O
miniauditório Glauco Flores de Sá Brito e o auditório Salvador de Ferrante –
Guairinha – recebem entre terça-feira (8) e domingo (13) o 8º Festival de Ópera
do Paraná. O evento gratuito e de classificação livre soma montagens de três
produções e um simpósio de canto.
A
programação abre com o 5º Simpósio Brasileiro de Canto, tendo as professoras
Emerli Schlögl ministrando palestra sobre técnica vocal e a professora Débora
Bérgamo expondo sobre a história do teatro musical.
O
diretor-geral do evento, Gehad Hajar, aguarda o retorno da população ao teatro
depois do período pandêmico: “A
manutenção da gratuidade de toda a programação e a retomada das produções
encenadas são as demonstrações de superação dos últimos dois anos que brecaram
quase toda indústria criativa”, diz.
A
edição deste ano conta com a direção artística da veterana atriz Ítala Nandi,
que este ano completou 80 anos de idade e 63 de carreira. Para ela, a música
nos permite sair do pessimismo pós-moderno. “Por quê? Porque o novo mundo, quântico, atual, ainda não se encontra
claramente manifesto, e as pessoas não conseguem reconhecer o novo contexto
sociocultural para julgar uma obra que já se encontra nele”, argumenta.
A
programação operística começa com duas récitas de O Elixir do Amor, de
Donizetti, produzido pelo núcleo de performance da Escola de Música e Belas
Artes do Paraná. Também haverá apresentações de cenas do musical Os Miseráveis,
de Claude-Michel Schönberg, baseado na obra de Victor Hugo. “A história se passa em plena Revolução
Francesa e narra a trajetória de Jean Valjean, homem pobre que ficou 19 anos
preso por roubar pão para sustentar sua família”, conta a diretora de
produção Lúcia Jatahy.
ÓPERA COMEMORATIVA À
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
- O encerramento do evento será com uma ópera contemporânea brasileira: “Molhem
Minha Goela com Cachaça da Terra”, com libreto sobre poesia de Luiz Carlos
Prestes Filho, conta os momentos derradeiros de Tiradentes, o protomártir da
Independência do Brasil, que se comemora o bicentenário neste ano.
As
apresentações serão na Casa Eliseu Voronkoff, em Araucária, e no Guairinha, em
Curitiba. Os arranjos são do compositor Modesto Fonseca, com execução de
orquestra de cordas da Universidade Federal de São João del-Rei.
Para
Silvia Berg, compositora de música contemporânea, “as melodias da obra são canções que têm um misto de brasilidade com
resquícios melódicos russos em diferentes proporções”.
Não é necessário retirar
ingressos e os espaços abrem uma hora antes de cada récita. Toda programação
pode ser consultada em
www.festivaldeopera.org.
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