O
Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta
nesta sexta-feira (12), às 18h, uma visita virtual com o premiado artista
Yutaka Toyota e Denise Mattar, curadora da exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo
do Espaço”, que está em cartaz na Sala 4 do MON. Escultor, pintor, desenhista,
gravador e cenógrafo, o artista é também um dos pioneiros do movimento cinético
internacional e da arte interativa.
O
encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da instituição e terá a
participação também do diretor de projetos do Atelier Yutaka Toyota, Gianni Yo
Toyota, e da diretora cultural do Museu, Glaci Gottardello.
A
exposição, com o patrocínio da Vonder, apresenta 86 obras, uma instalada na
área externa do Museu. Embora seja retrospectiva do artista, que completará 90
anos em 2021 e continua em pleno vigor criativo, a mostra não é estruturada de
forma rigidamente cronológica. Contempla trabalhos produzidos a partir dos anos
1960 em diversos suportes e recebeu, em 2018, o prêmio de Melhor Retrospectiva
do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
A
curadoria de Denise Mattar evidencia a coerência interna da obra de Toyota, sua
originalidade e pioneirismo, fazendo conviver trabalhos de diversas épocas ao
lado de seu trabalho atual, que continua surpreendentemente intenso.
Privilegiando a produção escultórica de Toyota, enfatiza o percurso e as
principais questões que permeiam a obra do artista, apontando o processo que o
levou da pintura ao objeto e do plano à superfície reflexiva – instaurada como
quarta dimensão.
“Ele faz parte de um grupo que na década de
1960 decretou o fim da pintura de cavalete e da escultura figurativa,
convidando o público a participar de novas experiências estéticas, interativas
e sua obra convoca dualidades: positivo-negativo, visível-invisível,
sólido-evanescente, volume-leveza. As múltiplas possibilidades do reflexo são a
matéria-prima da qual Toyota se utiliza para ‘compreender o significado do
espaço’, e nessa opção podemos apontar um expressivo parentesco da obra de
Toyota com a de Anish Kapoor, não por acaso, também um oriental-ocidental”,
compara a curadora.
O
artista trabalha há mais de 60 anos e nesse período criou milhares de obras
entre desenhos, gravuras, pinturas, instalações, painéis escultóricos e
esculturas de todos os tamanhos, desde pequenos múltiplos a imensos monumentos,
mas sempre foi fiel às mesmas indagações que o fizeram mergulhar no universo
das artes, ainda no Japão.
“Aos 15 anos recebi, em Yamagata, o primeiro
prêmio de pintura no Salão de Jovens Artistas. Na ocasião, o crítico japonês
Atsuo Imaizumi me disse: mantenha sempre as mesmas ideias e perguntas
interiores, assim encontrará sua verdadeira arte e produzirá obras verdadeiramente
suas, obras originais. E foi o que fiz”, diz Yutaka Toyota.
“O que me interessa verdadeiramente é a
conexão entre o homem e o universo. A cultura ocidental responde a essa questão
através da física quântica e a oriental, através da espiritualidade. Aceito os
dois significados e ambos estão no meu trabalho”, destaca o artista.
Mais
informações em www.museuoscarniemeyer.org.br
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