O
Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR)
lança no próximo sábado (6), entre 11h e 13h, o catálogo da mostra "Os
Significadores do Insignificante" com entrada livre nesse período. Depois
de uma temporada de êxito, a exposição de Efigênia Rolim e Hélio Leites será
finalizada no dia seguinte, no domingo (7).
A
publicação tem projeto gráfico da Lumen Design, textos das curadoras Dinah
Ribas e Maria José Justino, da proponente do projeto Estela Sandrini e da
diretora do MAC-PR, Carolina Loch; fotografias de Wagner Roger; tradução para o
inglês de Thais Schafemberg, além de um denso e exclusivo conteúdo com cerca de
300 páginas mostrando a vida e o rico acervo de ambos os artistas.
Os
recursos da venda do catálogo (R$ 90,00 cada volume) serão destinados ao Asilo
São Vicente, em Curitiba, local onde está a artista Efigênia Rolim. O artista
Hélio Leites, as curadoras e a autora do projeto estarão no evento.
Por
conta da alta procura do público, a mostra – inédita – foi prorrogada duas
vezes, ampliando a oportunidade de conferir uma coleção de cerca de 260 obras
de artistas com importância fundamental nas artes visuais.
ARTE, POESIA E ALEGRIA – Efigênia Rolim e Hélio Leites
construíram suas trajetórias no Paraná, mas tornaram-se internacionalmente
conhecidos pela originalidade de suas criações. Utilizam a mesma matéria-prima:
o resíduo e a sucata, transformados em arte, poesia, alegria e histórias, seja
por meio de um papel de bala ou de uma lata de atum.
Suas
obras dialogam sob várias perspectivas: da amizade, da matéria-prima, da
leitura do mundo, que fazem o público mergulhar em um fabuloso universo criado
por eles.
Está
disponível também na mostra um documentário sobre Efigênia Rolim, “A noiva do
céu estrelado”, de autoria de Lisa Storti, além de um tour virtual 360º – para que as pessoas possam acessar
virtualmente.
SOBRE OS ARTISTAS – Efigênia Rolim é artesã, contadora
de histórias, poeta, assobiadora, performer e estilista. Nasceu em 1931, em
Vila Granada, Santo Antônio de Matipó, município de Abre Campo (MG). Em 1965, foi morar com a família no Norte do
Paraná, e em 1971 chegou em Curitiba. Participou de inúmeras exposições
coletivas e individuais, desde o ano de 1991 até hoje, além de ter lançado
livros, participado de performances, desfiles de moda, filmes, congressos, e
concedido entrevistas a nomes como Jô Soares e Caco Barcellos.
O
documentário “O Filme da Rainha”, com direção do argentino Sergio Mercúrio, foi
premiado no Festival de Cinema do México; recebeu do Ministério da Cultura em
2007 e 2008, respectivamente, as premiações “Culturas Populares Mestre Duda” e
“Medalha da Ordem do Mérito Cultural”. Obteve várias outras menções honrosas,
teses acadêmicas, entre outras realizações.
Hélio
Leites nasceu em 21 de janeiro de 1951 na cidade da Lapa (Região Metropolitana
de Curitiba). Formado em Economia, trabalhou 25 anos como bancário até a década
de 1980. Porém, desde os anos de 1970 desenvolve o trabalho de performer e
artista plástico, tendo desde então recebido diversos prêmios em salões e
festivais pelo Brasil.
Em
1986 começa a expor, interagir com o público e vender suas obras na Feira do
Largo da Ordem, no Centro de Curitiba. Sua barraca é um movimentado ponto de
encontro de pessoas interessadas nas suas histórias e obras, sempre
relacionadas com a estética do mínimo.
Em
2010 formou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Criador da
Associação Nacional de Colecionadores de Botão, secretário-geral do Fiu-Fiuuu
Sport Club – Clube de Assobiadores, diretor de Harmonia da Ex-Cola de Samba
Unidos do Botão, coordenador da Campanha Mundial de Antitaxidermismo,
secretário da Associação Internacional de Kinderovistas, curador dos museus do
Óculos, da Caixa de Fósforos, do Lápis e do Minipresépio.
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