A
situação do combate a covid-19 no Brasil e a inabilidade do poder público em
relação à imunização da população, agravados pelo negacionismo, trazem
comparações inevitáveis com a Revolta da Vacina de 1904, quando o médico
Oswaldo Cruz, então Diretor Geral de Saúde Público, implementou campanhas e
ações de vacinação para tentar acabar com um surto de varíola.
Esse
capítulo de nossa história agora é novamente contado em um e-book gratuito do
jornalista curitibano Eduardo Aguiar. “A Revolta da Vacina e o Negacionismo dos
Positivistas”, publicado pela Zelig Digital, revela os bastidores políticos e
ajuda a entender um pouco mais do contexto social que levou ao episódio.
Para
chegar o mais próximo possível dessa realidade, o jornalista consultou na
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional mais de 300 edições de nove
diferentes títulos de jornais que circulavam na capital federal em 1904, além
de outras fontes. O resultado é uma seleção de 60 cartuns, acompanhados de
reportagens e declarações.
A
ideia da publicação surgiu a partir de um hobby de Eduardo Aguiar: investigar
documentos e reportagens antigas em hemerotecas e bibliotecas pelo mundo. “Comecei a pesquisa por pura curiosidade,
quando me dei conta estava maratonando pelos jornais da capital federal da
época. Acabei por sentir o frescor das notícias, o calor dos bate-bocas, o
pavor espalhado pelas ruas da cidade em meio ao caos, me coloquei na pele de um
cidadão carioca do começo do séc. XX”, revela.
“A
Revolta da Vacina e o Negacionismo dos Positivistas” é o primeiro e-book de
Eduardo Aguiar, que em 2020 ainda lançou o livro impresso “Cem Anos de um Hospital
de Crianças”, sobre o centenário do Hospital Pequeno Príncipe. O jornalista já
atuou nos jornais Indústria & Comércio e Gazeta do Povo, onde foi chefe de Redação,
passou por várias editorias e trabalhou no planejamento de grandes coberturas.
Atualmente coordena a comunicação da Secretaria de Fazenda do Estado do Paraná.
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