“Clarone
no Choro 2 – Novas Mídias” é o novo trabalho do clarinetista Sérgio Albach que
será gravado, ao vivo, em estúdio ainda este mês. O projeto que compreende
vídeos e gravações para streamings, além de um e-book com todas as composições
será lançado oficialmente em novembro deste ano, mas para aquecer o repertório,
o músico, maestro e diretor musical vai presentear o público de Curitiba com um
show intimista no Doce de Cidra, nesta quarta-feira (16), às 20h. As reservas
devem ser feitas pelo Sympla - https://bit.ly/claronenochoro2
Em
2018, Albach lançou o álbum “Clarone no Choro”, o primeiro da história da
música brasileira de chorinho tendo o clarone como instrumento solista.
Tratava-se de um CD com clássicos do choro, mas desta vez o trabalho, que será
disponibilizado apenas digitalmente, irá reunir composições inéditas.
A
direção musical e os arranjos são de Daniel Migliavacca. Entre os compositores
convidados estão Pedro Paes, Léa Freire, Edu Neves, Claudio Menandro,
Alessandro Penezzi, Gilson Peranzzetta e Lucas Melo. “Clarone no Choro 2”
também conta com composições de Sérgio Albach e do bandolinista Daniel
Migliavacca. “Fomos bem específicos ao convidarmos os compositores, estipulamos um
gênero musical de acordo com o estilo de cada um, pedimos conforme a linguagem
que cada um domina”, conta Albach.
Segundo o instrumentista, a escolha dos compositores não foi fácil e o
desafio do convite era justamente compor considerando que as músicas seriam
executadas por um regional de choro, tendo o clarone como instrumento solista.
Além de Albach no clarone, o trabalho conta com Migliavacca no bandolim e
cavaquinho, Gustavo Moro no violão, Lucas Melo no violão de 7 Cordas e Ricardo
Salmazo no pandeiro. O mesmo quinteto do disco anterior.
Ampliar,
renovar e diversificar o repertório de músicas tendo o clarone como solista é o
principal objetivo do projeto, de acordo com o clarinetista. “A
ideia era instigar os músicos a comporem para o clarone, é uma necessidade,
coisas novas tem que ser feitas visando este instrumento que ainda vem sendo
descoberto como solista”, declara Sérgio.
O
primeiro concerto solo para clarone foi realizado em 1955, tendo como pioneiro
o claronista tcheco Josef Horák (1931-2005). Se comparado com outros
instrumentos clássicos como a flauta, o clarinete, o violino ou o piano, é
tardio. “Não tem nenhum concerto, nenhuma
obra dos grandes compositores eruditos do século XIX com este foco, demorou
muito tempo para os compositores escreverem para ele”, lamenta.
Por
tratar-se de um trabalho pensado particularmente nos recursos do instrumento, “Clarone
no Choro 2 – Novas Mídias” vem com o intuito de reforçar a sua linguagem. “O ganho para a música é imenso, a execução
se torna mais orgânica, o movimento dos dedos é mais natural. Estou muito feliz
com a dedicação desses grandes compositores e do diretor musical que trouxe
para o trabalho um pensamento musical de alta qualidade. Receber essas músicas
me trouxe muita alegria”, comemora Sérgio.
Maxixe,
valsa, choro, polca, xote e frevo estão no sofisticado repertório. A flautista,
arranjadora Léa Freire se destaca com ‘Desviando’, choro lento que flutua entre
tonalidades. ‘Cigana do Guatambu’,
maxixe que usa escala cigana na estrutura da composição, feita pelo carioca
Pedro Paes, é uma homenagem a Albach. A clássica ‘Valsa Viva’ de Alessandro
Penezzi também é dedicada a ele. Já a valsa com pegada mais contemporânea ‘Vila
Real’ de Migliavacca, que brinca com o tempo através das flutuações de
andamento, foi inspirada na cidade portuguesa onde o clarinetista vive
atualmente. A arisca gata de rua que mora por lá virou choro ‘GS’, por Albach,
que também compôs ‘Frevo Furado’. O renomado Gilson Peranzzetta traz um choro
lento, ‘Sempre Juntos’. Cláudio Menandro fez um xote, ‘Chora, Clarone!’, com
características bem nordestinas. Edu Neves contagia com um choro sambado, bem
dançante, ‘Bailando ao Luar’. E Lucas Melo com Porfiosa, uma polca clássica.
Na
opinião de Migliavacca o repertório é muito especial. “São obras inéditas e bem variadas ritmicamente. Fazer a direção do “Clarone
no Choro” pela segunda vez é um grande prazer e uma grande responsabilidade. O
resultado tem nos deixado muito satisfeitos. É um trabalho único e sabemos que,
certamente, já é uma referência dentro do universo do clarone, da música
instrumental brasileira e do Choro”, afirma.
Projeto
realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação
Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Incentivo: IOP
(Instituto de Oncologia do Paraná).
SÉRGIO ALBACH - Clarinetista, arranjador,
compositor e curador. Graduou-se na EMBAP-PR em Licenciatura em Música. Desde
1988, quando inicia sua carreira profissional, tem uma atividade musical
intensa, principalmente como instrumentista. Depois de 4 anos como músico da
OSINPA, começa uma dedicação para a música brasileira, em especial o Choro.
Assume a Direção da OABS (Orquestra à Base de Sopro) em 2002, que já está em
seu 11° lançamento fonográfico; e a Direção da Oficina de Música de Curitiba
até 2014. Excursionou por vários países da Europa e América Latina com o Mano a
Mano Trio e também com um concerto solo de clarone. Conta com parcerias no
palco com músicos do calibre de Amilton Godoy, Léa Freire, Altamiro Carrilho,
Arrigo Barnabé, Egberto Gismonti, João Bosco entre outros. Em 2018 lançou em CD
e Vinil o ‘Clarone no Choro’.
DANIEL MIGLIAVACCA - O bandolinista e compositor Daniel
Migliavacca é natural da cidade de São Paulo/SP, iniciou seus estudos musicais
tocando cavaquinho e em 2003 passou a se dedicar ao bandolim. Atua em diversos
projetos como solista, arranjador, compositor, acompanhador, diretor e produtor
musical passando pela música brasileira, jazz, música erudita e contemporânea.
Já esteve em shows ao lado de Renato Borghetti, Hamilton de Holanda,
Dominguinhos, Raul de Souza, Altamiro Carrilho, Marcel Powell, Nelson Sargento,
entre outros. Em 2006 conquistou o primeiro lugar como melhor instrumentista no
“Prêmio Nabor Pires Camargo” em Indaiatuba/SP. É Bacharel em Música Popular
pela UNESPAR (2011) e Mestre em Música pela UFRJ (2019). Possui 9 CDs lançados
com diferentes formações: “Bandolim” (2009); “Divertimento” (2011); “Tocando à
vontade” (2013), “Daniel Migliavacca interpreta Walter Scheibel” (2016), “Alma
Lúdica” (2018), “Dez Estudos para Bandolim Solo (2021)”, “Pra ser Feliz”
(2022), “Ludicamente” (2023) e “Duos” (2023).
O Doce de Cidra está
situado na Rua Cândido Xavier, 521, Água Verde. Os ingressos custam R$25,00 e
podem ser adquiridos pelo Sympla. Mais informações: (41) 99762-9650.
Para
ouvir
https://tratore.ffm.to/claronenochoro
Redes
Sociais:
https://www.instagram.com/sergioalbach/
www.facebook.com/sergioalbach.mus
Canal
YouTube:
https://youtube.com/@sergioalbach
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=lusJCGJV0iw