado para estes tempos de pandemia, e tem como objetivos fomentar o setor e dar voz aos escritores. Acredito que muitos novos talentos serão revelados”, afirma a diretora da Biblioteca Pública, Ilana Lerner.

O resultado do concurso será divulgado na última semana de novembro. Os três primeiros colocados de cada categoria receberão prêmios em dinheiro: R$ 10 mil (primeiro lugar), R$ 5 mil (segundo lugar) e R$ 3 mil (terceiro lugar).

Os 12 livros vencedores formarão uma coleção e serão disponibilizados para download gratuito no site da BPP. As obras concorrentes serão avaliadas por uma comissão julgadora formada por oito membros (dois em cada categoria), a serem anunciados até o final deste mês.

Pedreira Paulo Leminski terá segunda edição da "Noite do Terror" com filme de horror e sustos ao vivo

Que tal curtir um filme de terror e ser assombrado por criaturas assustadoras durante a sessão? Neste sábado, dia 19, a partir das 22h, o Planeta Drive-In Curitiba, que funciona na Pedreira Paulo Leminski, vai promover a segunda edição da “Noite do Terror Ao Vivo”.  Após o sucesso de sua edição de estreia, o evento, promovido em parceria com a produtora de teatro Vigor Mortis, que há mais de 20 anos vem realizando o que há de melhor de horror em Curitiba, contará com a exibição do aterrorizante “Invocação do Mal 2” e terá performances ao vivo de artistas fantasiados, que serão responsáveis por sustos adicionais ao do filme. 

O premiado Paulo Biscaia Filho, diretor da companhia, é o grande responsável pela ação dos cosplayers durante as exibições especiais. “Este tipo de sessão de drive-in com atores já foi feita com sucesso nos Estados Unidos e no Japão. O público adora porque vai muito além de uma simples sessão de cinema. É uma experiência verdadeiramente imersiva de sustos seguidos de gargalhadas”, diz Biscaia.

O longa metragem “Invocação do Mal 2”, dirigido por James Wan, arrecadou mais de U$320 milhões em bilheteria no mundo todo e se tornou um dos queridinhos dos amantes do gênero. A história, baseada no caso Enfield Poltergeist, se passa em 1977, quando os investigadores paranormais Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) desembarcam em Londres, na Inglaterra, para ajudar uma mãe solteira que acredita que tenha algo maligno em sua casa.

Na “Noite de Terror”, além da projeção do filme, o público será surpreendido por aparições de personagens do filme, entre eles a icônica freira demoníaca, que irão saltar em frente aos carros garantindo a diversão com muitos sustos e boas risadas. Não precisa nem mesmo dizer que a sessão não é recomendada para pessoas facilmente impressionáveis. Mesmo assim, a produção garante que é uma programação inesquecível tanto para novatos como para os fãs do gênero.

A segunda edição da “Noite do Terror Ao Vivo”, com exibição do filme “Invocação do Mal 2”, será realizada neste sábado, dia 19, a partir das 22h, no Planeta Drive-In Curitiba. O espaço multicultural funciona na Pedreira Paulo Leminski - Parque das Pedreiras (R. João Gava, 970). Os ingressos, vendidos antecipadamente, custam a partir de R$ 100 por carro (até 4 pessoas por automóvel) e estão disponíveis no site www.planetadrivein.com. Mais informações nas redes sociais oficiais da Planeta Brasil Entretenimento e do Planeta Drive-In.

Edição on-line do Festival de Curitiba começa nesta quinta com live do Emicida

Nesta quinta-feira (17), inicia a edição on-line do Festival de Curitiba, uma versão enxuta que funcionará como prévia do evento que ainda deve acontecer de maneira presencial, mas sem data confirmada. A programação, que segue até o dia 24 de setembro, terá atrações gratuitas com transmissões nas mídias sociais.

“Em tempos de distanciamento social, as artes têm o poder curativo de aproximar e aliviar as ansiedades. Passamos esses meses buscando formas seguras de levar cultura e entretenimento para as famílias até chegarmos a este formato. O Festival é para todos e, nesse momento, queremos levar pela internet, um dos canais mais democráticos, parte de nossa programação acessível para todos do Brasil e, até mesmo, do mundo”, diz o diretor e idealizador do Festival de Curitiba, Leandro Knopfholz.

O aclamado cantor, compositor e rapper paulista Emicida é o convidado para abrir o festival, com o seu projeto “Emicida – Live Show”. Acompanhado pelo DJ Nyack e pelo músico e cantor Thiago Jamelão, o rapper percorrerá, nesse show especial, por músicas que marcaram a sua carreira. A transmissão será às 21h, gratuitamente, por meio do canal no Youtube do Festival de Curitiba.

Já na sexta (18), às 20h, a coordenadora do Fringe Curitiba, Carol Scabora será a mediadora de um bate-papo teatral com a participação de três especialistas, no Facebook do Festival de Curitiba, que debaterão o tema “A Atuação do Espectador Teatral”, abordando a formação do espectador por meio de três pilares que constituem o ato teatral: produção, recepção e mediação. Os participantes serão a professora do Curso de Teatro da Universidade do Estado do Amazonas, mestre em Letras e Artes e doutoranda em Educação na linha de pesquisa em Linguagem, Corpo e Estética na Educação, Ms. Annie Martins; o professor da graduação e da pós-graduação do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Santa Catarina, mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense e doutor também em Educação pela USP, Dr. Flávio Desgranges; e o professor de pós-graduação em Artes e coordenador do curso de Teatro da Unespar, mestre em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina e doutor em Artes da Cena pela Universidade Estadual de Campinas, Dr. Robson Rosseto.

