Mais
de 50 mil pessoas de dez países assistiram à programação da 38ª Oficina de
Música de Curitiba, que terminou neste domingo (31), depois de 15 dias de
atrações do Brasil e do exterior. Foram 83 concertos, shows, encontros, aulas e
bate-papos 100% on-line, em cumprimento às exigências sanitárias de afastamento
social. O resultado foram 52.856 visualizações nas exibições de vídeos e
transmissões ao vivo.
O
público em condições de vir à Oficina, desta vez, não precisou estar
fisicamente na cidade. Em compensação, quem não teria condições de vir – por
causa da distância ou do custo implicado no deslocamento de grandes grupos de
músicos - participou pela primeira vez.
Foi
o caso da Amazônia Jazz Band ou da Sinfônica de Sergipe que, por vídeo, esteve
no Encontro Nacional de Orquestras – uma das atrações da fase erudita do evento
e que abriu a programação da Oficina. O Encontro Nacional de Ópera foi outro
evento da fase erudita.
Foram
64 lives e streamings variadas. Entre elas destacam-se as apresentações dos
argentinos Daniel Binelli (do Quinteto Piazzolla) e da banda Escalandrum, os
bate-papos com grandes nomes da MPB (como Mônica Salmaso, Lenine, João Bosco e
Criolo) e as performances das crianças e adolescentes do MusicaR (o projeto de
musicalização promovido nas Administrações Regionais), entre outros.
ARTISTAS, PÚBLICO E
TECNOLOGIA - A Capela
Santa Maria, a Capela da Glória e os teatros Paiol e Guaíra, além do Oratório
de Bach e da Sociedade Garibaldi, receberam cantores e instrumentistas para os
shows ao vivo de Curitiba.
Para
os participantes do Circuito Off e do festival Jazztronômica, a casa dos
artistas ou os espaços destinados a ensaios também funcionaram como palcos dos
espetáculos.
A
abertura do evento (17) e o show de encerramento da Orquestra à Base de Corda
com o acordeonista Mestrinho, neste domingo (31), foram os espetáculos mais
acessados (com 2.930 e 1.965 visualizações). A seguir, a audiência se
pulverizou entre as diferentes atrações.
Depois
do Brasil, Argentina e Portugal foram os países que mais participaram da
Oficina de Música. Alemanha, Egito, Países Baixos, Canadá, Estados Unidos,
Chile e Uruguai registraram sua audiência no evento, que também teve alunos da
Polônia, México, Irlanda, Estados Unidos, Itália, França, Chile e Peru.
A
maior parte dos alunos e ouvintes garantiu participação por meio de smartphones
(26.568 ou 61,6%).
Além
dos cursos ministrados por instrumentistas de excelência como Marcos Suzano e
Davi Sartori, pela segunda vez consecutiva foram ofertadas modalidades
destinadas ao público com deficiência. Assim como pessoas cegas e com baixa
visão, que tiveram aulas de instrumentos em 2020, desta vez foram contemplados
músicos e educadores que trabalham com surdos e autistas.
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