Utilizar
recursos experimentais, nonsense e psicodélicos para traduzir a experiência de
ser negro no mundo são algumas das estratégias do afrossurrealismo, assunto de
capa da edição 137 do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do
Paraná. O especial do mês, assinado pelo repórter Luiz Felipe Cunha, reconta a
história desse gênero que tem bases na década de 1930 e é afiliado a outros
conceitos da ficção especulativa negra (afrofuturismo, afropessimissmo,
afrofabulação).
O
material ainda mostra como essas ideias estão presentes na cultura atual - em
livros de autores como o norte-americano Paul Beatty e o brasileiro Bruno
Ribeiro, além de filmes, séries de TV e videoclipes.
“Como um afrossurrealista, sei que o meu
trabalho está ligado ao excesso, à subversão, ao híbrido, a estar sempre um
passo adiante da loucura que é viver. O interessante de se trabalhar nessa
chave é que você não precisa estar rendido às leis do realismo. Tudo vale”,
diz Ribeiro, autor, entre outros livros, do romance "Porco de Raça"
(2021).
Outros
destaques do Cândido 137: ensaio fotográfico de Chico Garcia, poemas de Samir
Grid e Marcial (traduzidos por Fábio Cairolli), conto de Daniélle Carazzai,
transcrição de um bate-papo com Paulo Rezutti realizado na BPP e o resgate de
uma conversa entre Cesar Bond (1956-2004) e Sérgio Rubens Sossélla (1942-2003) -
com apresentação de Vinicius Comoti. A arte de capa é de Gustavo Magalhães.
Leia
no site candido.bpp.pr.gov.br ou
faça o download gratuito AQUI.
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