segunda-feira, 20 de junho de 2022

Jardim Botânico recebe exposição de ilustrações de Margaret Mee

Ilustrações botânicas feitas pela artista britânica Margaret Mee compõem a inédita exposição “Flores do Amazonas”, que ocupará a Galeria das Quatro Estações, no Jardim Botânico, a partir desta terça-feira (21).

A mostra, produzida pela Fundação Cultural de Curitiba, faz parte da programação da Prefeitura de Curitiba para o Mês do Meio Ambiente, das comemorações da Semana Cultural Britânica e da programação do Inverno Curitiba 2022.

As 18 ilustrações pertencem ao acervo do Sítio Roberto Burle Marx, unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e integram o livro Flores do Amazonas, publicado em 1980. Os trabalhos são resultado das expedições da artista pela Amazônia brasileira, entre 1970 e 1978.

Na Galeria das Quatro Estações, cada ilustração ficará num painel de 2,5 metros por 1,5 metro. As imagens foram aumentadas dentro das proporções desenhadas pela artista e aplicadas em materiais que resistem às intempéries.

Com esta exposição, Curitiba é brindada com a sensibilidade e o talento desta artista, conhecida mundialmente por suas ilustrações que registraram a riqueza da flora amazônica. Nada mais apropriado do que celebrar o legado de Margaret Mee neste Jardim Botânico, na cidade que é reconhecida como referência em sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”, destaca o prefeito Rafael Greca.

ENCANTO PELA FLORA BRASILEIRA - Margaret Mee tinha 43 anos quando chegou ao Brasil em 1952 e se tornou professora na Escola Britânica de São Paulo. Formada em pintura e design em Londres, encantou-se com as formas e cores da flora brasileira, o que acabou direcionando o seu trabalho para a ilustração botânica, técnica secular de desenho e pintura que se caracteriza pela fidelidade científica.

Mee ilustrou inúmeras espécies da mata atlântica e da floresta amazônica, esta última o foco maior de seu interesse e pesquisa. Ao longo de três décadas, realizou 15 expedições àquela região.

A obra da artista, além da importância pela descoberta e registro de variadas espécies, representa um legado para o conhecimento científico do ecossistema e um chamado para a necessidade de proteção e preservação da Amazônia.

Algumas espécies de plantas registradas pela artista, desconhecidas pela ciência, levaram seu nome em sua homenagem, incluindo a Aechmea meeana, a Sobralia margaretae e a Neoregelia margaretae. Em 36 anos de residência no Brasil produziu 400 pranchas de ilustrações em guache, quarenta sketchbooks (cadernos de esboços) e quinze diários.

Margaret Mee faleceu na Inglaterra em 1988, aos 79 anos, vítima de um acidente de automóvel.

A artista também foi várias vezes homenageada no Brasil. Em 1994, foi tema de desfile de carnaval, com o enredo “Margaret Mee, a Dama das Bromélias”, da Escola de Samba Beija Flor.

A exposição “Flores do Amazonas” estará aberta à visitação de 21 de junho (abertura às 11h) a 15 de setembro de 2022, diariamente, das 10h às 18h, com entrada grátis

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