 

CRIANÇAS E ADULTOS - O Programa Guritiba também será representado na programação virtual, com o show do grupo Triii, um fenômeno na internet entre crianças e adolescentes, com o show “Miudinho”, marcado para o sábado (19), às 16h, no canal no Youtube do Festival de Curitiba. Celebrando dez anos de carreira, a live apresentará uma seleção especial de músicas e brincadeiras que foram apresentadas ao longo dessa década, por Marina Pittier (voz), Fê Stok (guitarra e voz) e Ed Encarnação (bateria e voz), que trazem canções tradicionais brasileiras e composições autorais. No repertório, clássicos do grupo, como “A E I O U”, “O Tomate e o Caqui”, “Vira Virou” e “Pão, Pão, Pão”, se misturam com as inéditas “Pipoca, Pipoca” e “Xote da Dona Ema”.

No mesmo dia (19), às 20h, a Vivo, uma das patrocinadoras do Festival de Curitiba, participa também com uma ação do projeto Teatro Vivo em Casa – Sessão Especial, com a apresentação da peça “Maternagem”. Protagonizada por Amanda Acosta, com direção de André Fusco, a peça conta sobre quatro mulheres de idades diferentes que, ao conversar sobre suas vidas, acabaram por revelar as mães que são ou que se tornarão. Para assistir o espetáculo, que será pela plataforma Zoom, é necessário se cadastrar no site www.teatrovivoonline.com.br.

Inicialmente, em seu formato tradicional (pré-pandemia), “Antunes Filho: $odoma \G/omorra { TRANSMISSÃO } de Luiz Päetow” teria duas apresentações no Guaíra, denominadas {tubos de ensaio I & II}, cujo objetivo seria inaugurar processos criativos na construção do nosso espetáculo. A ideia foi transformada para um formato on-line e a intenção é oferecer uma fruição inesperada das artérias cênicas pesquisadas pelo visionário, recém-falecido, diretor Antunes Filho (1929-2019), a partir de sua peça inédita “Sodoma & Gomorra”.

É um projeto secreto (de 1998) sonhado por Antunes em parceria com Päetow, mas que, devido à sua laboriosa gestação, nunca chegou a ser ensaiado. No último diálogo que tiveram, Antunes entregou-lhe um texto “inacabado” (já que, de acordo com seus notórios, longos processos criativos, somente chegaria à versão definitiva, quando fosse retrabalhado em cena) com a seguinte dedicatória: “Päetow, só você consegue encenar esta peça. Eu te amo! Antunes Filho”. A transmissão será no dia 20 de setembro, às 21h30, no canal do Youtube do Festival de Curitiba

 

CURSO PARA PROFISSIONAIS DO TEATRO - O diretor Paulo de Moraes, da Armazém Cia de Teatro, também participa da edição on-line do Festival de Curitiba ministrando o curso “Compor a Cena”, com quatro aulas, entre os dias 21 e 24 de setembro, das 20h às 22h. Voltado a quem atua no teatro, para participar é necessário fazer inscrição gratuita aqui. As vagas são limitadas.

Moraes explica que as aulas partirão de quatro espetáculos do grupo Armazém gravados em vídeos, que serão disponibilizados em links aos inscritos: “Toda Nudez Será Castigada”, “Inveja dos Anjos”, “Hamlet” e “Parece Loucura Mas Há Método” serão a base para discussões relativas às montagens destes espetáculos. Em cada encontro, ele estará acompanhado de artistas/criadores que participaram da elaboração dos espetáculos.

Mais informações no site www.festivaldecuritiba.com.br, no Facebook ou Instagram do festival.

Programação da edição on-line do Festival de Curitiba

17 de setembro, 21h: Emicida (Live Show). Transmissão gratuita no no canal no Youtube do Festival de Curitiba e com tradução em libras

18 de setembro, 20h: “A Atuação do Espectador Teatral”. Bate-papo teatral com convidados especialistas no assunto e mediação de Carol Scabora. Transmissão no Facebook do Festival de Curitiba

19 de setembro, 16h: Show ao vivo Miudinho – Grupo Triii. Transmissão gratuita no no canal no Youtube do Festival de Curitiba e com tradução em libras

19 de setembro, 20h: Teatro Vivo em Casa – Sessão Especial: “Maternagem”. Transmissão pela plataforma Zoom. Para assistir, é necessário se cadastrar no www.teatrovivoonline.com.br. Espetáculo com tradução em libras

20 de setembro, 21h30: “Antunes Filho : $odoma \G/omorra { TRANSMISSÃO } de Luiz Päetow”. Transmissão gratuita no canal no Youtube do Festival de Curitiba

21 a 24 de setembro, das 20h às 22h: Curso “Compor a Cena”, com Paulo de Moraes, da Armazém Cia de Teatro. Voltado a quem atua no teatro, para participar é necessário fazer inscrição gratuita aqui. As vagas são limitadas. Curso com tradução em libras